28/09/21 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Embrapa deu início hoje ao 13º Congresso Nacional de Feijão

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Foto: Ilustração

Ilustração - Evento 100% digital conta com participantes de 18 estados e cinco países diferentes

Evento 100% digital conta com participantes de 18 estados e cinco países diferentes

Começou nesta terça-feira (28) o XIII Conafe, fórum de debates que acontece a cada três anos, reunindo os principais nomes e instituições que trabalham com pesquisa do feijão no país. Serão três dias de conferências, palestras e painéis, nos quais serão discutidos assuntos relacionados à automação de processos, manejo da cultura, fitossanidade, nutrição de plantas, microrganismos benéficos, impactos do clima na produção de grãos, intensificação sustentável, biotecnologia, melhoramento genético, consumo e mercado, entre outros. Com debates e apresentações de inovações tecnológicas e negócio, o Conafe visa ao nivelamento de conhecimento de todos os envolvidos na cadeia do feijão.

O XIII Conafe está se realizando pela primeira vez de forma 100% on-line, permitindo o alcance dos temas apresentados até onde a web possa ser acessada, promovendo um ganho considerável na divulgação da pesquisa sobre o feijoeiro-comum. Esta edição tinha agenda programada para acontecer em 2020, mas, em virtude da pandemia provocada pelo Coronavírus, precisou ser adiada por um ano. A programação, como em todas as edições, é bastante rica e foi pensada pela equipe organizadora para abranger o mais amplo espectro de conteúdo, permitindo atualizar o conhecimento de toda a cadeia produtiva. Os vídeos estarão disponíveis na página do evento a partir do dia 1º de outubro, incluindo as apresentações da abertura (acesse aqui).

A abertura do Fórum foi feita por Elcio Perpétuo Guimarães, chefe geral da Embrapa Arroz e Feijão, que fez um rápido retrospecto histórico do Conafe, lembrando as realizações desde o século passado, retratando a sua importância na promoção da segurança alimentar e na produção e divulgação de novos conhecimentos, que colaboraram, entre outros aspectos, para a ampliação das áreas e modos de produção, saindo da condição de importadores. "Hoje somos autossuficientes e até exportamos feijão para países vizinhos”, lembra Elcio Guimarães.

Após o chefe geral, falou Thiago Lívio de Souza, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Embrapa Arroz e Feijão e presidente do Conafe, que reforçou a importância do Fórum e a satisfação da realização neste ano tão distinto dos demais, uma edição desafiadora e inovadora, segundo ele, pela condição de primeira vez on-line.

Com mais de 400 inscritos e mais de 200 trabalhos a serem apresentados, tendo inscrições oriundas de 18 estados e cinco países, além de reunir 20 instituições diferentes e trazendo as novidades que alcançaram em suas pesquisas, Thiago Lívio afirma ser "o maior evento técnico da pesquisa cientifica do feijão do Brasil e um dos maiores do mundo” e conclui: “Vai ser um fórum muito interessante que impulsionará nossa pesquisa”.

O próximo a falar, o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Goiás, representando o governador Ronaldo Caiado,Tiago Freitas de Mendonça deu as boas-vindas aos participantes do Conafe, enfatizando a grande oportunidade que o evento oferece às instituições integrantes, para discussão de temas que podem promover o crescimento da cadeia do feijão.

Em seguida, falou o diretor executivo de P&D da Embrapa, Guy de Capdeville, que representou também o presidente da Empresa, Celso Luiz Moretti. Ele destacou, além da já citada importância técnica dos trabalhos apresentados, a força institucional que o Conafe carrega em si, pela possibilidade de acompanhar o avanço do conhecimento de parte a parte: a Embrapa tomando ciência do que se desenvolve nas demais instituições e estas tendo acesso às pesquisas produzidas na Empresa. O diretor de P&D revelou que, internamente, considera-se o feijão uma das mais importantes culturas do Brasil e que a Embrapa busca, junto aos seus diversos parceiros do setor produtivo, Universidades, institutos de pesquisa e órgãos de extensão, soluções sustentáveis e ambientalmente amigáveis, com sistemas de produção o mais intensificados possível. “É uma cultura que vem crescendo cada vez mais, com Market Share importante no agro nacional e perspectivas muito grandes para exportação. Nós consideramos o Conafe uma iniciativa contínua de importância extrema para a Embrapa e para a cultura do feijão como um todo”, concluiu Guy de Capdeville.

Representando a ministra Tereza Cristina Dias, falou o secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Fernando Silveira Camargo. Ele destacou a atuação da Embrapa na conquista da autossuficiência na produção de feijão. O secretário apontou as pesquisas que inserem a leguminosa em sistemas integrados de plantio e aquelas que buscam diminuição do custo de produção, como desafios a serem debatidos no Conafe. Fernando Camargo citou como elemento do debate, o Programa Nacional de Bioinsumos, do MAPA, que visa à redução da dependência de insumos importados, por parte dos produtores rurais, ampliando a oferta de matéria-prima para o setor, aproveitando o potencial da biodiversidade brasileira.

Concluindo a cerimônia de abertura do XIII Congresso Nacional de Pesquisa de Feijão, Dirceu Borges, superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) em Goiás, falou sobre a participação da sua instituição no evento como algo imprescindível. Ele elogiou o painel de temas escolhidos para o Fórum e convidou os participantes a conhecerem os trabalhos do Senar, como o portfólio de cursos a distância, divulgados dentro do ambiente virtual do Conafe.

 

COMPARTILHANDO CONHECIMENTOS
Feita a abertura do Conafe, começaram as atividades do primeiro dia. Incialmente, com a Conferência 1: “O Futuro da Agricultura Brasileira”, apresentada pelo ex-ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli, que desenhou o horizonte promissor para o setor, face às inovações tecnológicas da Agricultura 4.0 e suas contribuições com a produção de grãos na integração sustentável. Alysson fez um relato histórico de questões acerca do feijão, desde o início dos anos 1970, que mostraram o quanto a cultura passou de problema de Estado, pela baixa produção e tentativas do mercado de majorar preços pelo desabastecimento, até os dias de hoje quando esta questão, produtividade, não pode mais ser questionada. “Importávamos do México e até do Chile, que nem tem área para produzir a contento. Importamos dos Estados Unidos, que destinaram, à época, áreas significativas apenas para produzir feijão para o Brasil. Mas, com a Embrapa, tudo isso mudou e somos hoje autossuficientes”, afirmou o ex-ministro. A moderação desta conferência ficou a encargo do pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Pedro Machado.

Em seguida aconteceu a primeira palestra “Controle de Doenças”, com o técnico da BASF, Agmar Assis. Depois, veio o Painel 1: “Automação na Produção de Grãos”, moderado pelo pesquisador Pedro Arraes, ex-presidente da Embrapa e atual diretor do Departamento de Desenvolvimento Comunitário do Ministério da Agricultura, com as palestras “Automação na Infraestrutura da Produção de Grãos (Gregory Riordan), “Processamento de Imagens e uso de sensores” (Lucio de Castro), e “Benefícios da Integração de Dados e Informações na Visão do Produtor (Rodrigo Yoiti Tsukahara).

No início da tarde, aconteceu o Painel 2: “Uso de Ferramentas da Biotecnologia nos Programas de Melhoramento do Feijão”. Com o objetivo de atualizar sobre as modernas ferramentas que podem ser implantadas em diversas etapas do sistema produtivo, com aplicações voltadas tanto para o avanço da pesquisa, no desenvolvimento de novas variedades, quanto para aplicações mais práticas, de edição de genes e novas tendências, foram realizadas três palestras: “Seleção Assistida por Marcadores-SAM, Integrada ao Melhoramento Genético (Joe Tohme); Seleção Genômica em Culturas Autógamas (Alexandre Coelho); e “Transformação de Plantas para Resistência a Patógenos e Pragas da Cultura (José Lima Aragão).

Logo após, o palestrante Marco Antônio Pereira Júnior, da empresa IHARA, falou sobre o tema: “Tradição japonesa e soluções IHARA na cultura do feijão”, seguido de Thiago Tácio Liccioti, da Bayer, que fez a palestra “Inovações Bayer para Altas Produtividades em Feijão. Finalizando as atividades do primeiro dia, aconteceu a Conferência 2: "Avaliação de Riscos Agroclimáticos para a Cultura do Feijão”, com moderação do pesquisador Silvando Silva, da Embrapa Arroz e Feijão. O objetivo foi apresentar a importância do zoneamento climático para o país como política pública, usando o exemplo do ZARC para o feijão-comum. O conferencista foi José Eduardo Boffino de Almeida, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária.

As atividades do 2º dia terão início às 8h30, com uma Conferência, um Painel e seis Palestras.

Assista abaixo os vídeos com os demais convidados da abertura

Dirceu Borges: superintendente do Senar Goiás

 

Fernando Camargo: secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do MAPA

 

Tiago Freitas de Mendonça: secretário de Agricultura do Estado de Goiás

 

 

Henrique de Oliveira (MTb/GO 1.960)
Embrapa Arroz Feijão

Contatos para a imprensa

Telefone: (62) 99971-9100

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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