05/12/18 |   Geotecnologia  Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação  Recursos naturais

CNA premia pesquisador Evaristo de Miranda

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Foto: Walter Eugênio

Walter Eugênio -

Números, mapas e fatos, coletados fazenda por fazenda, município por município do Brasil para revelar a importância e o papel dos agricultores na preservação ambiental. Esta foi a principal motivação que resultou no reconhecimento do trabalho coordenado pelo chefe da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda, homenageado na noite de terça-feira, dia 4 de dezembro, com o Prêmio CNA Agro Brasil 2018, destinado a profissionais e personalidades que contribuíram para o desenvolvimento agropecuário nacional.

Graças ao estudo, reunido na publicação Tons de Verde – A sustentabilidade da agricultura no Brasil, pela primeira vez, pôde ser demonstrado que 218 milhões de hectares de terras são preservados pelos produtores, o correspondente a 25,6% do território nacional protegidos dentro dos imóveis rurais, mais de ¼ do País dedicado à preservação da vegetação nativa nas propriedades agrícolas. “É preciso que se saiba e que se reconheça que as Unidades de Preservação integrais protegem 10% do Brasil, enquanto os agricultores protegem 2,5 vezes mais com o seu próprio patrimônio”, destacou o pesquisador, na solenidade de entrega do prêmio.

“O resultado desse estudo que revelou um panorama real da agricultura brasileira -, demonstrado com base nos dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o apoio financeiro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), não vai parar por aí”, anunciou. Segundo Evaristo, além da dimensão territorial, os dados também têm um contexto econômico importante. “Ao preservar essas áreas, os produtores mantém um patrimônio fundiário imobilizado, superior a 3 trilhões de reais em todo Brasil – e tudo isso em prol do meio ambiente. É preciso que isso seja conhecido e reconhecido pela sociedade”, completou. Além dos agricultores e da presidência da Embrapa, Evaristo agradeceu a equipe da Embrapa Territorial e destacou o trabalho da analista Lucíola Magalhães, pela participação no estudo.  

A homenagem ao pesquisador, na sede da CNA, em Brasília-DF, considerou ainda a trajetória profissional de Evaristo de Miranda, ao longo de 40 anos na Embrapa, a publicação de 45 livros e a implantação e coordenação de três centros de pesquisa. O prêmio CNA Agro Brasil 2018, categoria Pesquisa, foi entregue ao chefe da Embrapa Territorial pelo vice-presidente de Finanças da CNA, José Zeferino Pedroso.

Também foram homenageados com o prêmio o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (categoria Destaque 2018), a futura ministra da pasta, deputada federal Tereza Cristina (categoria Política) e o jornalista Valteno Oliveira (Comunicação). Na edição de 2017, foi premiado o ex-presidente da Empresa, pesquisador Maurício Lopes.

Estiveram presentes à solenidade o presidente da Embrapa, Sebastião Barbosa, o chefe de gabinete, Raimundo Braga Sobrinho, o diretor executivo de Pesquisa e Desenvolvimento, Celso Moretti, e o pesquisador Eliseu Alves, um dos fundadores da Embrapa, entre outras autoridades e parlamentares.  

Diálogo com o setor agropecuário

Em tom de despedida e acompanhado de toda a família, o ministro Blairo Maggi recebeu o prêmio das mãos do presidente da CNA, João Martins da Silva Jr, que destacou o perfil do chefe da pasta. “Ele demonstrou que, por sua formação de produtor, se identificou com os problemas e soube dialogar com o setor”, disse. Para Maggi, durante os dois anos e sete meses em que esteve no ministério, enfrentou dificuldades, mas está pronto para deixar o cargo. “Fizemos o que pudemos e agora vamos passar as atribuições”, disse. “Mesmo não sendo fácil e apesar das responsabilidades serem ainda maiores, o Brasil tem muito a ganhar com a nova liderança”.

Valorizar o agro e investir no Semiárido

A futura ministra da Agricultura, deputada Tereza Cristina, destacou o trabalho do pesquisador Evaristo de Miranda. “Queremos que ele fique sempre perto, trabalhando na formação do novo governo, bem pertinho. Nâo vou deixa-lo ir para o Ministério do Meio Ambiente”, brincou. Chamou a atenção sobre a importância da comunicação para que a sociedade brasileira reconheça e valorize o setor agropecuário e em especial o produtor. “É ele que, apesar de todas as dificuldades que enfrenta, continua lutando para produzir”, completou. “E nós precisamos dizer o que estamos fazendo para garantir isso”.

Ressaltando mais uma vez um dos principais focos da sua gestão à frente do Ministério da Agricultura, Tereza Cristina falou sobre a necessidade de investir no desenvolvimento do Semiário, o que considera um desafio, mas que vai contar com o apoio principalmente do cooperativismo, como forma de incentivo e suporte aos produtores da região. “É uma responsabilidade muito grande e sem chance de errar”, concluiu ela.

Assista a cerimônia completa

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Kátia Marsicano (MTb DF 3645)
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