22/11/21 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação  Transferência de Tecnologia

Evento debate segunda safra de milho, hoje responsável por mais de 75% de todo o volume produzido no País

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Foto: Guilherme Viana

Guilherme Viana - Até a próxima quinta-feira, dia 25, será realizada a 16ª edição do Seminário Nacional de Milho Safrinha

Até a próxima quinta-feira, dia 25, será realizada a 16ª edição do Seminário Nacional de Milho Safrinha

Até a próxima quinta-feira, dia 25 de novembro, será realizada a 16ª edição do Seminário Nacional de Milho Safrinha. O evento, iniciado há três décadas na cidade paulista de Assis, retorna à sua cidade natal, mesclando atividades presenciais e on-line com o tema "Três Décadas de Inovações: Avanços e Desafios". As plataformas digitais serão priorizadas pela organização, conferindo ao seminário uma nova dinâmica organizacional, promovendo a comunicação e a interação entre seus participantes.

Para a safra 2021/2022, as estimativas iniciais são de 40,2 milhões de hectares com soja no verão e 15,8 milhões de hectares com milho segunda safra, e produtividade de grãos de milho de 5.443 kg/ha. O levantamento histórico de safras da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab, 2021) mostra que, desde a safra 2011/2012, 33% da área cultivada com soja no verão recebe o milho na sequência. “O milho segunda safra tornou-se estratégico para a agricultura brasileira. Semeado na sequência da soja, alavancou a produção do cereal no Brasil”, comentam os pesquisadores Emerson Borghi, Israel Alexandre Pereira Filho e Décio Karam, da Embrapa Milho e Sorgo.

Dessa forma, o seminário abordará principalmente os gargalos técnicos e as novas tecnologias do milho safrinha, que é hoje a principal modalidade de cultivo no Brasil, contemplando a soja no sistema de produção. Com promoção da ABMS (Associação Brasileira de Milho e Sorgo) e realização do Instituto Agronômico de Campinas e do Centro de Desenvolvimento do Vale do Paranapanema, o seminário conta com o apoio da Embrapa, do Consórcio Intermunicipal do Vale Paranapanema (Civap), da Cooperativa de Pedrinhas e da Coopermota (Cooperativa Agroindustrial).

Na entrevista a seguir, o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) Cícero Beserra de Menezes, membro do Conselho Consultivo do evento e presidente da ABMS (Associação Brasileira de Milho e Sorgo), anuncia os principais trabalhos que serão apresentados e os que merecem destaque diante da conjuntura brasileira de produção de milho, as novidades em relação ao sistema de produção soja-milho e os encaminhamentos futuros após a realização do evento.

 

Qual o número de trabalhos que será apresentado? Entre eles, quais os temas que merecem destaque diante da conjuntura brasileira de produção de milho?

Essa edição terá uma abertura presencial na cidade de Assis-SP e todas as palestras serão no formato on-line. Foram inscritos 51 trabalhos científicos. A partir da avaliação criteriosa da comissão científica, 10 desses trabalhos foram escolhidos para apresentação como palestra, dos quais cinco serão premiados durante a sessão pôster do seminário.

Os 10 trabalhos destacados previamente pelo XVI SNMS são:

Na área da Fitossanidade: “Novos Fungicidas Foliares são Eficientes no Controle da Mancha-Branca e Promovem Ganho de Produtividade no Milho: uma Metanálise”, encaminhado pela UEL (Universidade Estadual de Londrina), o qual envolveu 35 pesquisadores, tendo como autora principal Karla Braga; “Eficiência de Transmissão do Fitoplasma do Milho a Partir de Plantas Infectadas em Estágios Distintos e Número Variável de Cigarrinhas”, inscrito pela Esalq de Piracicaba/USP; e “Evolução da Ocorrência e Intensidade de Doenças Fúngicas Foliares e Enfezamento/Viroses no Milho Safrinha Durante 24 Anos (1998 a 2021) no Estado de São Paulo”, encaminhado pelo Instituto Biológico do Estado de São Paulo.

Na área de Fitotecnia foram selecionados os seguintes títulos: “Quinze Anos de Consórcio Milho-Braquiária e Soja em Sucessão”; e “Cultivo Intercalar Antecipado De Milho Segunda Safra Nas Entrelinhas Da Soja - Antecipe”, ambos encaminhados pela Embrapa. Na área de Solos e Nutrição de Plantas foram selecionados os títulos “Polihalita Como Fonte de K e S na Adubação de Soja e Milho Safrinha”, da Embrapa; “Fósforo Lábil e Produção Acumulada do Milho após Nove Safras com Plantas de Cobertura e Fontes Fosfatadas”, da Esalq; e “Doses e Épocas de Aplicação do Potássio e Parcelamento do Fósforo na Sucessão Soja e Milho Safrinha no Mato Grosso” do IAC (Instituto Agronômico de Campinas).

Em um quarto grupo englobando “Outras Áreas de Pesquisa”, incluindo a de Economia, foram selecionados os seguintes trabalhos: “Viabilidade Econômica de Sistemas Alternativos à Sucessão Soja-Milho Safrinha”, inscrito pela Embrapa; e “Condições Climáticas e Produtividade do Milho Safrinha na Região Paulista do Vale do Médio Paranapanema” na área de Climatologia, enviado pelo IAC (Instituto Agronômico de Campinas).

Considerando a soja como protagonista no sistema de produção, o Sistema Antecipe terá destaque? Comente sobre isso, por favor.

O Sistema Antecipe será destaque em um dos trabalhos científicos que serão apresentados como palestra e, com certeza, também será abordado nas palestras do sistema de produção de milho safrinha. 

Entre os gargalos que afetam a produção, em se tratando das pragas, o lançamento dos biodefensivos por parte da Embrapa Milho e Sorgo será abordado?

O seminário contará com duas palestras relacionadas a produtos biológicos, principalmente focando nos benefícios desses produtos. A Embrapa como uma das principais entidades de pesquisa nesta área com certeza será citada várias vezes, como exemplo de empresa de pesquisa avançada. 

Outro gargalo em se tratando de milho segunda safra é a escassez hídrica. O sorgo terá espaço como uma nova potencial cultura no evento?

No seminário atual será tratado somente o tema milho. A ABMS vai discutir sobre a abordagem da cultura do sorgo em futuros seminários, ou até mesmo se estuda a criação de um seminário somente com a cultura do sorgo. Sem dúvida, o sorgo é uma excelente opção para cultivo no final da segunda safra, e as cadeias produtivas de ambas as culturas são muito similares. O tema sorgo ampliará a discussão em futuros seminários.  

Qual a expectativa de público - on-line e presencial - e os encaminhamentos futuros, após a realização do seminário?

O seminário tem expectativa de atingir um público em torno de 800 participantes, e as palestras serão futuramente disponibilizadas on-line na plataforma do NPCT (Nutrição de Plantas Ciência e Tecnologia).

Duas semanas após o evento haverá uma assembleia extraordinária para fechamento do XVI Seminário e também serão discutidas as propostas para o local de realização do XVII Seminário Nacional de Milho Safrinha, que ao que tudo indica será realizado no Mato Grosso do Sul.

Finalizado o seminário, a ABMS começará a trabalhar o XXXIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo, que será novamente um evento on-line, a ser coordenado pela própria ABMS.

 

SERVIÇO

XVI Seminário Nacional de Milho Safrinha

Onde: Assis-SP

Quando: 22 a 25 de novembro de 2021

 

Segunda-feira - 22/11/2021

14h – Sessão Solene de Abertura

15h – Conferência: Impacto da Safrinha e Perspectivas do Mercado de Milho no Brasil

Thomé Luiz Freire Guth – Conab, Brasília-DF

Obs.: a conferência será gravada, sendo reproduzida na terça-feira, dia 23, antes do início das palestras.

 

Programação completa: www.milhosafrinha2021.com.br/programacao.html

 

Mais informações em www.milhosafrinha2021.com.br/index.html

 

Guilherme Viana (MTb MG 06566 JP)
Embrapa Milho e Sorgo

Contatos para a imprensa

Telefone: (31) 3027-1905

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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