13/12/17 |   Biotecnologia e biossegurança  Nanotecnologia  Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

A Biotecnologia vai à escola!

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Foto: Divulgação Embrapa

Divulgação Embrapa - Interatividade: Luciano Paulino mostra a um aluno o efeito do imã sobre as nanopartículas magnéticas.

Interatividade: Luciano Paulino mostra a um aluno o efeito do imã sobre as nanopartículas magnéticas.

Cinco pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia - Ana Cristina Brasileiro, Angela Mehta, Luciano Paulino, Patrícia Messenberg e Priscila Grynberg – e o professor da Universidade de Brasília (UnB) Robert Miller estiveram no dia 24 de novembro de 2017 no Centro de Ensino Médio Elefante Branco (Cemeb), em Brasília, DF, onde apresentaram as ações de pesquisa que vêm desenvolvendo para cerca de 150 estudantes dos 2º e 3º anos do Ensino Médio, além de professores e gestores. Atividades de comunicação e transferência de conhecimento para a sociedade, como essas, são importantes componentes dos projetos financiados pela FAP-DF (Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal) e têm como principal objetivo aproximar a ciência da escola contribuindo para a construção do conhecimento científico junto aos estudantes.

Em suas palestras, os seis pesquisadores buscaram enfatizar a importância da ciência para o dia-a-dia dos estudantes abordando assuntos de interesse geral, como biotecnologia, biodiversidade, transgênicos, nanotecnologia, bioinformática, entre outros.  Para despertar o interesse do público infanto-juvenil, eles levaram materiais de laboratório, como placas de Petri com culturas bacterianas, géis de proteínas, tubos com nanopartículas e plantas in vitro, proporcionando ao público a oportunidade de “tocar” e “ver” as ferramentas utilizadas na rotina de um laboratório de biotecnologia de plantas.

Uma das atrações que mais atraiu a atenção dos estudantes foi a demonstração do efeito de um imã sobre nanopartículas magnéticas. Invisíveis a olho nu, elas se juntam quando expostas a esse objeto, tornando-se visíveis. “Experiências lúdicas como esta facilitam a compreensão e permitem vivenciar o cotidiano da pesquisa científica na escola”, ressalta a pesquisadora Ana Cristina Brasileiro.

O contato entre a academia e o público escolar estimula o interesse pela ciência, além de auxiliar na desmistificação de assuntos cujo domínio não é amplo. “No caso dos estudantes do Cemeb, esperamos que os conhecimentos adquiridos possam contribuir para a formação de uma opinião mais crítica em relação ao conhecimento científico e, quem sabe, até mesmo incentivar a vocação científica”, instiga a também pesquisadora Ângela Mehta.

Para Priscila Grynberg, a experiência foi um grande desafio, principalmente ao que se refere à adaptação da linguagem científica para o público estudantil. Se bem que ela e Luciano Paulino já haviam participado da 13ª Semana Nacional de C&T de 23 a 27 de outubro, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, DF, apresentando a bioinformática e a nanotecnologia para centenas de estudantes de ensino fundamental e médio por dia.

Ela destaca também como muito positiva  a iniciativa da FAP-DF em exigir a interação dos cientistas com as escolas. “Sem dúvida, é uma forma de alavancar a popularização da ciência no DF”, constata.

Essa foi a primeira ação de divulgação científica empreendida por esse grupo de pesquisadores, como parte dos projetos financiados pela FAP-DF. Em 2018, além de ir até às escolas para proferir palestras, eles pretendem também receber o público estudantil na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. “Nosso objetivo é que as ações de popularização da ciência resultem em posturas pró-ciência pelo público leigo em geral, aproximando-o e melhorando a sua percepção do trabalho realizado em empresas de pesquisa públicas, como a Embrapa”, finaliza Ana Cristina.

Saiba mais sobre os projetos de pesquisa apresentados:

Os projetos de pesquisa apresentados no Cemeb são desenvolvidos com o apoio financeiro da FAP-DF. Confira:

- “Busca por genes de amendoim das espécies Arachis duranensis e Arachis stenosperma silenciados por pequenos RNAs do nematóide Meloidogyne arenaria: identificação e caracterização de novos efetores (Priscila Grynberg)

- “Caracterização funcional in planta de genes candidatos associados com tolerância à seca” (Ana Cristina Brasileiro)

- Busca de genes de resistência ao nematoide das galhas (Meloidogyne spp.) em amendoim silvestre e sua aplicação em leguminosas” (Patricia Messenberg Guimarães

- “Prototipagem e fabricação rápida de miméticos de biofilmes, tecidos e órgãos, utilizando bioimpressoras 3D para testes de atividade biológica in vitro de compostos bioativos e nanossistemas obtidos utilizando plantas do Cerrado (Luciano Paulino).

- Estratégias avançadas de genômica e proteômica para controle do mofo branco e da podridão negra em brássicas (Angela Mehta)

- Interação Musa acuminata - Meloidogyne incognita: identificação e validação de genes de resistência (Robert Miller).

Fernanda Diniz (MTb 4685/DF)
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

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