10/09/18 |   Geotecnologia

Palestra apresenta nova versão de modelo espacializado que contribui no aprimoramento do Zoneamento de Risco Climático e Crédito Agrícola

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Foto: Carlos Dias

Carlos Dias - Baron (de fone) durante a apresentação na Embrapa Solos

Baron (de fone) durante a apresentação na Embrapa Solos

No dia 03 de setembro, a Embrapa Solos (Rio de Janeiro, RJ), recebeu a visita de Christian Baron, cientista do francês Centro de Pesquisa Agronômica e Cooperação Internacional pelo Desenvolvimento Sustentável das Regiões Tropicais e Mediterrâneas (CIRAD). Baron demonstrou o SARRA-H, um modelo de cultura pontual que permite simular a dinâmica de crescimento da biomassa vegetal, do rendimento, da água no solo e outros índices, tais como o LAI (índice de área foliar). A palestra teve acesso remoto, contando com a participação de diversos pesquisadores da Embrapa e da Rede Zoneamento de Risco Climático (ZARC).

“O modelo SARRA contribuiu durante os primórdios do desenvolvimento do ZARC”, conta a pesquisadora da Embrapa Solos Margareth Simões. “A versão espacializada deste modelo, que utiliza dados espaciais multifontes e advindos de satélite, poderá contribuir com a rede ZARC no desenvolvimento de uma nova versão de zoneamento e até mesmo aprimorar o crédito agrícola. Este é um tema que interessa à Embrapa Solos, ao PronaSolos, Rede ZARC e Embrapa de forma geral”.

Na apresentação no centro de pesquisa carioca foram demonstrados resultados e análises que permitiram mostrar a performance e limitações deste modelo em situações e temáticas de estudos variados. Esta versão do SARRA permite otimizar as etapas de calibração e validação de novas espécies, e de simular práticas e estratégias de paisagem em função de limitantes ambientais ligadas a questionários e experimentações.
 
Baron também apresentou a versão espacializada do modelo de cultura (SARRA-O) que utiliza todo o potencial do modelo pontual SARRA-H, mas que permite a gestão de dados georreferenciados em diferentes intervalos no tempo e no espaço. Esta versão permite a gestão de dados na escala regional e também a utilização de imagens de satélite em intervalo de tempo quase real. Desta forma, é utilizada no caso de sistemas de alerta precoce para a segurança alimentar, bem como para o monitoramento de cultura ou até mesmo para estudo de mudanças climáticas.

“O SARRA-O permite combinar informações de satélites e diferentes layers de informação geográfica, obtendo a saída na forma de mapas”, revela Margareth.

Parceria
Christian Baron e Margareth Simões aproximaram seus estudos quando a cientista atuou como pesquisadora visitante do CIRAD, lotada na Unidade Mista de Investigação TETIS (Território, Meio Ambiente, Sensoriamento Remoto e Informação Espacial) da Casa de Teledetecção, durante o período recente no qual Margareth esteve no Labex Europa (Laboratório da Embrapa no continente), em Montpellier, França.

Baron também faz parte da equipe do projeto franco-brasileiro GEOABC (Metodologias e inovações tecnológicas para o monitoramento por satélite da agricultura de baixa emissão de carbono em apoio à governança do plano ABC), coordenado por Margareth, financiado pela Capes/Cofecub, que possibilitou sua vinda ao Brasil.

O Sarra-H (monitoramento de cultura para melhor previsão de risco), está disponível em português, inglês e francês na página:
http://sarra-h.teledetection.fr/Telecharger.html

Carlos Dias (20.395 MTb RJ)
Embrapa Solos

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Mais informações sobre o tema
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www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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