07/11/14 |   Produção vegetal

Projeto de produção de alho-semente contempla assentados na Bahia

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Foto: Divulgação

Divulgação - Produtores e pesquisadores em campo de produção em Riachão das Neves/BA

Produtores e pesquisadores em campo de produção em Riachão das Neves/BA

Produção de alho livre de vírus em área de assentamento no município baiano de Riachão das Neves, viabilizada através de recursos de emenda parlamentar de autoria do deputado Afonso Florence, apresentou resultados bastante promissores para a expansão do cultivo na localidade. A avaliação é do pesquisador Francisco Vilela, que coordena o Programa de Melhoramento de Alho e de produção de alho-semente livre de vírus na Embrapa Hortaliças (Brasília-DF). "As condições de clima e solo da região mostraram-se bastante favoráveis à cultura do alho, que poderá se juntar aos municípios de Cristópolis e Cotegipe, que atualmente são os maiores produtores de alho do oeste da Bahia", anota o pesquisador.

Os resultados foram verificados em uma Unidade Demonstrativa (UD), instalada no Projeto de Assentamento Rio Branco em Riachão das Neves, com o apoio da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e da Secretaria Municipal de Agricultura do município. O pesquisador explica que a iniciativa envolvendo o cultivo de alho partiu de um grupo de produtores do assentamento, interessados em produzir alho-semente livre de vírus. "A unidade foi implantada em maio de 2014 com as cultivares de Cateto Roxo e de BRS Hozan", lembra Vilela, acrescentando que no plantio predominaram as sementes da cultivar Cateto Roxo, livre de vírus, produzidas por agricultores de Cristópolis.

A partir daí, foram realizadas diversas visitas à área de produção com o objetivo de monitorar o desenvolvimento das plantas e detectar a presença de pragas. Em julho, por exemplo, uma equipe técnica formada por pesquisadores da Embrapa Hortaliças e por técnicos da EBDA e da prefeitura de Riachão das Neves recomendou alguns procedimentos relacionados aos tratos culturais e fitossanitários para prevenção de doenças e garantir a qualidade da produção.

De acordo com Vilela, a unidade foi conduzida – "na medida do possível" – seguindo os princípios agroecológicos de produção, uma vez que todo o assentamento pretende investir no cultivo de alho orgânico.

PERSPECTIVAS

As experiências bem sucedidas na região, a exemplo da verificada em Cristópolis, caminham para ser replicadas: durante reunião técnica realizada em setembro, secretários municipais de Agricultura dos municípios de Cristópolis e Formosa do Rio Preto e São Desidério e Angical manifestaram disposição de introduzir o cultivo de alho livre de vírus em suas respectivas localidades.

E a mais recente visita ao assentamento, em 10 de outubro último, quando foi efetuada a avaliação da produção/produtividade do alho colhido, também apontou boas perspectivas de consolidação da experiência. "O peso em réstias da cultivar Cateto Roxo chegou a uma produtividade de 12.544 t/ha,  e considerando 75% do peso de bulbo a produtividade alcança aproximadamente 9.408 t/ha, enquanto a cultivar BRS Hozan apresentou 5.513 t/ha", sublinha o pesquisador.

Para 2015, a programação prevê a implantação de um telado antiafídeos coletivo (que impede a passagem de insetos transmissores de doenças em plantas), onde será produzido alho-semente livre de vírus para atendimento de toda a comunidade, substituindo o sistema em que cada produtor mantém um telado individual. Dessa forma, conforme o pesquisador, tem-se mais agilidade e eficiência para produção do alho-semente "facilitando os cuidados e possibilitando a produção de sementes de mais qualidade".

Anelise Campos (MTB 2.749/DF)
Embrapa Hortaliças

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Mais informações sobre o tema
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