Com o objetivo de estimular o consumo das PANC (Plantas alimentícias não convencionais) e aproximar o mercado consumidor dos agricultores familiares, possibilitando vendas diretas, a pesquisadora Mariella Uzêda apresentou uma palestra para um grupo de estudantes de gastronomia do Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação (IBMR) no dia 29 de maio. A apresentação foi durante a 40ª Semana Científica e Cultural do IBMR, situado no Rio de Janeiro. Na ocasião, a pesquisadora apresentou o projeto que desenvolve há cerca de seis anos com um grupo de agricultores de Cachoeiras de Macacu, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Mariella falou do levantamento florístico realizado com a ajuda dos agricultores, que resultou na identificação de espécies nativas para diferentes fins. "Nós procuramos saber como a planta é chamada por eles, se é utilizada para fins madeireiros, uso medicinal ou alimentação", explicou. Mariella contou ainda que o levantamento vai resultar em uma publicação e um site, no qual essas espécies estarão relacionadas, com suas características e possiblidades de uso. Saiba mais – As PANC são plantas encontradas facilmente, mas a maioria das pessoas não se dá conta da sua função alimentar. Muitas são consideradas matos espontâneos, ou seja, plantas que crescem espontaneamente nos nossos quintais ou em meio a lavouras convencionais, sendo, por vezes, consideradas daninhas. Mas fazem parte da cultura tradicional e da história alimentar dos povos, sendo até mesmo utilizadas como alimentos por nossos pais ou avós. O uso de PANC está voltando à tona e elas têm sido utilizadas em pratos de alta gastronomia.