Três pesquisadores da Unidade de Execução de Pesquisa (UEP) de Rio Largo (AL) da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) participam como autores de capítulos em importantes publicações nacionais e internacionais recentes em suas áreas de atuação. A coordenadora da UEP e especialista em ciências do solo Walane Ivo e os pesquisadores Aldomário Negrisoli Jr. e Anderson Marafon escrevem, respectivamente, sobre ciência do solo, controle biológico de pragas e bioenergia em publicações relevantes do Brasil e exterior. Solo Walane é autora do capítulo ‘Manejo e conservação do solo em cana-de-açúcar’, que integra o mais recente volume publicado pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS), enfocando o ‘Manejo e Conservação do Solo e da Água’. A Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS) iniciou, em 2002, um grande projeto com a publicação de livros-textos sobre vários tópicos ligados à Ciência do Solo. Estes livros tornaram-se referência em todos os cursos de ciências agrárias no Brasil, seja de graduação ou pós-graduação, graças à atualidade dos temas e profundidade de abordagem. Com a apresentação deste volume, enfocando o ‘Manejo e Conservação do Solo e da Água’, a SBCS explicita sua preocupação com o nosso solo sob constante ameaça, apresentando uma obra com abordagem ampla, realizada por profissionais de reconhecida competência e comprometidos com a sustentabilidade. Cobrindo praticamente todos os cenários e as conexões necessários ao manejo e conservação do solo e da água, este compêndio será uma referência obrigatória para todos os profissionais e escolas ligados à Ciência do Solo. São 42 tópicos abordados por 156 profissionais altamente qualificados e conhecedores da diversidade dos solos e dos manejos de Norte a Sul e de Leste a Oeste deste imenso Brasil. Só sociedades científicas com o porte da SBCS têm o fôlego e competência para estruturar um projeto dessa envergadura. Uma atenção especial é apresentada para o manejo, controle da erosão e conservação do solo e da água nos principais ambientes de cultivo brasileiros, pois são áreas extensas, com alta produção e merecedoras de muita atenção e cuidados. A obra está à venda no site da SBCS por R$ 280, neste link. Inimigos naturais Aldomário assina o capítulo ‘Entomopatogenic nematodes’ (‘Nematoides Entomopatogênicos’, em tradução literal) no livro ‘Natural enemies of insect pests in neotropical agroecossystems: biological control and functional biodiversity’ (‘Inimigos naturais de insetos-praga em agroecossistemas neotropicais: Controle biológico e biodiversidade funcional’, em tradução livre). O uso de agentes biológicos no manejo fitossanitário aumentou consideravelmente nos últimos anos, devido à conscientização dos benefícios derivados de seu uso. Esses argumentos estimularam a comunidade científica a desenvolver estratégias de controle mais sustentáveis, com a consequente formação de grupos de pesquisa em controle biológico de artrópodes de pragas, ervas daninhas e doenças de plantas, a fim de contribuir para a expansão e o sucesso desse método de controle. A megadiversidade de espécies presentes na região neotropical, representada pelos países da América Latina e pelas ilhas do Caribe, confere a essa região um alto potencial de exploração para bioprospecção de novos agentes de controle. No entanto, embora existam projetos de pesquisa e estudos publicados, o manejo de pragas com o uso de inimigos naturais ainda é incipiente, e o conhecimento gerado é disperso, não contextualizando a realidade sobre o uso do controle biológico em diversos ambientes naquela parte do continente. O leitor desta obra encontrará um conjunto de informações relacionadas à funcionalidade da diversificação de plantas, com foco na produção agrícola e controle biológico (produção conservadora e em larga escala) e no uso de esses bioagentes em grandes culturas, pastagens, florestas, plantas ornamentais e hortícolas, ervas daninhas e doenças de plantas. Por fim, serão abordados exemplos de integração do controle biológico x com outras estratégias de manejo de pragas resultantes de pesquisas realizadas na América Latina. O livro conta com a participação de 92 pesquisadores de 33 instituições de pesquisa e universidades de 8 países da América Latina. Dentro deste universo, o capítulo 10 (‘Nematoides Entomopatogênicos’), com co-autoria, dentre outros, de Juan Pablo Molina Acevedo, pesquisador visitante da Agrosavia, reúne e discute as informações cientificas mais relevantes dos últimos anos sobre a biodiverdisade, bioecologia, bem como a influência dos fatores bióticos e abióticos sobre as espécies nativas desse grupo de inimigos naturais na América Latina. O livro, publicado pela renomada editora suíça Springer, está disponível para venda no seu site, por 149,19 euros na versão e-book e por 187,19 euros na versão capa dura, neste link. Vinhaça de cana O pesquisador Anderson Marafon, especialista em gramíneas energéticas, participa da publicação ‘Sugarcane biorefinery technology, and perspectives’ (‘Tecnologia de biorrefinaria de cana-de-açúcar, e perspectivas’, em tradução livre), no capítulo ‘Use of sugarcane vinasse to biogas, bioenergy, and biofertilizer production’ (‘Uso da vinhaça da cana-de-açúcar para biogás, bioenergia e produção de biofertilizante”, em tradução livre). O conceito da biorrefinaria vem ganhando cada vez mais destaque com grande potencial de investimento. Essa visão de desenvolvimento tecnológico terá grande relevância e importância no que tange a evolução dos setores agrícola e industrial. Pensando nesse cenário otimista, que envolve o aproveitamento integral e sustentável da cana-de-açúcar através das diferentes plataformas de biorrefinaria, foi publicado o livro ‘Sugarcane biorefinery technology, and perspectives’. Dividido em 13 capítulos, o livro contempla, dentre outros aspectos, o aproveitamento de coprodutos da indústria sucroenergética para a produção de energia (cogeração), biogás, biofertilizantes, bioetanol e biopolímeros. O álcool (bietanol), assim como o açúcar e a eletricidade dos sistemas de cogeração, são os principais produtos da indústria da cana-de-açúcar no Brasil. A produção anual de etanol no Brasil é de cerca de 30 milhões de m3, com expectativas de aumento em função da regulamentação e implementação da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). Considerando que para cada litro de etanol produzido são gerados outros 12 L de vinhaça, cerca de 360 bilhões de litros desse subproduto são produzidos anualmente no país. Biodigestão da vinhaça – A biodigestão anaeróbica da vinhaça da cana-de-açúcar passa a ser, cada vez mais, uma alternativa promissora para a produção de biometano e eletricidade no setor de etanol. O capítulo 10 (‘Use of sugarcane vinasse to biogas, bioenergy, and biofertilizer production’) foi organizado pelo pesquisador Anderson Carlos Marafon e contou com a coloraboração dos professores Karina Ribeiro Salomon (UFAL), Eduardo Lucena Cavalcante Amorim (UFAL) e Fernanda Santana Peiter (USP), discorrendo sobre alternativas de utilização da vinhaça de cana, principalmente, no processo de digestão anaeróbica para produção de biogás e biometano e o aproveitamento do lodo biodigerido para fabricação de biofertilizantes. A publicação, editada e disponibilizada pela editora da empresa analítica global Elsevier, está à venda por 112,50 dólares nas versões capa mole ou e-book e 180 dólares no pacote de versão impressa mais e-book, neste link.