10/11/14 |   Produção animal

Pecuaristas devem ficar atentos ao ataque da lagarta Spodoptera em pastagem

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Foto: Gabriel Faria

Gabriel Faria - Lagarta Spodopetera é mais comum em lavouras de algodão e milho

Lagarta Spodopetera é mais comum em lavouras de algodão e milho

Os pecuaristas de Mato Grosso devem fazer o monitoramento de suas pastagens para evitar prejuízos com a lagarta Spodoptera sp.. As condições de clima quente e com chuvas esparsas têm contribuído para o aumento da população desta praga e consequente dano causado por ela.

Pesquisadores da Embrapa Agrossilvipastoril têm recebido informações de aumento da população desta lagarta em diferentes locais do estado. O problema, inclusive, ocorreu no campo experimental da empresa, em Sinop.

De acordo com o pesquisador na área de entomologia, Rafael Pitta, na natureza é comum a ocorrência de ciclos de alternância com maiores populações entre espécies de insetos. Esta é uma forma de enfrentar a competição entre elas. O clima quente, com chuvas entremeadas por períodos longos de estiagem, como tem ocorrido em boa parte do estado, também contribui para este aumento populacional.

"O aumento de temperatura acelera o metabolismo dos insetos. Consequentemente, o ciclo de vida é mais intensificado. Quanto mais quente, mais rápido a lagarta se torna adulto", explica o pesquisador da Embrapa.

A Spodoptera sp. não é uma praga nova nas pastagens, uma vez que ela se alimenta de diferentes culturas (polífaga). Entretanto, a ocorrência mais comum é no algodoeiro e nas lavouras de milho.

Controle

O pesquisador Rafael Pitta explica que não há um nível de controle bem definido para esta praga em pastagem, por isso o pecuarista deve estar atento.

"O pecuarista precisa acompanhar sua pastagem semanalmente e observar se está encontrando a lagarta. Se houver e elas estiverem causando a desfolha, ele deve fazer o controle", explica o pesquisador.

Existem duas formas de controle da Spodoptera sp.. Uma é o controle biológico, utilizando o Bacillus thuringiensis, cujo risco aos animais é baixo. Outra forma é o controle químico.

"No caso de aplicação de inseticidas químicos é preciso respeitar o intervalo de segurança, que é específico para cada produto. Só então o pecuarista deve retornar com os animais na área", alerta Rafael Pitta.

Gabriel Faria (mtb 15.624/MG JP)
Embrapa Agrossilvipastoril

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