No ambiente empresarial, informação e conhecimento são ativos imprescindíveis, especialmente em empresas que se dedicam à produção da ciência. A forma com que são gerenciados, disponibilizados e utilizados pelos gestores e empregados contribui para que haja boa governança desses recursos na instituição. Com esse objetivo e buscando fortalecer as iniciativas já existentes nessa direção, o Comitê Gestor da Programação (CGP) da Embrapa aprovou o Arranjo “Gestão da Informação Científica e Tecnológica da Embrapa: estratégias para fortalecimento, consolidação e inovação (Gestinf)”, que terá 5 anos de vigência, sob a liderança da Embrapa Informação Tecnológica (Brasília, DF). “O novo arranjo irá fortalecer o que já existe na Empresa no âmbito da gestão da informação, ou seja, consolidar o que temos de bom e, ao mesmo tempo, estimular a construção de projetos inovadores que contribuam para a modernização da área, com oferta de novos ativos e serviços de informação para os empregados e também para a sociedade”, destaca Alessandra Silva, supervisora do Setor de Informação e Documentação da Embrapa Informação Tecnológica e ponto focal da Unidade no Arranjo. O Gestinf envolve projetos já vigentes no âmbito do Sistema Embrapa de Gestão (SEG) e prevê, de imediato, em sua estrutura três novas propostas. São elas: o projeto de gestão do arranjo que, em consonância com o modelo adotado no SEG, tem como objetivos manter a coerência e a coesão dos projetos que vierem a integrá-lo, e, também, facilitar a comunicação entre as instâncias; o projeto âncora intitulado “Implantação de novo modelo de gestão da informação científica e tecnológica nas bibliotecas da Embrapa”; e o projeto voltado para o alinhamento semântico e conceitual de terminologias utilizadas nos sistemas de informação da Embrapa, designado “Terminologias agropecuárias, agro semântica e vocabulário controlado da Embrapa”. Projeto âncora O projeto âncora terá como objetivo reestruturar o modelo vigente de atuação das 43 bibliotecas da Empresa que integram hoje o Sistema Embrapa de Bibliotecas (SEB). “A ideia é ressignificar a maneira como planejamos e praticamos a gestão da informação no âmbito das bibliotecas, propiciando a inovação dos serviços e produtos oferecidos para que se alinhem às demandas da Empresa e do universo informacional contemporâneo. O foco em uma temática específica já não faz mais sentido, pois temos hoje Unidades de pesquisa com atuação em diversas regiões que não apenas nas localidades onde estão situadas. A informação tem um caráter ubíquo e precisamos trazer essa característica de forma efetiva para os espaços da Embrapa”, detalha Alessandra Silva. Nessa direção, uma das metas será promover a modernização das bibliotecas de forma que tenham um acervo selecionado, significativo, com fontes de informação qualificadas e de relevância. Outra meta é qualificar os profissionais que atuam nestas instâncias para que estejam aptos a realizarem estudos e análises voltados para a produção científica e que atendam às demandas institucionais que se apresentarem. “Reforçaremos um dos papéis estratégicos das bibliotecas, que é o de orientar e capacitar os empregados, especialmente pesquisadores, no uso de nossas bases de dados e de outras fontes de informação, dando maior protagonismo a esses usuários”, ressalta Alessandra, destacando também que o projeto irá incorporar o novo papel das bibliotecas em um mundo cada vez mais digitalizado e pautado pela facilidade de acesso às informações científicas em um ambiente complexo, em que a disponibilização de dados abertos é uma tendência cada vez mais presente. Convergências "O Gestinf possui convergência com iniciativas anteriores ou em desenvolvimento na Embrapa, como, por exemplo, os projetos especiais de Governança de Dados e da Informação para o Conhecimento na Embrapa, o GovIE; o Agropensa e o II Plano Diretor de Tecnologia da Informação, todos já encerrados, mas com legados de importantes contribuições para a gestão de dados e da informação na Empresa”, destaca Selma Beltrão, gerente-geral da Embrapa Informação Tecnológica e líder do Arranjo. As Unidades que compõem o comitê gestor do arranjo são Embrapa Informação Tecnológica (líder), Embrapa Informática Agropecuária, Embrapa Semiárido, Embrapa Meio Ambiente, Secretaria de Gestão e Desenvolvimento Institucional, com a colaboração da Secretaria de Comunicação (Secom) – esta última com importante papel para as ações de comunicação e divulgação do arranjo. Além disso, instituições externas, como o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já manifestaram interesse em serem parceiras na empreitada. A líder do arranjo, Selma Beltrão, convida “os gestores e empregados das Unidades da Embrapa a participarem do arranjo” e, aponta que desde que a nota técnica do Gestinf foi publicada no Ideare já recebeu manifestações com interesse de algumas Unidades em apresentar projetos. Conheça a nota técnica do arranjo disponível no Ideare.