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Nanotecnologia combate desperdício e aumenta vida de prateleira dos alimentos

Frutas e hortaliças são altamente perecíveis e, dependendo do produto, as perdas pós-colheita podem variar de 10% a 50%. Uma parceria entre a Embrapa, a empresa QGP/Tanquímica e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveu uma nanoemulsão à base de cera de carnaúba destinada ao revestimento de hortaliças e frutos de mesa, como mamão, laranja, manga e tangerina que mantém sua qualidade e aumenta sua vida de prateleira em 10 a 15 dias, em relação ao método tradicional, reduzindo assim as perdas pós-colheita. O produto está sendo comercializado no Brasil e em países da América Latina, Europa e Ásia pela multinacional Agrofresh.

A emulsão de cera de carnaúba tem partículas invisíveis ao olho humano, com raio entre 10 nm a 100 nm transparentes ou ligeiramente turvas. Sua aplicação leva à redução da taxa de respiração e da perda de massa, bem como à manutenção da firmeza e ao aumento do brilho superficial, além de ser facilmente removível com água se necessário. Mantém a troca gasosa adequada, sem a formação de processos fermentativos, o que pode ocorrer com material sintético e também de origem animal. Atende ainda às determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de órgãos internacionais - componentes GRAS - geralmente reconhecidos como seguros.

Foto: Arquivo Embrapa

Para ampliar seu uso no País bem como de outras tecnologias, a Embrapa elaborou um curso de tecnologia pós-colheita em frutas e hortaliças, com seis módulos, um dos quais dedicado à tecnologia de nanoemulsão de cera de carnaúba, e o disponibilizou na sua plataforma E-campo. O curso, que foi produzido com recursos de emenda parlamentar do Congresso Nacional, já contabilizou mais de 6 mil inscritos de todos os estados brasileiros e 11 países de línguas portuguesa e espanhola.

Um litro da nanoemulsão de cera de carnaúba pode ser aplicado em 1 t da fruta. Até agora já foram comercializadas cerca de 80 t.

Mais informações:

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Video 2 - Nanoemulsão de cera de carnaúba

 

Impactos das soluções tecnológicas na geração de empregos

 

Nota - ** Relação de Unidades da Embrapa em Outras soluções tecnológicas (27): Acre, Agroindústria de Alimentos, Agroindústria Tropical, Algodão, Amapá, Amazônia Ocidental, Amazônia Oriental, Clima Temperado, Gado de Corte, Gado de Leite, Hortaliças, Instrumentação, Mandioca e Fruticultura, Milho e Sorgo, Pecuária Sul, Roraima e Uva e Vinho.

Metodologia: Avaliação dos impactos de tecnologias geradas pela Embrapa - metodologia de referência.