12/09/19 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Pioneiro em capital de risco nos EUA fala sobre investimentos em agricultura digital no Brasil

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Foto: Acervo pessoal

Acervo pessoal - Howard Morgan vem ao Brasil compartilhar sua experiência no mercado de capital de risco

Howard Morgan vem ao Brasil compartilhar sua experiência no mercado de capital de risco

Como a agricultura digital pode se valer de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação para disponibilizar soluções tecnológicas que possam alimentar 9 bilhões de pessoas na próxima década, a um custo mais baixo em relação ao que existe hoje e com práticas de sustentabilidade que não afetem o planeta.

Para responder à essa complexa questão, o Simpósio Nacional de Instrumentação Agropecuária - que será realizado entre 3 e 5 de dezembro, em São Carlos (SP) - convidou Howard Lee Morgan, um dos pioneiros em capital de risco nos Estados Unidos, que esteve apenas uma vez no Brasil, na Agrishow (Ribeirão Preto), e agora retorna a convite da Embrapa Instrumentação.

O currículo de Morgan é extenso e mescla uma densa atuação acadêmica com forte atuação na iniciativa privada. Perto de completar 74 anos de idade, o físico também é Ph.D. em Pesquisa de Operações pela Universidade de Cornell. Atuou como professor visitante na Escola de Negócios de Harvard e no Instituto de Tecnologia da Califórnia.

Professor de disciplinas como “Ciências da Decisão” e Ciências da Computação e Informação na Pensilvânia, esteve nos conselhos de mais de 20 empresas públicas e em conselhos consultivos de grandes corporações, como a multinacional de máquinas agrícolas John Deere, na qual integra atualmente um Conselho Consultivo de Inovação Tecnológica Global.

Pioneirismo em capital de risco

Co-fundador e consultor especial da First Round Capital, estabelecida em 2004 como um fundo de venture capital com sede em várias metrópoles nos Estados Unidos, Morgan também é presidente do B Capital Group, um fundo global com sede em Cingapura e na Califórnia. 

Atua ainda como presidente da Arca Group Inc., empresa de consultoria e gestão de investimentos de capital de risco especializada na área de tecnologias de computação e comunicações. Desenvolveu trabalho pioneiro na formação do Idealab, na década de 90, do qual foi um dos principais investidores e atualmente ajuda a fomentar uma série de startups em empreendimentos em estágio inicial e investimentos quantitativos. 

Investimentos no Brasil

O Brasil vem ampliando os investimentos na área de capital, segundo estudo realizado anualmente pela Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap) em parceria com a KPMG. Em 2018, só o aporte de venture capital foi de R$ 6 bilhões em 122 startups brasileiras, o que nunca havia ocorrido nos últimos três anos do levantamento.

Dados divulgados pela Abvcap na 6ª Conferência Brasileira de Venture Capital, um dos principais eventos da área, realizada em agosto, em Florianopólis (SC), apontaram que nos primeiros seis meses do ano os fundos de venture capital investiram R$ 3, 4 bilhões em 76 startups. No mundo, esse mercado deverá passar de US$ 8 trilhões para US$ 14 trilhões em 2023.

Experiência diferenciada

“A experiência de Howard Morgan com grandes empresas, startups e, principalmente, capital de risco, trará um diferencial para as discussões que faremos durante o Business Day, no dia 4 de dezembro, com empresários, investidores, cientistas, produtores rurais, comunicadores, entre outros participantes”, explica o coordenador do Simpósio, o ex-diretor de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa, Ladislau Martin Neto.

O SIAGRO 2019 terá uma programação científica e mercadológica com a participação de palestrantes convidados do Brasil, Estados Unidos e Itália, quando estarão em destaque temas como Nanotecnologia, Biotecnologia, Ciências Cognitivas, Bioeconomia, Agricultura de Precisão e Agricultura Digital, com mesas-redondas envolvendo lideranças do agronegócio, cooperativas e agtechs para discutir as demandas e oportunidades da chamada Agricultura 4.0 no Brasil.

Na avaliação de Howard Morgan, “o papel da tecnologia na agricultura tem aumentado exponencialmente nos últimos anos e continuará a fazê-lo no futuro. Aumentos no rendimento por meio da melhor medição do solo, agricultura de precisão no nível das plantas individuais, uso de inteligência artificial na cadeia de suprimentos, sistemas de visão e operação de cada equipamento agrícola dependem de baixo custo e rápida disseminação de soluções digitais aplicadas a todas as etapas da agricultura”.

Joana Silva (MTB 19.554)
Embrapa Instrumentação

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Edilson Fragalle (MTB 21.837/SP)
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