Na série de palestras técnicas da Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás, Goiás), o fitotecnista do Núcleo Regional da Embrapa Algodão (Campina Grande, Paraíba), Alexandre Cunha B. Ferreira apresentou, no dia 21 de junho, tema sobre ‘Avanços e desafios da cotonicultura nos sistemas de produção do Cerrado brasileiro'.

Alexandre mostrou a cultura do algodoeiro integrado ao sistema de produção em três municípios: Santa Helena (GO), Primavera do Leste (MT) e, Luis Eduardo Magalhães (BA). O fitotecnista falou, ainda, sobre sistemas convencionais, sistema de semeadura direta, plantas de cobertura consorciadas com algodão e milho, rotação e sucessão de culturas com ênfase em plantas de cobertura em várias localidades do Cerrado.

A apresentação fez parte da tríade de palestras ministradas pelos pesquisadores da Embrapa, cujo tema central trata do Sistema de Plantio Direto (SPD) no Cerrado, iniciado com a palestra do pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Mabio Chrisley Lacerda, dia 10, que destacou a cultura do arroz em sistemas integrados de produção nas principais regiões produtoras do Brasil.

Mabio apresentou alguns experimentos realizados com a cultura do arroz CL (Tecnologia Clearfield®) consorciado com as forrageiras Massai, Piatã, Paiaguás ou Marundu além de ações realizadas em áreas de pastagens degradadas.

"Para evitar a sobreposição das forrageiras com a cultura do arroz, esse tipo de consórcio só tem sido possível devido ao uso de herbicida para diminuir a competição excessiva das forrageiras com o arroz", aponta o pesquisador.

Respeitando estes fatores o plantio consorciado de arroz com forrageiras é uma alternativa bastante promissora, seja na reforma de pastagens e em outros sistemas integrados de produção, como na ILPF, por exemplo, ou a rotação de culturas, entre outros. 

Na semana seguinte, dia 14, foi a vez de Roberto Kazuhiko Zito, fitotecnista do Núcleo Regional da Embrapa Soja (Londrina, Paraná) que falou sobre ‘Sistemas agrícolas, produtivos e de cultivo: perspectivas e possibilidades'.

Roberto destacou em sua exposição uma abordagem não convencional dos sistemas, comparando sistemas de produção, sistemas de cultivos e oferta ambiental, citou aspectos referentes à produção de biomassa com foco no milho safrinha, a sucessão soja-milho e a importância das braquiárias para a composição do ambiente.

Desta forma, o  plantio direto tem gerado diversos benefícios na agricultura, pois reduz a erosão e perda de nutrientes do solo, evita o assoreamento de rios, enriquece a terra com matéria orgânica na superfície e gera menor compactação o que resulta em menor uso de tratores,  além de  menor desgaste do solo e impacto ao meio ambiente.