10/11/17 |   Florestas e silvicultura  Segurança alimentar, nutrição e saúde

Consumidores avaliam snacks de pinhão

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Foto: Katia Pichelli

Katia Pichelli -

Quem passou pelo Mercado Municipal de Curitiba/PR no dia 04/11, pode participar de uma avaliação sensorial de um snack doce de pinhão recheado com pasta de amendoim. A ação, liderada pela pesquisadora Rossana Catie Bueno de Godoy, da Embrapa Florestas, faz parte do desenvolvimento da tese de doutorado de Angela Gava Barreto, aluna da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O objetivo foi verificar a aceitação do público consumidor dos snacks elaborados com arroz integral e pinhão em diferentes proporções e recheados com pasta de amendoim.
Cerca de 120 pessoas degustaram três formulações dos snacks e responderam um questionário de perfil sociográfico e de opinião sobre os produtos que experimentaram. Eduardo Todt, morador de Curitiba, acha interessante este tipo de iniciativa, “em especial com produtos locais. Um dos que experimentei achei bem saboroso e provavelmente compraria”. Já o goiano Pedro Luis Sestini estava no Mercado Municipal para turismo e conta que comeu pinhão somente quando era criança. “Gostei muito do que experimentei. A textura dos snacks é deliciosa: eles explodem na boca e a participação do pinhão deu ‘um quê’ especial no sabor. Espero que este produto chegue em Goiás!”.
Os snacks de pinhão são resultantes de uma tese de doutorado na área de Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos da Escola de Química – UFRJ e agora entra na fase de análise sensorial e aceitação pelo consumidor. O produto é feito pelo processo de extrusão termoplástica, o mesmo utilizado para fabricação de torradas, salgadinhos de milho, proteínas texturizadas, farinhas instantâneas, cereais para pronto consumo entre outros.
Testes preliminares de nove diferentes snacks de farinha de pinhão e arroz integral foram conduzidos na Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro). Os testes apontaram o termo “gostei muito” para a maioria dos produtos apresentados. Concluiu-se, a partir desta pesquisa, que a extrusão é uma alternativa potencial para conversão de sementes de Araucária em produtos para pronto consumo.
A ação é fruto de trabalhos de pesquisa em parceria entre Embrapa Florestas, Embrapa Agroindústria de Alimentos, Cefet Valença/RJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro e Mercado Municipal de Curitiba.


Os snacks

O pinhão é a semente da araucária, árvore de destacada importância cultural, econômica e ambiental nas regiões sul e sudeste do Brasil. Uma das estratégias de perpetuação desta espécie é a valorização do pinhão na alimentação humana, pois é um alimento rico em amido, fibras, com baixo teor de lipídios e isento de glúten. O arroz integral, utilizado na formulação, é um cereal considerado básico da dieta humana devido à alta concentração de amido, proteínas, vitaminas, minerais, fibras, baixo teor de lipídios e também isento de glúten. Já o amendoim se destaca pelo elevado teor de ácidos graxos insaturados e, sua pasta, por apresentar baixa atividade de água, pode ser aplicada em muitos produtos alimentícios. Ou seja, a junção destas características de cada ingrediente utilizado faz com que o snack desenvolvido seja considerado um alimento diferenciado e de alto valor energético. É indicado também para celíacos, intolerantes a lactose, vegetarianos e veganos, já que não possui em sua formulação glúten e produtos de origem animal.
 

Katia Pichelli (MTb 3594/PR)
Embrapa Florestas

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