31/07/18 |   Comunicação

Campanha Xô Mosquito une Embrapa e Associação dos Biólogos do DF

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Foto: Divulgação

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A Associação dos Biólogos do Distrito Federal (ASSBIO-DF), em parceria com a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e outros parceiros, lança no dia 15 de agosto, às 9h, no Centro Olímpico Estrutural, a campanha Xô Mosquito, uma ação de natureza cidadã e científica para o controle do mosquito Aedes aegypti na Cidade Estrutural (DF).

No dia do lançamento, será realizada uma gincana educativa com as escolas EC01, EC02, CED01 e CEF02, de ensino infantil e fundamental, localizadas na Cidade Estrutural, que em 2017 foi a cidade que apresentou a maior taxa de incidência de dengue, com 484,96 casos para cada 100 mil habitantes, segundo boletim do Ministério da Saúde.

A campanha vai acontecer até novembro deste ano e consiste na realização de diversas atividades, como gincanas, coleta de garrafas PET, oficinas, caça larvas nas escolas e comunidade, apresentação de filmes sobre a dengue, palestras e ambientes simulados para treinamento, exposição de material biológico e teatro. "A educação ambiental será o nosso foco na campanha Xô Mosquito, pois acreditamos que a adesão da população e a mudança de hábitos é o que fará diferença na redução do índice de infestação pelo mosquito", afirma a bióloga e uma das coordenadoras da campanha, Caroline Bezerra. Ao final, haverá premiação das equipes escolares vencedoras e também dos agentes mirins e alunos destaques do "caça mosquito".

A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia participará com palestras da bióloga e pesquisadora Rose Monnerat, e aplicação do bioinseticida Bio-BTI, desenvolvido em parceria com a empresa Strike Indústria e Comércio. Os biólogos envolvidos na ação aplicarão o produto quando encontrarem as larvas do mosquito.

As atividades voluntárias ocorrerão sempre aos sábados e serão entregues certificados aos voluntários com presença acima de 80% na programação da campanha. Todos vão receber treinamento antes de iniciarem as atividades. O apoio de voluntários é bem-vindo durante toda a campanha, que também está sendo divulgada pelas redes sociais Facebook, Instagram e também pelo Site da Campanha.

Campanha repete sucesso de São Sebastião

A metodologia que será utilizada na campanha Xô Mosquito já foi testada com sucesso entre janeiro e junho de 2007 na cidade de São Sebastião (DF), quando também foi utilizado um bioinseticida desenvolvido pela Embrapa para combater o mosquito transmissor da dengue. Os resultados obtidos foram acima do esperado: o produto foi distribuído e aplicado em cerca de 20 mil residências e o Índice de Infestação Predial (IIP), que era de 4% (considerado muito alto/risco de surto), caiu para menos de 1%, padrão considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde (MONNERAT et al., 2012).

Na época, o ponto forte da campanha foram as ações educativas. "O sucesso da campanha se deu muito em função da adesão da população à nossa iniciativa", afirma a bióloga Rose Monnerat.

Saiba mais sobre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

Atualmente, a dengue não é mais a única preocupação relacionada ao Aedes aegypti. O mosquito também transmite Febre Amarela, Zika e Chikungunya, todas com sintomas muito parecidos (febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações).

Dentre todas, a Febre Amarela é a mais grave, podendo atacar principalmente o fígado, os rins, o coração e o sistema de coagulação. A mortalidade da febre amarela é alta e atinge entre 40 e 50% das pessoas infectadas pelo vírus.

No caso da Dengue, a doença apresenta quatro sorotipos diferentes e o quadro pode se agravar e progredir para a Dengue Hemorrágica, quando os episódios de sangramento podem ser severos e a doença passa a ser potencialmente fatal. O índice de mortalidade da dengue é bastante inferior ao da febre amarela e chega a 2% em epidemias de repetição. As informações são da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
 

Prevenção

Para a prevenção dessas doenças o foco principal deve ser o combate ao mosquito transmissor. É necessário adotar cuidados ambientais e evitar qualquer empoçamento de água. Também é importante usar repelentes, calças compridas, blusas de mangas compridas e roupas de cores claras porque o mosquito tem preferência por materiais e locais escuros. É preciso ficar atento aos cantos escuros da casa, ralos e sifões das pias e calhas para evitar que o Aedes aegypti encontre alojamento e condições para reprodução.

Irene Santana (MTb 11.354/DF)
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

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