De 17 a 19 de junho, as escolas passaram pela fase de delimitação dos canteiros e de preparo da terra para o plantio Dando continuidade às ações do Projeto Hortas Pedagógicas no Maranhão, de 17 a 19 de junho, as duas escolas de São Luís, escolhidas para implantação do projeto - Unidades de Educação Básica - UEB Governador Jackson Kepler Lago, na área urbana, e a Major Augusto Mochel, na zona rural – estão simultaneamente cumprindo etapa do Plano Operacional Agronômico, que compreende a delimitação das áreas, levantamento dos canteiros e aplicação de calcário. Os próximos passos são a compostagem e a construção de minhocário, a cercagem da área, a montagem da irrigação e o plantio, de 13 a 15 de agosto, e as palestras e cursos nas escolas, de 22 a 26 de agosto. Esse projeto é coordenado, no Estado, pela Embrapa Cocais, em parceria com a Prefeitura de São Luís, por meio da secretaria municipal de Educação (SEMED) e seu Núcleo de Educação Ambiental – NEA, da Secretaria da Agricultura, Pesca e Abastecimento, Segurança Alimentar, Planejamento e Desenvolvimento) e da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão - Agerp, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura Familiar - SAF. A agrônoma da Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento – Semapa Áurea Sousa esteve presente na UEB Augusto Mochel para acompanhar os trabalhos e dar instruções aos técnicos. “Sempre desejo que nossos projetos sejam sucesso e, no caso das Hortas Pedagógicas, o objetivo é que as crianças tenham acesso a conhecimento sobre a origem dos alimentos, alimentação saudável, produtos orgânicos ou com viés agroecológico, almejando cuidar da saúde das pessoas e do meio ambiente. Em outras palavras, queremos contribuir para uma educação alimentar, nutricional e ambiental da comunidade escolar”. Na UEB Governador Jackson Kepler Lago, a diretora Ana Carla Ribeiro resumiu as ações. “O projeto está sendo abraçado por todos os parceiros envolvidos e também pela comunidade escolar, especialmente as famílias de nossos alunos. Nossa escola tem a cultura da terra desde o nascedouro, temos nosso jardim com vários tipos de árvores, desde as frutíferas até pau brasil, ipê roxo, entre muitas outras. Nossa expectativa é a melhor possível, acreditamos que as hortas pedagógicas vão trazer valor à alimentação, renda para escola e comunidade e mudança de hábitos e ainda, reforçar a sustentabilidade ambiental e a interdisciplinaridade”. Os representantes dos pais e alunos no Comitê Gestor do projeto na escola acompanharam os trabalhos dos técnicos nos canteiros. Michelle Lidiane da Silva e Maria Madalena da Silva, mãe e filha e, respectivamente, mãe e vó de alunos da escola, falaram sobre suas expectativas. “Eu estava esperando há muito tempo esse momento. Hoje as crianças não querem mais comer legumes e hortaliças. Essa iniciativa é muito importante nesse sentido e, para mim, será uma terapia. Já falei para a diretoria que vou ‘morar’ por aqui, pois vou querer acompanhar de perto os cuidados com a horta”, disse Madalena. A mãe dos alunos, por sua vez, acredita que o projeto irá ajudar as crianças a aprenderem a cuidar, a ter responsabilidade e compromisso. “Os conhecimentos alimentares e nutricionais não serão os únicos ganhos. A escola é uma família e nós participamos dela efetivamente”. O aluno Davi Galão faz parte do Comitê e falou que os colegas poderão comer melhor graças ao projeto e levar esse hábito para toda a vida. A também representante dos alunos no Comitê, a aluna Evelin Isabelly Rios, ressaltou que as hortas pedagógicas também vão melhorar a autoestima das pessoas envolvidas pois, ao aprenderem mais, se sentirão mais confiantes e poderão se relacionar melhor consigo mesmas, os demais e com o conhecimento. O técnico da Embrapa Júnior Soares lembrou que o Hortas Pedagógicas é um catalizador de transformação da comunidade em torno da escola e que todos estão muito empenhados para fazer acontecer essa mudança. Comitês e etapas - Atualmente há três comitês formados e em atuação. O Comitê Executivo, formado por representantes designados pelas instituições partícipes e que tem a responsabilidade de planejamento no âmbito estratégico; os Comitês Gestores, instituídos nas escolas e amparados pelos Conselhos Escolares respectivos, permitindo maior representatividade e atuação efetiva do projeto nas unidades; e o nível operacional, composto pelas equipes técnico-agronômicas e didático-pedagógica, coordenada pela Embrapa Cocais em parceria com a AGERP e Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento - Semapa. Com direcionamento pela equipe técnica da Embrapa Hortaliças, foram estabelecidas sete etapas, que consistem desde a amostragem dos solos, preparo do terreno, cercamento da área, preparação dos canteiros e mudas e a entrega dos materiais, antes da fase de implantação. Para operacionalizar essas etapas, planejou-se ações mensais com toda a equipe técnica envolvida, seguindo cronograma para participação dos parceiros e o “emponderamento” das partes, que incluem intercâmbio de conhecimentos em busca da multiplicação da iniciativa, no futuro. Uma das ações já realizadas pela equipe operacional foi a coleta, em abril, de amostras de solos nas áreas selecionadas para as futuras Hortas Pedagógicas em São Luís. Essas amostras foram analisadas em parceria com a Embrapa Hortaliças, que remeteu o laudo e a recomendação de adubação para a correção da fertilidade das áreas selecionadas. Em maio, foi realizada análise das condições das áreas, demarcação e orientações para o preparo do solo. O Comitê Gestor, nível tático do projeto, por sua vez, tem se reunido mensalmente para discutir as questões pedagógicas relacionadas ao projeto. Nessas ocasiões, tem-se reforçado contemplar as ações de formação em quatro dimensões/eixos: espaço físico, gestão, currículo e relação escola/comunidade. Da parte do Comitê Executivo, são realizadas periodicamente reuniões, previamente estabelecidas pela equipe. Mais sobre o projeto - O Projeto Hortas Pedagógicas é fruto de uma parceria nacional entre Embrapa e o antigo Ministério do Desenvolvimento Social – MDS, atual Ministério da Cidadania, apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, em prol da segurança alimentar e nutricional das comunidades atendidas, por meio da educação. A iniciativa alia práticas de produção de hortaliças às práticas didático-pedagógicas da escola, estimulando crianças e adolescentes a levarem os conhecimentos para casa e comunidade. No Maranhão, o projeto pretende contribuir com a diminuição dos índices de vulnerabilidade social por meio da metodologia de implantação de hortas pedagógicas em duas escolas públicas, com perspectiva de expansão para mais escolas. Saiba mais sobre o Projeto Hortas Pedagógicas: https://www.embrapa.br/cocais/busca-de-noticias/-/noticia/43480568/hortas-pedagogicas-estao-em-fase-de-preparacao-para-atender-duas-escolas-em-sao-luis https://www.embrapa.br/cocais/busca-de-noticias/-/noticia/39843702/hortas-pedagogicas-chegarao-em-2019-em-escolas-de-sao-luis https://www.embrapa.br/cocais/busca-de-noticias/-/noticia/41687495/profissionais-sao-capacitados-para-iniciar-projeto-hortas-pedagogicas-no-maranhao https://www.embrapa.br/cocais/busca-de-noticias/-/noticia/40172377/hortas-pedagogicas-sao-tema-de-reuniao-do-conselho-municipal-economico-e-social-de-sao-luis https://www.embrapa.br/cocais/busca-de-noticias/-/noticia/39473832/embrapa-e-ministerio-do-desenvolvimento-social-vao-levar-hortas-pedagogicas-ao-maranhao