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Evento da Embrapa atrai empresas do setor de alimentos e bebidas

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A jornalista Selma Beltrão mediou o debate

Biodiversidade, clean label, dietas especiais e economia circular são temas contemplados nas mais de 50 oportunidades de parceria ofertadas pela Embrapa à indústria até sexta-feira (9). A empresa realizou esta semana o Meeting Tecnológico – Alimentos e Bebidas, promovido em parceria com a Finep, por meio do programa Finep Conecta, e a Koelnmesse Brasil, atraindo mais de 200 empresas do setor. 

O evento on-line estreou o programa Food Trends Online 2021, promovido pela Koelnmesse, empresa responsável pela realização da Anufood Brazil e braço brasileiro da Anuga, principal evento internacional na área de alimentação. "A plataforma digital Food Trends Online tem como missão apresentar conteúdo relevante e de alta qualidade para o setor de alimentos e bebidas. Nós, da Anufood Brazil, ficamos muito honrados em realizar essa primeira iniciativa conjunta com a Embrapa, parceira estratégica da Anufood Brazil", ressaltou Michael Fine, gerente do projeto da Koelnmesse Brasil.

“Este meeting é uma oportunidade para a Embrapa se conectar ainda mais à indústria e juntos buscarmos soluções que fortaleçam o setor produtivo brasileiro”, disse a diretora-executiva de Inovação e Tecnologia, Adriana Martin. A diretora ressaltou que o planejamento estratégico da empresa prioriza, para os próximos dez anos, os temas alimento, nutrição e saúde. Também foram ressaltadas as parcerias no evento com o programa Finep Conecta, que apoia empresas que investem em PD&I, e com a Koelnmesse.

O debate

A Embrapa desenvolve soluções de pesquisa para as diversas cadeias produtivas da agropecuária, atuando em todos os biomas brasileiros. Já a indústria de alimentos é a maior cliente da produção rural e coloca os produtos finais nas gôndolas dos supermercados. Nada mais lógico do que pesquisa agropecuária e setor agroindustrial unirem forças para levar ao exigente consumidor inovações em saudabilidade e sustentabilidade, cada vez mais demandadas.

Esta foi a tônica que deu contexto ao debate sobre o mercado de alimentos e bebidas em que os mais de 50 ativos da Embrapa, distribuídos em diversas escalas de maturidade, foram apresentados a potenciais parceiros para o desenvolvimento tecnológico do setor alimentício. Durante o meeting, a responsável pela gestão dos ativos para a área de alimentos e bebidas da Secretaria de Inovação e Negócios (SIN) da Embrapa, Priscila Brochado Gomes, destacou a estrutura com que a empresa conta para alavancar o setor.

A  Embrapa Agroindústria de Alimentos e a Embrapa Agroindústria Tropical têm como foco principal de pesquisa a produção de alimentos de “pós-porteira” ou “pós-colheita”. Além delas, outras 23 unidades da Empresa desenvolvem pesquisas focadas nas etapas finais do processo de produção. Segundo a bióloga, os desafios de inovação que norteiam os projetos de pesquisa da instituição na área têm como pilares: segurança alimentar, nutrição e saúde, alimentos seguros, agregação de valor e demandas ligadas a novas fontes proteicas, conveniência, praticidade e sensorialidade. 

Segundo Brochado, a escala de maturidade das tecnologias do catálogo está entre os estágios iniciais, mais voltadas a parcerias para codesenvolvimento por meio de contrato de cooperação técnico-financeira. “Mas também há a oferta de ativos em escala final, cujas parcerias seriam para licenciamento da tecnologia e transferência de know-how, visando à produção e comercialização do ativo”, explicou.

Um mercado em transformação

À frente dos processos de transferência de tecnologia (TT) da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Fernando Teixeira Samary, participou do evento e destacou a mudança no perfil etário da população brasileira, com reflexos nos hábitos de consumo alimentar. Ao comentar o foco dos desafios de inovação da Embrapa para o setor de alimentos e bebidas, Samary lembrou que pesquisas indicam que os consumidores estão aceitando pagar mais por alimentos saudáveis e produzidos de forma sustentável e com aproveitamento racional da biodiversidade.

No entanto, Samary destacou que a Embrapa entende a necessidade de atuar e já tem atuado em linhas de pesquisa que visam ao desenvolvimento de ingredientes que atendam aspectos nutricionais, sensoriais e ao mesmo tempo tenham custo e preço atraentes. Doutor em tecnologia de alimentos, Samary avalia que saudabilidade e sustentabilidade devem ser alvo crescente da atenção de instituições de pesquisa e da indústria: “Cabe-nos juntar forças para desenvolver produtos que atendam os anseios do consumidor”, defendeu. 

Financiamento

O Meeting Tecnológico contou com a participação de André Moreno Fernandes, gerente do Departamento de Agronegócios e Alimentos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que falou sobre a garantia de recursos do Programa Finep Conecta para empresas privadas que desenvolvam projetos de PD&I em parceria com a Embrapa. Até dezembro, empresas parceiras vão poder aproveitar a oportunidade de acesso a uma linha de crédito de até R$ 100 milhões para pesquisas. 

A linha de crédito tem carência de até 60 meses (cinco anos) para início do reembolso e prazo de até 192 meses (16 anos) para quitação do financiamento, além do bônus de 1% na taxa de juro anual e financiamento de até 100% do projeto. O gerente explicou que a linha de crédito é voltada a empresas de diferentes portes e que a única exigência é ter um CNPJ ativo no Brasil, sendo que o primeiro contato deve ser feito com a Embrapa para indicação da atuação conjunta.

O Meeting Tecnológico está disponível no YouTube 
 

Valéria Cristina Costa (MTb. 15533/SP)
Secretaria de inovação e Negócios (SIN)

Contatos para a imprensa

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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