22/04/16 |   Segurança alimentar, nutrição e saúde

Embrapa, FAO, CIAT e outras instituições discutem os próximos passos para a biofortificação na América Latina e Caribe

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Foto: Tarcila Viana

Tarcila Viana -

Mais de 70 representantes de instituições como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Centro Internacional para Agricultura Tropical (CIAT), a Fundação Semilla Nueva, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), o Instituto Internacional de Pesquisa sobre Políticas de Alimentação (IFPRI, em inglês), o Instituto de Ciências e Tecnologias Agrícolas (ICTA), dentre outras mais, se encontraram nos dias 3 e 4 de abril na cidade de San José, na Costa Rica, para a II Reunião Anual do Programa de Pesquisa HarvestPlus na América Latina e Caribe (LAC, em inglês). O objetivo foi compartilhar entre os responsáveis por atuarem na região, as experiências, problemas, soluções e resultados envolvendo as cultivares biofortificadas no decorrer do ano de 2015 e discutir as atividades e os planos para os próximos anos.

Nos dois dias de reunião, os colaboradores de onze países puderam apresentar suas estratégias utilizadas com as variedades melhoradas através de mesas de discussão, exposição de pôsteres, trabalhos em grupo e painéis sobre os avanços no melhoramento, transferência de tecnologia e temas transversais como impacto, comunicação, nutrição e pós-colheita. Os países que participaram da discussão foram: Brasil, Colômbia, Bolívia, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, e Estados Unidos da América.

Marília Nutti, pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos e coordenadora do HarvestPlus LAC, conta que a biofortificação se faz eficaz na América Latina e no Caribe devido a existência de populações que sofrem com a deficiência nutricional, principalmente em minerais e pró-vitamina A, e que a proposta do HarvestPlus de ter a agricultura apoiando a saúde tem ganhado cada vez mais força e aceitação. Com isso, para maior difusão e fortalecimento da proposta, as reuniões anuais têm se provado de grande importância devido a troca de informações para o melhor desenvolvimento da biofortificação. "Podemos perceber, com essa segunda reunião, o amadurecimento do time neste ano que passou. Estamos propondo a criação de plataformas que contenham as informações coletadas de todos os países participantes, de forma que possamos compartilhar ideias que deram certo em outros lugares e utilizá-las para o aprimoramento do trabalho em nossas regiões. Assim, ainda mais do que no passado, devemos coordenar, colaborar e trocar conhecimentos entre nossas muitas disciplinas e unidades organizacionais. Nenhuma parte do HarvestPlus pode ter sucesso de forma isolada. Todas as contribuições são importantes para atingirmos nossos objetivos", conclui a pesquisadora Marília Nutti, que também é líder do programa de biofortificação brasileiro (Rede BioFORT).

O HarvestPlus pretende fornecer caminhos para o foco geográfico e de nutrientes no longo prazo para atingir, até o ano de 2030, a marca de 1 bilhão de pessoas beneficiadas por cultivares biofortificados. A estratégia atualizada reforça a popularização e os esforços de capacitação globais, além de dar continuação as pesquisas, desenvolvimento de cultivares e distribuição.

Após o evento, alguns dos presentes continuaram na cidade para a participação do HarvestPlus no LXI Programa Cooperativo Centroamericano el Melhoramento de Cultivos y Animales (PCCMCA), fórum que durou de 05 a 08 de abril. A biofortificação foi discutida em 24 painéis ministrados por representandes do HarvestPlus LAC e também pôde ser encontrada na exposição de pôsteres e stands do evento.

Mais sobre o HarvestPlus
O HarvestPlus age em escala global para melhorar a segurança nutricional, através do desenvolvimento e implantação de produtos alimentares básicos ricos em vitaminas e minerais. Trabalhando com diversos parceiros em mais de 40 países, o HarvestPlus é parte do Programa de Pesquisa em Agricultura (CGIAR) para a Nutrição e Saúde (A4NH). O CGIAR é uma parceria em pesquisa agrícola global com o objetivo de assegurar um futuro sustentável em alimentos. Sua ciência é realizada por seus 15 centros de pesquisa em colaboração com centenas de organizações parceiras. O programa HarvestPlus é coordenado por dois desses centros: o Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT) e do Instituto Internacional de Pesquisa sobre Políticas Alimentares (IFPRI).

Mais sobre a Rede BioFORT

A Rede BioFORT é coordenada pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), congrega todos os projetos de biofortificação de alimentos no Brasil. Procurando dessa forma promover periodicamente o intercâmbio de conhecimento entre seus  líderes e colaboradores. O principal objetivo é garantir uma maior segurança alimentar através do aumento dos teores de ferro, zinco e vitamina A na dieta da população mais carente, combatendo assim a fome oculta. A essência está em enriquecer alimentos que já fazem parte da dieta da população para que esta possa ter acesso a produtos mais nutritivos e que não exijam mudanças de seus hábitos de consumo. A Rede BioFORT não trabalha com alimentos transgênicos.

 

 Texto:

Tarcila Viana

Rede BioFORT

 

Mais informações:

Marília Nutti

Pesquisadora

Embrapa Agroindústria de Alimentos

(21) 3622-9755

 

Raphael Santos (Rede BioFORT) (MTb 35.303/RJ)
Embrapa Agroindústria de Alimentos

Contatos para a imprensa

Telefone: 21 3622-9755

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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