05/03/15 |   Produção animal

Dinapec apresenta alternativa para diversificação de pastagens na Amazônia

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

Começa na quarta-feira (11 de março), a décima edição da Dinâmica Agropecuária (Dinapec) na vitrine tecnológica da Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande-MS. No evento, o público poderá participar de roteiros tecnológicos, dinâmicas e oficinas com foco nas novidades da Ciência e Tecnologia para a pecuária bovina. 

Uma das alternativas apresentadas no roteiro "Novas Cultivares de Forrageiras" será a cultivar Panicum maximum BRS Zuri, uma boa opção para diversificar as pastagens, principalmente na Amazônia, onde o regime de chuvas é intenso. A forrageira apresenta boa tolerância aos solos encharcados, comuns na maioria da região Norte.

"No Acre, os experimentos demonstraram que esse é o fator mais interessante do Zuri porque chove muito e os solos são de baixa permeabilidade. Além disso, não registramos ataques severos de pragas e doenças no estado", afirma o pesquisador Carlos Maurício de Andrade, um dos envolvidos com as pesquisas.

A cultivar apresenta alto grau de resistência à mancha das folhas, causada pelo fungo Bipolaris maydis, podendo ser uma alternativa em substituição ao capim Tanzânia em propriedades atingidas pelo fungo. A alta resistência à cigarrinha-das-pastagens é outra característica observada.

De acordo com o analista da Embrapa Acre, Bruno Pena, que estará apresentando as vantagens da tecnologia na Dinapec, a produtividade do Zuri é superior à produção do Tanzânia, um dos capins mais difundidos nas pastagens brasileiras. "Por ser ideal para sistemas intensivos e palatável para o gado, as avaliações da BRS Zuri mostraram que os animais ganharam 890 quilos de peso vivo por ano, 100 quilos a mais que a cultivar Tanzânia", afirma.

Degradação de pastagens
Diversificar as pastagens com diferentes tipos de gramíneas é importante para evitar a degradação das pastagens, o maior problema da atividade pecuária no Brasil. Cerca de 70 milhões de hectares nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil são de pastagens degradadas. "A recuperação dessas áreas tem sido apontada como a principal ação de modernização da pecuária bovina na Amazônia, porque permite a reutilização das áreas já desmatadas e que atualmente se encontram abandonadas ou subutilizadas. Dessa forma, promove ganhos de produtividade, reduz desmatamentos, aumenta o sequestro de carbono no solo, diminuí as emissões de gases de efeito estufa e torna a atividade mais sustentável", afirma Andrade.

Serviço
As sementes da BRS Zuri são comercializadas por empresas que compõem a Associação para Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras - Unipasto.

Priscila Viudes (Mtb 030/MS)
Embrapa Acre

Contatos para a imprensa

Telefone: ¨(68) 3212-3250

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

Encontre mais notícias sobre:

forrageiraamazoniadinapec