Mandioquinha-salsa BRS Catarina 64

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Foto: MADEIRA, Nuno

No Brasil é grande a demanda pela mandioquinha-salsa, conhecida também como batata-baroa, batata-salsa, entre outros nomes, em virtude do sabor peculiar, dos atributos culinários e das qualidades nutricionais. Por ser uma cultura exigente em clima ameno para o cultivo e altitudes superiores a 1.000 m, a produção é bem inferior à demanda. Assim, o desenvolvimento de cultivares mais produtivas é uma das alternativas para aumentar a oferta do produto. Com esse intuito, a Embrapa Hortaliças desenvolveu a cultivar de mandioquinha-salsa BRS Catarina 64.

A cultivar foi desenvolvida por meio da seleção de clones provenientes de sementes botânicas coletadas em um campo de policruzamento, implantado no município de Canoinhas (SC). Em comparação com o material mais cultivado no Brasil, que é a cultivar ‘Amarela de Senador Amaral’, a mandioquinha-salsa BRS Catarina 64 tem maior potencial produtivo de raízes e mantém as características desejadas de raiz, como formato cilíndrico, coloração amarela intensa, além de aroma e sabor peculiares.

As plantas da cultivar BRS Catarina 64 possuem arquitetura ereta e porte médio. O pecíolo tem coloração vermelha (vinho), com região da base branca e a inserção dos folíolos verde. O número de propágulos por planta varia de 30 a 50. As raízes ficam em torno de oito a 15 por planta e apresentam poucas reentrâncias ao longo de seu comprimento, que varia de 15 a 20 cm. A produtividade média é de 30 a 40 t/ha e apresenta resistência moderada a nematoides.

Por ser exigente em clima ameno o ano inteiro, a cultivar BRS Catarina 64 deve ser cultivada em regiões acima de 1.000 m de altitude. O plantio deve ocorrer preferencialmente em solos de textura mediana, e recomenda a utilização de áreas de pousio, após o plantio, com o cultivo de gramíneas, especialmente milho e braquiária.

Para o cultivo de BRS Catarina 64, deve-se realizar previamente a correção do solo - caso indicado pela análise de solo - e prepará-lo por meio de aração e gradagem, seguidos de enleiramento em nível. Vale lembrar que é viável o cultivo em sistema de plantio direto em leiras (camalhões) permanentes com “mulching” de palha de aveia ou milheto, visando reduzir processos erosivos e picos de temperatura. A adubação em pré-cultivo, também baseada na análise de solo, deve ser feita com até 400 kg/ha de P2O5, 100 Kg/ha de K2O e 50 kg/ha de N. Sempre que necessário, devem ser realizadas adubações de cobertura com até 200 kg/ha de K2O e 100 kg/ha de N.

A época de plantio ideal é nos meses de março a junho, podendo ser cultivada em regiões de clima ameno o ano inteiro. Para a obtenção de mudas, é recomendável o uso de plantas matrizes selecionadas. A sanitização dos perfilhos de ser feita por meio da imersão em solução de hipoclorito de sódio a 0,1% por 10 minutos, seguida de enxague em água corrente. Os perfilhos devem ser pré-enraizados em canteiros por 20-40 dias ou pré-brotados em água por 8-15 dias. Após o transplantio para a área de cultivo, as capinas e a irrigação devem ser realizadas sempre que necessário, sendo a aspersão o método mais indicado. A colheita inicia-se a partir do oitavo mês, podendo estender por meses.

Onde Encontrar:
Emerson Jose Melnitzki
Bela Vista do Toldo – SC, (47)99977-8631
E-mail: ejmfarma@hotmail.com

Produto: Cultivar convencional Ano de Lançamento: 2015

Unidade Responsável: Embrapa Hortaliças

Unidades Participantes: Embrapa Hortaliças, Embrapa Clima Temperado

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