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11/10/11 |   Produção animal

Prosa Rural - Estratégias de controle de plantas invasoras

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Outubro/2011 - 2ª semana - Região Sul

O controle de plantas indesejáveis na pastagem está relacionado a vários fatores, entre eles o risco de intoxicação dos animais pelo consumo de plantas como o mio-mio ou a maria-mole, esta última considerada a principal causa de mortes em bovinos adultos no Rio Grande do Sul. Em outras situações, a infestação de plantas como o capim-annoni na Região Sul, ou capim-mourão na região Central e Nordeste do Brasil, pode levar à redução da produtividade da pastagem e do desempenho animal.

Por serem menos consumidas, as plantas indesejáveis acabam sendo favorecidas na competição por água, luz e nutrientes, em comparação com aquelas que participam da dieta dos animais e são frequentemente desfolhadas. Nessa condição, acabam por completar o seu ciclo reprodutivo, produzindo grande quantidade de sementes que, normalmente, acabam se conservando por longo tempo no solo.

Preocupada com o problema, a Embrapa Pecuária Sul (Bagé/RS) recomenda a adoção de estratégias de controle que preservam as espécies de forrageiras de interesse e não agridem o meio ambiente. No Prosa Rural desta semana, elas são apresentadas pelo pesquisador Naylor Perez.

Uma das ferramentas é o aplicador seletivo de herbicida Campo Limpo, tecnologia desenvolvida pelo Centro de Pesquisa localizado em Bagé (RS). O equipamento foi concebido para realizar o controle seletivo de plantas indesejáveis em pastagens utilizando herbicida sistêmico não seletivo.

O princípio de aplicação da máquina Campo Limpo se baseia na diferença de altura entre as plantas forrageiras, que são consumidas pelos animais e permanecem mais baixas, perto do solo, e as plantas rejeitadas ou menos consumidas, que permanecem mais altas e entram em contato com os aplicadores do equipamento, umedecidos com a calda do herbicida. E por não pulverizar o herbicida, já que a aplicação do agroquímico é feita pelo molhamento direto das plantas indesejáveis, o uso do equipamento evita a deriva do produto, mitigando a contaminação do ambiente.

Outras estratégias de controle apresentadas são a roçada estratégica e o uso da enxada química, instrumento que pode ser fabricado pelo próprio produtor com baixo custo. A exemplo da máquina Campo Limpo, a enxada química segue o princípio da aplicação seletiva por contato, só que feito manualmente. O instrumento tem canos onde a calda contendo herbicida é armazenada e, pela ação da gravidade, drenada para uma corda de poliéster, que permanece embebida, possibilitando a aplicação por contato, sem a necessidade de pulverização.

Saiba mais sobre o tema desta semana, ouvindo o Prosa Rural, o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

 

Região Sul

 

Breno Lobato (MTb 9417 – MG)
Embrapa Pecuária Sul

Contatos para a imprensa

Telefone: (53) 3240-4660

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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