20/10/20 |   Automação e Agricultura de Precisão

Potencial da robótica para a agricultura é abordado em live promovida pela Embrapa

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Foto: Reprodução

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A Embrapa Agrobiologia (Seropédica, RJ) promoveu, no dia 19 de outubro, a live Robótica na Agricultura: oportunidades e desafios, em participação à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), realizada simultaneamente em todo o território nacional, com a colaboração de diversas instituições de ensino e pesquisa. A live contou com a presença do professor e pesquisador Antônio Leite, da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Norwegian University of Life Sciences, da Noruega, que fez a ponte entre a agricultura e o tema da SNCT - Inteligência artificial: a nova fronteira da ciência brasileira.

O pesquisador falou um pouco sobre as inovações possíveis que estão sendo inseridas na agricultura por meio da robótica, contextualizando-as também em relação aos desafios que vêm sendo enfrentados globalmente devido às mudanças climáticas e ao aumento da população mundial e, consequentemente, da demanda pela produção de alimentos. “Sabemos que o ambiente agrícola muitas vezes é hostil para as pessoas, e uma alternativa é o uso dos robôs, que podem executar tarefas com sensoriamento mais preciso, rápido processamento de informações, facilidade de detecção de anormalidades, auxiliando o agricultor na tomada de decisões”, apontou.

Embora ainda seja uma área que demande grandes investimentos, especialmente a médio e longo prazos, a robótica agrícola vem crescendo substancialmente a cada ano e já é uma realidade consistente em muitos países. As aplicações mais relevantes são na remoção de ervas daninhas e na pulverização de precisão. “Dentre os muitos tipos de robôs e plataformas robóticas existentes, voltados para as mais diversas aplicações, temos especialmente os robôs aéreos e os robôs terrestres”, apontou Leite. 

Dentre as principais aplicações dos robôs aéreos, destaque para a inspeção de áreas agrícolas, mapeamento de campos, análise de solos e vigor das culturas, irrigação e gestão de nutrientes, pulverização de pesticidas, avaliação de impactos ambientais e monitoramento de riscos, como de inundação, por exemplo. “Ao contrário dos robôs terrestres, eles não oferecem qualquer prejuízo ao solo e são utilizados principalmente para a irrigação e a pulverização de pesticidas”, diz.

Já os robôs terrestres atuam na agricultura sobretudo para colheitas automatizadas, controle de ervas daninhas, monitoramento de solos em campos abertos, inspeção de cultivos em linhas, vinhedos e pomares, classificação e embalagem de produtos. “Há ainda as plataformas multiuso, e desenvolvemos uma aqui no Brasil, que podem ser usadas para corte de grama, remoção de ervas daninhas, semeadura, capina, colheita, controle de fungos, transporte de caixotes, entre outros, sendo reconfiguráveis de acordo com a necessidade”, explica.

Para ele, o futuro da agricultura poderá estar intimamente ligado ao uso expressivo da tecnologia, uma vez que os robôs agrícolas podem auxiliar na gestão mais eficaz e eficiente das atividades no campo, automatizando tarefas, aumentando a precisão do cultivo, o rendimento da colheita e reduzindo os custos de insumos e o desperdício, melhorando a sustentabilidade ambiental da agricultura como um todo. “Fica aqui a provocação: será que teremos fazendas inteligentes? Enxames de drones serão utilizados para levantamento deinformações do campo, frotas de tratores inteligentes trabalharão em colaboração com robôs agrícolas para cuidar das plantações, a saúde e o bem-estar dos animais será continuamente monitorada. E o fazendeiro poderá conferir tudo isso de sua sala”, reflete.

A transmissão da live foi feita pelo canal do YouTube da Embrapa e está disponível para quem quiser assistir aqui ou ver abaixo.

 

Liliane Bello (MTb 01766/GO)
Embrapa Agrobiologia

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