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Tema: processo de seleção de gestores

A respeito da reportagem "Embrapa sob risco", veiculada no jornal O Globo  de domingo, 6 de abril, informamos que:

1. A Embrapa tem 9.807 empregados e respeita as opções particulares de toda ordem de cada um deles. O fato de determinados gestores possuírem opção política definida ou mesmo serem filiados a determinados partidos não afeta a condução de qualquer processo interno. As deliberações gerenciais relevantes são discutidas em colegiados. Decisões são tomadas por uma Diretoria-Executiva composta por empregados da Empresa com pelo menos duas décadas de atuação em pesquisa e gestão na Embrapa. Para tomada de qualquer resolução, esta Diretoria ouve necessariamente chefes de departamentos, secretarias ou unidades envolvidas. Além disso, os atos são respaldados por um Conselho de Administração com representantes de diferentes segmentos da sociedade. Não é possível, devido às características de governança da Empresa, uma decisão ser tomada apenas com fundamento em critérios pessoais, partidários ou mesmo de maneira autônoma.

2. A Embrapa atua no sentido de beneficiar todo o conjunto da sociedade brasileira e seus diferentes segmentos. A programação de pesquisa é elaborada a partir de processos prospectivos com a participação de colégios internos e externos, representados por setores produtivos, academia e governo e não é possível estabelecer, de maneira individual ou em grupos, direcionamento para qualquer tema.

3. Não existe interna e externamente, qualquer indicação, denúncia ou referência à atuação tendenciosa, partidária ou maliciosa de qualquer dirigente da Empresa. Nossos gestores são profissionais que orgulham a Embrapa e a pesquisa brasileira. Abordar a conduta de dirigentes da empresa em termos político-partidários é, mais do que uma falácia, um desrespeito a essas pessoas, responsáveis por grandes contribuições à agricultura brasileira, tanto como pesquisadores como administradores.

4. O processo de seleção de gestores de unidades de pesquisa (chefes-gerais) da Embrapa é feito por meio de seleção pública, conforme Resolução Normativa (nº 7 de 23/04 de 2010). Ele é aberto, transparente e baseado em mérito. Premissas técnicas de recrutamento e seleção são norteadoras desse processo, que abrange, entre outros critérios, avaliação da experiência do candidato em gestão e em pesquisa, apresentação pública das propostas a um Comitê com representantes de empregados da empresa, de outras instituições públicas de pesquisa como Universidades, e, ainda, representantes de empresas privadas, notadamente associações e cooperativas, e, finalmente, entrevista com a Diretoria-executiva antes da seleção final. Dois dos três diretores atuais estão na função após passarem por processo de seleção pública. É a mesma situação do Presidente, quando selecionado para a Diretoria-Executiva de P&D. O quarto diretor foi selecionado com a participação do Conselho de Administração da Embrapa e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

5. A decisão tomada quanto à Embrapa Estudos e Capacitação (Cecat) é absolutamente correta e pertinente do ponto de vista de gestão. A Unidade vem atuando de maneira híbrida em duas grandes áreas: formulação de macroestratégias e capacitação nacional e internacional. A mudança essencial ocorrerá na realocação dessas atividades na Empresa, buscando fortalecer ambas. Entendemos que não era produtivo que atividades tão distintas estivessem alocadas na mesma unidade, considerando, inclusive, que práticas de capacitação já eram desenvolvidas em uma unidade central da Embrapa, o Departamento de Transferência de Tecnologia (DTT). A decisão da Diretoria-Executiva foi de aperfeiçoar o sistema, concentrando atividades similares numa mesma Unidade, o que gera melhor aproveitamento de competências e recursos, maior facilidade de gestão e, em consequência, maior aderência ao foco de cada Unidade. Isto não significa, em momento algum, a redução das atividades ou de sua importância. Pelo contrário, elas serão sensivelmente fortalecidas.