28/04/15 |   Segurança alimentar, nutrição e saúde

Biofortificação aumenta combate contra a fome oculta em Minas Gerais

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Foto: Tarcila Viana

Tarcila Viana - Batata doce biofortificada

Batata doce biofortificada

A Rede BioFORT aumenta a sua atuação contra a fome oculta no estado de Minas Gerais com a parceria firmada pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) com a Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG) para combater a deficiência nutricional ou fome oculta no município de Monte Carmelo. A parceria tem o objetivo de transferir a tecnologia de biofortificação a agricultores familiares e criar uma unidade demonstrativa na própria UFU - Campus Monte Carmelo, para promover a vivência e a experimentação de processos da agrobiodiversidade focados em resgate, caracterização, avaliação, seleção, produção e conservação de sementes crioulas e biofortificadas de milho, feijão, mandioca e batata-doce fornecidas pela Embrapa. As ações pretendem beneficiar toda a região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, formada por 66 municípios e um dos espaços mais modernos de produção agropecuária em Minas Gerais. "Serão desenvolvidos Dias de Campo com o intuito de motivar os agricultores de comunidades e assentamentos rurais a desenvolver sistemas agroecológicos e sustentáveis, além de promover cursos de capacitação para a formação de multiplicadores", conta a professora, Ana Carolina Siquieroli, principal responsável das atividades da UFU envolvendo biofortificados no município de Monte Carmelo.

 A alimentação escolar, assim como os agricultores familiares, serão beneficiados. Os produtos biofortificados produzidos por estes estão sendo adquiridos pelas escolas para alimentar 1200 alunos, em média, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (EMATER-MG), a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente e a Cáritas Diocesana de Paracatu atuam também como parceiras na disseminação e popularização desses alimentos na região.

Biofortificação é a técnica de melhoramento convencional que permite o aumento de minerais e vitaminas em alimentos básicos à saúde humana.

O aglomerado de projetos de biofortificação coordenados pela Embrapa recebe o nome de Rede BioFORT. No Brasil, já foram lançadas variedades biofortificadas de batata-doce, mandioca, feijão comum, milho e feijão-caupi. Estão em processo de melhoramento cultivares de trigo, abóbora e arroz. Aproximadamente 2500 famílias das regiões Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil já experimentaram os benefícios desses alimentos ricos em pró-vitamina A, ferro e zinco.

A líder da Rede BioFORT e pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Marília Nutti, foi recentemente homenageada durante a reunião de 25 anos de fundação do ILSI (International Life Sciences Institute) Brasil por fazer parte do primeiro conselho científico e de administração, responsável pela origem e crescimento do instituto. As atividades envolvendo biofortificados no Brasil têm sido temas de discussão em fóruns e workshops internacionais, aproximando países da África, Ásia, América Latina e Caribe, a partir de troca experiências e transferência de tecnologia, fortalecendo assim a cooperação sul-sul.

Colaboração: Tarcila Viana

Raphael Santos (MTB 35.303/RJ)
Embrapa Agroindústria de Alimentos

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Mais informações sobre o tema
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