14/08/17 |   Automação e Agricultura de Precisão

Embrapa defende Programa Nacional para AP na Câmara dos Deputados

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Foto: Rose César

Rose César -

O pesquisador da Embrapa Instrumentação Luis Henrique Bassoi afirmou ser agora o momento ideal para a criação de políticas públicas que promovam a pesquisa e a adoção de tecnologias para a Agricultura de Precisão (AP) e para a implementação de um Programa Nacional para que não aumente a distância entre o Brasil e outros países nessa área. A afirmação foi feita durante a Audiência Pública organizada pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural com o tema “Agricultura de Precisão – Uma forma racional de produzir alimentos com sustentabilidade e competitividade”, presidida pela deputada Tereza Cristina, na manhã desta quinta-feira, dia 10, na Câmara dos Deputados.

Bassoi explicou que a adoção da Agricultura de Precisão está em fase de ascensão gradativa em sistemas de produção agropecuária no Brasil, nas diferentes escalas de propriedades, mas ainda é de fundamental importância a adaptação e desenvolvimento de ferramentas e procedimentos adequados às condições brasileiras, para que possam contribuir para a sustentabilidade e competitividade do setor. “Existe massa crítica no País para promover essa adaptação e esse desenvolvimento, mas ela é dependente de apoio, por meio de políticas públicas”, defendeu.

Para que isso ocorra, uma das sugestões apresentadas pelo pesquisador foi a necessidade de colaboração entre instituições como universidades, institutos de pesquisa, institutos tecnológicos, órgãos de extensão, indústria de base tecnológica, além das organizações do sistema S, e de fomento como FAPs, CAPES, CNPq, Finep, dentre outras. A integração entre Ciências Agrárias e Ciências Exatas na Agricultura de Precisão, segundo ele ainda incipiente no País, também foi apontada como imprescindível para incrementar a pesquisa aplicada ao setor produtivo.

Para melhor entendimento dos entraves para o avanço da agricultura de precisão nas propriedades brasileiras, o pesquisador apresentou o conceito de “intercambialidade”, que é a possibilidade de incluir ou trocar componentes sem a necessidade de ajustes para o pleno funcionamento dos equipamentos. “Precisamos viabilizar a inserção de produtos ISOBUS compatíveis no mercado nacional por meio de subsídios econômicos temporários”, afirmou. O ISOBUS é um protocolo universal para comunicação eletrônica entre implementos, tratores e computadores, sendo esse um dos primeiros passos na direção da conectividade, ter uma eletrônica mais amigável e menos suscetível à obsolescência prematura das máquinas agrícolas.

Em vários momentos de sua apresentação, Luís Bassoi defendeu que a Agricultura de Precisão também é para o pequeno e o médio produtor. “Alguns pequenos produtores de frutas enumeram as plantas, e usam a numeração como referência de posição na coleta de dados e no mapeamento, dispensando assim o uso do GPS, por exemplo. Também precisamos de ferramentas mais “amigáveis” ao usuário”, disse. Ele finalizou argumentando sobre a necessidade de se promover o fortalecimento e ampliação da capacitação de multiplicadores, professores, pesquisadores, técnicos, produtores e estudantes para a promoção da AP.

Também participaram do debate o presidente da Associação Brasileira de Agricultura de Precisão, José Paulo Molin; o presidente da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Marcio Moreira,e o Diretor Executivo de Tecnologia da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), João Delgado.

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Rose Lane César (Mtb 2978)
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