13/06/12 |

Satélites ajudam a identificar áreas de pastagens degradadas

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Identificar os níveis de degradação de pastagens por meio de  geotecnologias, como as imagens de satélite, e assim subsidiar a elaboração de políticas públicas e tomadas de decisão sobre a recuperação e o manejo dessas terras. Esse é o objetivo do projeto GeoDegrade, coordenado pela Embrapa Monitoramento por Satélite (Campinas-SP), que pretende mapear áreas nos biomas Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica.

O desafio de recuperar essas áreas degradadas e promover seu uso sustentável vai contribuir para aumentar a produtividade do setor e liberar novas áreas para a expansão da agricultura, diminuindo a pressão sobre a floresta.

Estudos recentes mostram que a pecuária extensiva, no Brasil, responde por cerca de 93% do rebanho bovino, que tem nas pastagens a sua principal fonte alimentar. Esse tipo de sistema apresenta um dos menores custos de produção de carne do mundo, estimado em 60% e 50% dos custos da Austrália e Estados Unidos, respectivamente. Porém, a degradação das pastagens tem causado grandes prejuízos econômicos e ambientais para o setor. Os satélites vão ajudar a superar as dificuldades técnicas e de custo para monitoramento dos processos de degradação, decorrentes das dimensões continentais e da diversidade de paisagens do país. O monitoramento em escalas regionais e nacionais vai contribuir para dimensionar a magnitude do problema de forma ampla e eficiente.


O processo de degradação é um fenômeno complexo e que leva à gradativa diminuição da capacidade de suporte da pastagem. Em áreas de Cerrado, por exemplo, que responde por 60% da produção de carne do País, cerca de 80% dos 45-50 milhões de hectares com pastagens cultivadas apresentam algum grau de degradação. Com relação à Amazônia Legal, região que abriga cerca de 40% das pastagens e 35% do rebanho bovino nacional, levantamentos recentes estimam que cerca de 30 milhões de hectares estariam em processo de degradação ou já degradadas. A recuperação destas pastagens pode desempenhar um papel decisivo no processo de modernização da pecuária e tornar possível o aumento da produção sem a promoção do desmatamento.


Segundo a líder do projeto, a pesquisadora Sandra Furlan Nogueira, os resultados obtidos vão atender à crescente demanda de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação para a exploração sustentável da produção agropecuária e o aproveitamento de áreas degradadas. "A idéia é desenvolver uma metodologia para identificação a partir dos satélites e disponibilizar mapeamentos para os três diferentes biomas", explica.


Além da Embrapa Monitoramento por Satélite, o projeto tem a participação de outras seis unidades da Embrapa, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (CIRAD), da França, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), da Unicamp e do Museu Paraense Emílio Goeldi.

Mais informações sobre o projeto podem ser encontradas no website
www.cnpm.embrapa.br/projetos/geodegrade.

 

Informações:
Graziella Galinari (MTb 3863 / PR)
Embrapa Monitoramento por Satélite
graziella@cnpm.embrapa.br
Fone: (19) 3211-6200

 

 

Embrapa Monitoramento por Satélite

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/