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CNA homenageia Eliseu Alves como destaque da pesquisa

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Foto: Kátia Marsicano

Kátia Marsicano -

O ex-presidente da Embrapa Eliseu Alves recebeu na terça-feira (17) o Prêmio CNA Agro Brasil, em reconhecimento por sua trajetória no cenário agrícola nacional, a partir do incentivo à ciência e à pesquisa para o desenvolvimento do setor. Destinada a profissionais, personalidades e empresas que se destacaram no agro, a homenagem foi entregue na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, com a presença do presidente Celso Moretti, dos ministros da Agricultura, Tereza Cristina, e do Meio Ambiente, Ricardo Salles, parlamentares, ex-ministros, representantes de federações de agricultura, produtores rurais e dezenas de pesquisadores da Embrapa.

Aplaudido de pé, Eliseu Alves, em um discurso emocionado, contou sobre suas origens, a infância em Itutinga (MG), na Fazenda do Angola, uma homenagem aos escravos que vieram do país africano. “Hoje, a Embrapa está ajudando o governo angolano a ter a sua Embrapinha, que já foi criada e tem recursos para ajudar o país com os problemas da agricultura, assim como o Brasil”, disse.

Com bom humor, referindo-se aos ex-ministros da Agricultura Alysson Paolinelli e Roberto Rodrigues como patrões, ele falou sobre como ficava impaciente diante do ritmo das ações do governo à época. “Vocês nunca me reprovaram, mas me olhavam de esguelha”, brincou. “Governos são assim mesmo – um exercício de paciência, de inteligência e de determinação e foi por isso que ajudaram o agro brasileiro a ser o que é, a pagar grande parte da dívida externa, a resolver o problema do consumo interno”, afirmou.

Eliseu falou sobre o retorno ao Brasil, após anos de estudo nos Estados Unidos, e a oportunidade que teve de sugerir a adoção do modelo norte-americano. “A política agrícola que foi desenvolvida aqui estava errada. Por isso nos inspiramos no modelo de quem estuda, o modelo do amor à ciência e à tecnologia”, defendeu.

Segundo ele, foi aí que nasceu a Embrapa, a instituição que faltava para abrigar pesquisadores, sem os quais não existiria a ciência que o Brasil precisava para promover o desenvolvimento agropecuário. “Foi preciso investir milhões de dólares em cientistas da melhor qualidade, que foram enviados para os Estados Unidos e a Europa – a Embrapa foi pra frente baseada nessa ideia”.

O ex-presidente da Empresa cumprimentou a ministra Tereza Cristina, dizendo ser ela uma “batalhadora por ter entendido que a maior praga da agricultura brasileira é o enorme excedente acumulado que precisa ser vendido”. Aos deputados, agradeceu o empenho e destacou o papel fundamental de cada um para que seja feita uma política agrícola correta em benefício do Brasil.

Para o presidente da CNA, João Martins, Eliseu Alves é uma lenda do agro brasileiro. “Não sou eu que estou dizendo, porque todos os agraciados de hoje não tiveram suas escolhas feitas pelo presidente da CNA, mas pelo Brasil todo, por meio de votação”, explicou. “Por isso não podia faltar quem, junto com o Paolinelli, promoveu tanta transformação no Brasil”.

Além de Eliseu Alves, premiado na categoria Pesquisa, foram homenageados na categoria Política o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS); na categoria Comunicação, a General Motors; e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como Destaque do Ano.

Katia Marsicano (MTb-DF 3645)
Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas - Sire

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