Compósitos de polipropileno com altos teores de fibras de bagaço de cana-de-açúcar

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

Processos agroindustriais geram resíduos fibrosos, como as fibras lignocelulósicas, que tem potencial de aplicação em novos materiais. O interesse em compósitos poliméricos reforçados com fibras naturais tem crescido rapidamente devido às vantagens significativas de processamento, do baixo custo e baixa densidade destes materiais, que têm sido utilizados em muitas aplicações nas indústrias automobilísticas e de construção civil. Uma matéria-prima abundante e com potencial de usos para obtenção de compósitos são as fibras de bagaço de cana-de-açúcar. No Brasil, a estimativa de produção da safra de cana-de-açúcar 2015/2016 é 666,8 milhões de toneladas, das quais quase 1/3 é constituído de bagaço, sendo que grande parte deste material é utilizado na co-geração de energia elétrica e térmica. Porém, há ainda excedentes de bagaço e perdas deste por fermentação no armazenamento, que poderiam ser utilizados como matéria-prima na confecção de novos materiais. Atualmente, em aplicações comerciais de compósitos, a quantidade de fibras é geralmente limitada. Métodos convencionais de extrusão de compósitos não são possíveis de se utilizar para alto teores de fibras, necessitando-se de misturadores mais eficientes. O objetivo desta proposta é produzir painéis compósitos com altos teores de fibras lignocelulósicas utilizando o polipropileno (PP) como polímero e fibras de bagaço de cana (Saccaharum officinarum). Com as propriedades dos compósitos medidas, serão avaliadas, por comparação com tabelas de propriedades de materiais, suas aplicações potenciais na construção civil e na indústria automobilística. Assim, espera-se obter novos materiais ambientalmente corretos, que possibilitem o reaproveitamento de co-produtos da cadeia sucroalcooleira.

Situação: concluído Data de Início: Thu Mar 01 00:00:00 GMT-03:00 2018 Data de Finalização: Sat Feb 29 00:00:00 GMT-03:00 2020

Unidade Lider: Embrapa Instrumentação

Líder de projeto: José Manoel Marconcini

Contato: jose.marconcini@embrapa.br