08/11/17 |   Biotecnologia e biossegurança

Pesquisadores da Embrapa assinam contratos para dar início a projetos INCT

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Foto: Irene Santana

Irene Santana - Da esquerda para direita: Elibio Rech, José Manuel Cabral, Rodrigo Rollemberg, Fatima Grossi e Wellington Almeida.

Da esquerda para direita: Elibio Rech, José Manuel Cabral, Rodrigo Rollemberg, Fatima Grossi e Wellington Almeida.

Cerimônia contou com a presença do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg.

Os pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Elíbio Rech e Fátima Grossi participaram na manhã de hoje (08) da solenidade de assinatura dos contratos dos projetos INCT no Palácio do Buriti, sede do governo de Brasília - DF. A partir da assinatura do chamado Termo de Outorga (TOU), terá início a liberação de recursos para os dois projetos, aprovados em maio do ano passado dentro da Chamada INCT – MCTI/CNPQ/CAPES/FAPs Nº 16/2014.

Os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) são 101 centros de pesquisa multicêntricos brasileiros, criados para desenvolver pesquisas de alto impacto científico em áreas estratégicas como saúde e alimentação. O programa é conduzido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e diversas fundações de amparo à pesquisa estaduais, como a FAPDF.

A cerimônia contou com a presença do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, do Secretário adjunto de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal (Secti) Tiago Coelho, do Diretor-Presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), Wellington Almeida e do Chefe-Geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, José Manuel Cabral (foto).  

“Apesar de todas as dificuldades financeiras, estamos na contramão do que vem acontecendo no País no que se refere à Ciência, Tecnologia e Inovação, garantindo a regularidade dos investimentos, aumentando e melhorando a qualidades desses investimentos”, afirmou o governador do DF.

Saiba mais sobre os projetos aprovados

Esta é a primeira vez que a Embrapa participa como líder de INCTs, cujos projetos incluem pesquisas de alto impacto científico em áreas estratégicas e na fronteira do conhecimento. No total, a Empresa teve seis propostas aprovadas e poderá receber recursos na ordem de R$ 50 milhões.

O primeiro projeto, INCT – BioSyn (de Synthetic Biology), propõe a formação de uma rede de pesquisas interdisciplinares em biotecnologia aplicada à agregação de valor à biodiversidade. Isso será feito a partir do sequenciamento dos genomas de espécies e cultivares vegetais de quatro biomas brasileiros, seguido pelo estudo completo da função biológica com o objetivo de formar um banco de dados de genomas de plantas e microrganismos.

O coordenador do projeto, Elíbio Rech, explica que as pesquisas serão feitas em colaboração com institutos de pesquisa e empresas privadas de diferentes regiões do Brasil e no exterior.

“O INCT-BioSyn será incluído no consórcio de biologia sintética "OpenPlant" (do inglês Open Technologies for Plant Synthetic Biology), formado pelas mais importantes universidades, empresas e institutos de pesquisa do Brasil e do mundo que trabalham com o tema biologia sintética”, afirma o pesquisador. A proposta prevê recursos ao redor de R$ 10 milhões.

O segundo projeto, INCT – Drought Pests, tem como objetivo buscar ativos biotecnológicos aplicados à seca e pragas de culturas relevantes para o agronegócio. A pesquisadora Maria Fátima Grossi de Sá, coordenadora do projeto, afirma que a perspectiva é contar com recursos da ordem de R$ 8 milhões.

“Vamos buscar ativos biotecnológicos para as culturas de soja, milho e algodão para combater três grandes problemas da agricultura: seca, meloidoginose e lagartas-praga”, explica Fátima Grossi. Para isso, serão utilizadas diferentes abordagens para a prospecção, isolamento, caracterização e validação funcional de genes/moléculas. O projeto integra equipes de diversas unidades da Embrapa, como a Milho e Sorgo, Soja, Algodão, Clima Temperado, Arroz e Feijão além da unidade líder, Recursos Genéticos e Biotecnologia.

Também participam pesquisadores da UnB, UFC, Ufrgs, Ufpel, Epamig, IMAmt e FuturaGene. Do exterior, há integrantes do INRA-Sophie Antipolis e do IRD-Montpellier, ambos na França.

Além da busca por novos ativos biotecnológicos, o projeto prevê ainda a criação de novas tecnologias e produtos. “Há previsão de desenvolvimento de bioinsticidas, bionematicidas e plantas geneticamente modificadas, além da construção de bancos de dados, caracteres e coleções in vivo. 

Irene Santana (MTb 11.354/DF)
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

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