03/11/21 |   Biotecnologia e biossegurança  Geotecnologia

Representantes da Embrapa Territorial participam da Semana Nacional de C&T

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Foto: Captura de tela

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A chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento, Lucíola Magalhães, e o pesquisador Paulo Barroso, também presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), participaram, no dia 22 de outubro, da última live organizada pelo Instituto Federal Norte de Minas Gerais (IFNMG - Campus Salinas), na programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).

O tema da palestra ministrada pela chefe de Pesquisa e Desenvolvimento foi o uso de geotecnologias para auxiliar tomadores de decisão e agricultores. Lucíola falou sobre os estudos desenvolvidos pelo centro de pesquisa com o objetivo de entender o território brasileiro, a partir da coleta de dados e análises dessas informações. Destacou as principais linhas de atuação do centro e, também, apresentou a estruturação dos Sistemas de Inteligência Territorial Estratégico (SITE). 

Como exemplos, ela elencou o  SITE Macrologística da Agropecuária Brasileira, SITE Aquicultura, Agricultura e Preservação Ambiental – uma análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a plataforma digital GeoMatopiba. Lucíola fez uma breve apresentação das soluções tecnológicas e mostrou como acessar os dados disponíveis em cada uma.

Sobre a análise do CAR, ela chamou a atenção sobre a contribuição da agricultura ao desenvolvimento sustentável e ao compromisso assumido pelos produtores rurais com a preservação ambiental. “Quando falamos que não tem categoria profissional que mais dedica áreas à preservação da vegetação nativa que os agricultores é com base nos dados desse estudo”, disse. Lucíola adiantou a atualização desses dados a partir do cruzamento espacial dos imóveis rurais registrados no CAR e os estabelecimentos agropecuários levantados pelo Censo do IBGE (2017). (Saiba mais sobre as áreas dedicadas à preservação nativa em 2021

Em relação à plataforma digital GeoMatopiba, a chefe de Pesquisa e Desenvolvimento mostrou os painéis interativos de dados espaciais do Matopiba sobre produção agropecuária, crédito rural, empregos formais e tecnologias da Embrapa. Lucíola ressaltou a indicação de 230 tecnologias da Embrapa para os 65 produtos da agropecuária persistentes na região em 20 anos de análise. 

Outros estudos citados por Lucíola Magalhães foram o GeoWeb Inclusão Produtiva no seu Município e o da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), que visa apoiar políticas públicas voltadas à agricultura familiar.

Transgênicos

Na palestra, Paulo Barroso apresentou histórico sobre o melhoramento genético, desde a seleção por indivíduos específicos iniciada há mais de 10 mil anos, passando pela ciência genética no começo do século XX e o avanço da engenharia genética, a partir dos anos 1970.  O surgimento de transgênicos ou organismo geneticamente modificado (OGM) se deu com o uso de técnicas da engenharia genética, com a manipulação e recombinação de DNA entre seres vivos.

A prática da transgenia já é comum no Brasil. Mais de 70% da agricultura praticada no país é geneticamente modificada. Em 2019, 53 milhões de hectares foram cultivados com plantas geneticamente modificadas. “Temos um histórico longo de uso de transgênicos e isso reflete na segurança. Nenhum dano ao meio ambiente ou problemas em relação à saúde humana e animal foram relatados. Não há nenhuma razão para a gente não consumir alimentos transgênicos”, frisou Barroso.

Os organismos geneticamente modificados não estão associados apenas aos alimentos. Eles também são componentes em rações para animais, produtos de higiene e limpeza, cosméticos, medicamentos e, mais recentemente, as vacinas para Covid-19. E para que todos esses produtos sejam liberados é preciso autorização da CTNBio.

A Embrapa é uma das instituições de pesquisa que geram informações para subsidiar a tomada de decisão da CTNBio sobre o uso seguro de OGMs. Barroso citou o exemplo da definição de regiões para cultivo de algodão transgênico. Ele mostrou um mapa do Brasil, elaborado pela Embrapa, com marcação de regiões possíveis de liberação e outras com restrições.

O pesquisador também falou sobre alguns estudos da Embrapa, os quais no futuro poderão resultar em produtos transgênicos. Entre eles, plantas com resistência a insetos, resistentes a doenças e herbicidas, e com tolerância à estresses abióticos, além de alimentos com maior qualidade nutricional.

Assista ao vídeo das palestras aqui.

 

Liliane Castelões (16.613 MTb/RJ)
Embrapa Territorial

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