09/04/15 |   Produção vegetal  Segurança alimentar, nutrição e saúde  Transferência de Tecnologia

Embrapa apresenta tecnologias para soja na Tecnoshow

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Foto: Roberto Zito

Roberto Zito - Vitrine terá demonstração de refúgio com cultivar BRSGO 6959RR

Vitrine terá demonstração de refúgio com cultivar BRSGO 6959RR

A Embrapa mostrará tecnologias com vantagens competitivas para os produtores que visitarem a Tecnoshow Comigo, de 13 a 17 a abril, em Rio Verde (GO). Um dos destaques será a demonstração de áreas de refúgio em lavouras com soja Bt, além da apresentação da coinoculação para melhorar a produtividade da soja e do fejião e de tecnologias e orientações para o manejo de pragas e de fertilidade do solo, além de indicação de uso da soja na alimentação humana.

Demonstração de área de refúgio

A tecnologia Intacta RR2 PROTM reúne características como a resistência ao herbicida glifosato para o manejo de plantas daninhas e também conta com a toxina Bacillus thuringiensis (Bt), que auxilia no controle de algumas espécies de lagartas. As cultivares Bt permitem o controle de algumas espécies de lagartas, mas também podem selecionar insetos resistentes a ela, a longo prazo. Para prolongar a longevidade dessa tecnologia, a Embrapa defende a adoção de práticas de manejo sustentável como o cultivo de áreas de refúgio. Na Vitrine de Tecnologia da Embrapa na Tecnoshow haverá demonstração de manejo de refúgio com as cultivares BRSGO 6959RR e BRS 7270IPRO.

O refúgio consiste em manter uma porcentagem da área (no mesmo talhão) com a mesma cultura (soja), sem a tecnologia Intacta. Segundo o pesquisador Daniel Sosa Gomez, da Embrapa Soja (Londrina, PR), o objetivo é manter a população de insetos suscetíveis à toxina Bt para que haja o acasalamento com os indivíduos potencialmente resistentes, o que irá retardar o crescimento de insetos resistentes à tecnologia.

Fertilidade

Durante o evento, a Embrapa irá abordar a influência do potássio (K) na produtividade da soja. Segundo o pesquisador Cesar de Castro, da Embrapa Soja, tem sido frequente o aparecimento de sintomas de deficiência de K em lavouras de soja, caracterizados por uma clorose nas folhas superiores da planta. Segundo Castro, cada tonelada de grãos de soja retira de 20 a 25 kg/ha de K2O. Por isso, a adubação com o potássio deve ser bem planejada, visando atender a alta exportação na cultura da soja. A recomendação dos pesquisadores é que a aplicação desse nutriente seja realizada no sulco de semeadura, desde que a dose aplicada seja inferior a 50 kg/ha de K2O. Para doses maiores, deve-se aplicar parte do fertilizante em cobertura. "Antes de realizar a adubação, deve-se fazer uma análise de solo para avaliar a disponibilidade do nutriente, bem como a quantidade de fertilizante a ser aplicada", orienta o pesquisador. "Em complemento, pode-se realizar a análise foliar para avaliar o estado nutricional da lavoura".

O pesquisador Adilson de Oliveira Júnior, da Embrapa Soja, também abordará a relevância do fósforo (P), nutriente que mais limita a obtenção de altas produtividades de soja, principalmente em áreas recém-incorporadas. Em lavouras com sintomas de deficiência de P, as plantas apresentam redução de porte, de área foliar e, consequentemente, de produtividade. Cada tonelada de grãos de soja retira de 10 a 13 kg/ha de P2O5. "A adubação com fósforo deve ser realizada para corrigir a deficiência desse nutriente em solos com baixa disponibilidade ou atender a exportação na cultura da soja, no caso de solos com adequada disponibilidade de P (adubação de manutenção)", recomenda Oliveira. Antes da adubação, o pesquisador reforça a necessidade de uma análise de solo para avaliar a disponibilidade do nutriente e a quantidade de fertilizante. "Como complemento, o produtor pode realizar a análise foliar para avaliar o estado nutricional da lavoura", diz.

Tecnologia de coinoculação

Os produtores de soja e feijão têm um novo aliado para o aumento de produtividade e da sustentabilidade de seus sistemas de produção: a tecnologia de coinoculação, que consiste em combinar a inoculação das sementes com bactérias de Bradyrhizobium para a soja, ou Rhizobium para o feijoeiro, com a inoculação com Azospirillum, uma bactéria promotora de crescimento. A tecnologia foi desenvolvida em parceria com a empresa Total Biotecnologia, e o produto é o Azototal Max. "É a primeira vez, em mais de 50 anos, que se recomenda um novo tipo de bactéria para as culturas da soja e do feijão, que não sejam rizóbios", diz a pesquisadora Mariangela Hungria, da Embrapa Soja.

 As pesquisas para desenvolvimento da tecnologia de coinoculação da soja e do feijoeiro iniciaram em 2009. Nos três primeiros anos foram conduzidos nove experimentos, em Londrina e Ponta Grossa. A principal comparação foi entre dois tratamentos controle, o primeiro sem o uso de inoculante, e o segundo com reinoculação anual com Bradyrhizobium para soja e Rhizobium para feijoeiro (práticas recomendada pela Embrapa) e o tratamento de coinoculação com rizóbios e Azospirillum. Os estudos confirmaram que a reinoculação anual da soja proporciona um incremento médio no rendimento de grãos de 8,4% em relação às áreas não inoculadas anualmente.

A surpresa veio do resultado da nova tecnologia: os ensaios de campo mostraram que a coinoculação aumentou o rendimento da soja em 16,1%, em média, em relação às áreas não inoculadas. No caso do feijoeiro, a reinoculação anual resultou em um incremento médio de 8,3%, em relação ao tratamento não inoculado, enquanto a coinoculação com Azospirillum resultou em mais 14,7%. Ainda com o feijoeiro, em relação ao controle não inoculado, a coinoculação de Rhizobium e Azospirillum resultou em um incremento de 19,6%, em relação às áreas não inoculadas. Mais informações técnicas podem ser obtidas no site da Embrapa Soja e informações comerciais sobre o produto no site da Total Biotecnologia.

Soja na alimentação humana

O consumo da soja na alimentação é mais comum nos países orientais, onde está inserida na dieta alimentar diária. Este grão é um alimento que tem como característica marcante o alto teor de proteína e de ferro, entre outros ingredientes. Segundo a pesquisadora Vera Benassi, da Embrapa Soja, a soja pode ser uma alternativa para enriquecer o cardápio de pessoas com intolerância ao glúten e daquelas que, mesmo não sendo celíacas, têm sensibilidade a essa proteína.

Por isso, a Embrapa lançou o livro "Orientações e receitas para uma alimentação com soja e livre de glúten", ressaltando a importância da dieta que, além de propiciar o desaparecimento dos sintomas, evita a ocorrência de complicações. A publicação apresenta, em 80 páginas, informações sobre a doença celíaca, opções para cozinhar sem glúten e 39 receitas adaptadas e testadas na Cozinha Experimental da Embrapa Soja. "A maioria dos ingredientes utilizados é comum nos supermercados, mas vários itens são encontrados apenas em lojas especializadas em produtos integrais ou naturais", diz Vera Benassi.

Formas de aquisição do livro:

1 - Setor de Publicações da Embrapa Soja

Telefone: (43) 3371-6119 /

E-mail: cnpso.vendas@embrapa.br

2 - Livraria Virtual da Embrapa

 

Lebna Landgraf (MTb 2903/PR)
Embrapa Soja

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Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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