05/06/23 |   Transferência de Tecnologia

Drones no monitoramento ambiental é tema de curso

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Foto: Mauricília Silva

Mauricília Silva -

Técnicos da Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Rio Branco (Semeia) participaram do curso Mapeamento e processamento de imagens com drones, realizado pela Embrapa Acre, entre os dias 17 e 20 de maio, na sede da Empresa. A capacitação teve como objetivo treinar os profissionais para uso de drones – aeronaves não tripuladas e controladas remotamente –  nas operações de fiscalização ambiental.

Para o chefe geral da Unidade, Bruno Pena, o treinamento é o primeiro passo para que os técnicos, em um futuro próximo, se tornem referência no desenvolvimento das atividades de controle ambiental com o uso de drones. "Também é preciso ter consciência do tamanho da responsabilidade e conhecer a legislação desses equipamentos", acrescenta.

O secretário municipal de meio ambiente, Carlos Alberto Nasserala, ressaltou que a utilização dos drones irão promover uma inovação nas ações de controle ambiental em Rio Branco. "Devido às múltiplas funções do equipamento, podemos fazer o planejamento ambiental da cidade das áreas de proteção a serem recuperadas, corredor verde e de vegetação. Além de fiscalizar práticas ambientais ilícitas e entre outras aplicações", complementou.

Segundo o técnico da Semeia, Sandino Mendes, a capacitação foi uma excelente iniciativa, principalmente, porque a instituição está adquirindo esse tipo de equipamentos para facilitar o monitoramento das atividades e a atuação dos técnicos na elaboração de pareceres, laudos técnicos e relatórios fotográficos. “Com o uso de drones teremos imagens atualizadas e mais precisas quando ocorrer um crime ambiental, consequentemente mais informações para garantir maior qualidade ao trabalho”, reforça.

Ministrado pelo analista da Embrapa Acre Daniel Papa, o curso contemplou aulas teóricas e práticas com operação de voos manuais e planejados, obtenção de imagens e aterrissagem. O conteúdo também incluiu regras de pilotagem e legislação, conhecimentos básicos sobre os equipamentos, classificação de aeronaves, potencial de uso de diferentes equipamentos e sensores, além de procedimentos de elaboração de planos de voos semi-autônomos e, processamento de imagens e elaboração de mapas temáticos para vistoria em campo.

Mulheres no controle ambiental

A participação feminina foi maioria na capacitação. Edileuda de Melo, auditora fiscal de meio ambiente da Semeia diz que isso mostra que as mulheres ocupam cada vez mais espaços em diversos setores. “Somos maioria no controle ambiental do município. Precisamos  saber manusear o equipamento, principalmente, em caso de incêndios criminosos, pois não podemos adentrar ao local para avaliar a proporção do dano. Com um  drone é possível registrar esse tipo de ilícito sem correr risco de acidentes. A pilotagem é a parte mais simples, já o tratamento das imagens requer mais conhecimento. Nunca tinha pilotado um drone e agora criei coragem. Agradeço muito a oportunidade”, acrescenta . 

A geógrafa da Semeia, Leane Cordeiro, atua na área de licenciamento ambiental e desenvolve atividades nas Áreas de Preservação Permanente (APP). “Hoje, nossa maior dificuldade é a identificação e delimitação dos cursos de água do município de Rio Branco. Alguns técnicos já utilizam drones e trabalham com geoprocessamento. Esse curso ampliou o conhecimento para mais profissionais do departamento. Com imagens aéreas temos uma dimensão mais completa e precisa sobre uma determinada área".

Mensuração de resíduos

O engenheiro agrônomo Kemmil de Araújo desenvolve atividades na Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos (UTRE), administrada pela Semeia, por meio da Prefeitura de Rio Branco. No local, são utilizadas técnicas de engenharia e adotadas medidas de proteção ao meio ambiente para a disposição de resíduos sólidos urbanos sobre o solo do aterro sanitário. 

“Atualmente, o trabalho de mensuração de resíduos é realizado por uma empresa contratada pela Secretaria. Com o treinamento, profissionais da instituição poderão realizar o trabalho e os recursos financeiros gastos com a atividade podem ser destinados para atender outras demandas. Além disso, o uso do drone já se consolidou como  alternativa tecnológica em locais de difícil acesso e altamente insalubres,  evitando riscos à saúde para quem realiza o serviço. São muitos benefícios. Depois do treinamento,  vamos conferir essas vantagens na prática”, explica.

Para reforçar o aprendizado obtido ao longo do curso e gerar um produto útil para a secretaria, a turma realizou, no último dia do treinamento, o mapeamento tridimensional da UTRE do município de Rio Branco. De acordo com o analista Daniel Papa, as técnicas de fotogrametria 3D desenvolvidas pela Embrapa para cubagem de toras de madeira em pátio de estocagem podem ser usadas para determinação e monitoramento do volume de resíduos da UTRE. Também podem contribuir na avaliação de outros aspectos ambientais do aterro sanitário.

 

Mauricilia Silva (MTb 429/AC)
Embrapa Acre

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