Entre os dias 05 e 09 de fevereiro de 2018, a Embrapa Pantanal irá levar tecnologias desenvolvidas por meio do trabalho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária na região à Unidade Didática Agroecológica do Show Rural Coopavel, em Cascavel – PR, que irá completar 30 anos de realização. Durante o evento, o pesquisador Alberto Feiden irá representar a unidade pantaneira de pesquisa da Embrapa, com o apoio da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), para apresentar trabalhos voltados ao desenvolvimento da agricultura familiar com os parceiros participantes da Vitrine Tecnológica de Agroecologia. Entre as atividades estão a exposição de um sistema alternativo de irrigação, produzido com garrafas PET, e um sistema a para suplementação alimentar proteica de bovinos de leite em períodos de seca ou frio, quando há menos comida disponível aos animais. “Nos sistemas intensivos de criação de gado da região Oeste do Paraná é muito comum a suplementação dos animais em época de seca ou geada com cana de açúcar e ureia. Porém, em sistemas orgânicos de produção, o uso de ureia é proibido, sendo necessário desenvolver outras formas de fornecimento de nitrogênio para os animais”, afirma Alberto. Maiores informações estão disponíveis por meio da publicação disponível no link https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1036649/1/Suplementacao.pdf, escrita em parceria com Frederico Lisita – ambos pesquisadores da Embrapa Pantanal. As variações na disponibilidade de alimentos provocam instabilidade na produção leiteira bovina, com relatos de perda de peso e de fertilidade nos animais. Por esse motivo, de acordo com Alberto, a suplementação nutricional é importante. Como alternativa, ele sugere a produção de feno no período chuvoso, quando há forragem de qualidade de sobra, para uso nos períodos de seca em associação com a cana-de-açúcar (ou outra fonte energética com baixo teor de proteínas). “A produção de feno com forrageiras trituradas (secador solar) é uma tecnologia simples e de baixo custo, que demanda pouca infraestrutura (triturador de forragens, piso cimentado ou lona e local para armazenar feno) e permite conservar a planta em diferentes estágios de maturação”. De acordo com Alberto, a cana-de-açúcar representa uma alternativa de baixo custo e fácil manejo para suprir as demandas energéticas do gado, já que tem alto teor de açúcar e de produtividade. Porém, como a planta possui baixo teor de proteína – cerca de 4% – é preciso adicionar o feno como fonte proteica ao material (que, nessas condições, pode ser utilizado para suplementar a alimentação de animais criados em sistemas orgânicos). Ao investigar alternativas sustentáveis para a suplementação, os pesquisadores buscaram espécies adaptadas de fácil cultivo. Entre aquelas que se destacaram estão a moringa (Moringa oleifera), a leucena (Leucaena leucocephala), o feijão guandu (Cajanus cajan), a amora (Morus sp) e a parte aérea da mandioca (Manihot esculenta), todas com altos teores de proteína bruta. Para mais informações, visite a Unidade Didática Agroecológica no Show Rural Coopavel 2018! Cobertura especial