24/11/21 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Seminário de Milho Safrinha: abertura é marcada por conferência, homenagens e premiação de trabalhos

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Foto: Renata Baldo

Renata Baldo - Mesa composta durante a abertura do seminário em Assis-SP

Mesa composta durante a abertura do seminário em Assis-SP

Evento retorna ao seu local de origem em comemoração a “Três décadas de inovações: avanços e desafios”

O Seminário Nacional de Milho Safrinha (SNMS) chega à décima sexta edição de volta ao seu local de origem (a cidade de Assis, em São Paulo). Esta é a primeira vez do evento em formato on-line, com realização no período de 23 a 25 de novembro de 2021. Serão três dias de um amplo debate acerca dos principais avanços e desafios para o aumento da produtividade e da lucratividade da cultura do milho no Brasil.

O maior e mais importante evento técnico-cientifico desta modalidade de cultivo no País é realizado pelo Instituto Agronômico (IAC) e Centro de Desenvolvimento do Vale do Paranapanema (CDVale) e promovido pela Associação Brasileira de Milho e Sorgo (ABMS).

A iniciativa conta ainda com o apoio da Embrapa, do Consórcio Intermunicipal do Vale Paranapanema (Civap), da Cooperativa de Pedrinhas e da Coopermota, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), bem como com o patrocínio da Fundag (Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola) e das empresas FMC, Basf, UPL, Stoller, KWS, Syngenta, Morgan, Forseed, Biomatrix, Mosaic, Jacto, Koppert e Duromid.

A abertura oficial, no último dia 22, no salão social da Associação Comercial e Industrial de Assis (ACIA), em comemoração a “Três décadas de inovações: avanços e desafios”, contou com a presença de Francisco Matturro, secretário-executivo de Estado de Agricultura e Abastecimento de São Paulo,  dentre outras autoridades estaduais e regionais especialmente representadas pelo CIVAP.

Na cerimônia de abertura do Seminário foi conferencista Thomé Luiz Freire Guth, superintendente de Logística da Conab,  que discorreu sobre o “Impacto da Safrinha e Perspectivas do Mercado de Milho no Brasil”.  Segundo Guth, o mercado interno de milho está aquecido, e a importação do cereal para atender a demanda nacional é uma necessidade que vem acontecendo.

Os participantes do evento on-line também terão acesso ao conteúdo da conferência transmitida na íntegra por meio da plataforma digital. Dentre os diversos temas abordados pelo XVI SNMS serão evidenciados, principalmente, os problemas técnicos e as novas tecnologias do milho safrinha, contemplando a soja no sistema de produção.

TRABALHOS PREMIADOS

Na oportunidade da cerimônia de abertura do XVI SNMS foram premiados cinco trabalhos científicos inéditos e de grande aplicabilidade no campo, os quais se destacaram entre 51 inscritos e aceitos. Dentre eles três foram apresentados pela Embrapa, na área de Fitotecnia, “Cultivo Intercalar Antecipado de Milho Segunda Safra nas Entrelinhas da Soja - Antecipe”; na área de Sistemas Integrados, “Quinze Anos de Consórcio Milho-Braquiária e Soja em Sucessão”; e na área de Solos e Nutrição de Plantas, “Polihalita Como Fonte de K e S na Adubação de Soja e Milho Safrinha”.

A Universidade Estadual de Londrina (UEL) teve premiado o trabalho na área de Fitopatologia “Outros Novos Fungicidas Foliares são Eficientes no Controle da Mancha-Branca e Promovem Ganho de Produtividade no Milho: uma Metanálise”. A Escola Superior de Agronomia (ESALQ), de Piracicaba, recebeu o prêmio pelo trabalho na área de Entomologia “Eficiência de Transmissão do Fitoplasma do Milho a Partir de Plantas Infectadas em Estágios Distintos e Número Variável de Cigarrinhas”.

HOMENAGENS

A abertura do XVI Seminário Nacional de Milho Safrinha foi também marcada por homenagens e reconhecimento aos agricultores e pesquisadores de vanguarda. Representando a pesquisa científica, foi homenageado o engenheiro agrônomo Gessi Ceccon, da Embrapa, responsável pelos conhecimentos que embasaram o zoneamento de risco climático para o consórcio milho safrinha-braquiária.

Representando os agricultores que muito contribuíram como a pesquisa científica em prol do milho safrinha no Vale Paranapanema, foram homenageados José Roberto Borges, de Campos Novos Paulista; Dirceu Parmegiani, de Cruzália; e os irmãos Bruno e Rebert Schlegel, de São José das Laranjeiras – Maracaí.

O coordenador do XVI SNMS, Aildson Duarte, parabenizou os homenageados lembrando que cada um deles fez parte da história que transformou o milho safrinha no milho do Brasil. “Temos um legado de três décadas de inovações e de evolução no sistema produtivo do milho e o desafio de avançar rumo a resultados ainda melhores nas décadas vindouras”, observou Duarte. 

Uma celebração histórica que contempla 30 anos do milho safrinha não poderia passar sem lembrar Aildson Pereira Duarte, o pesquisador científico que deu início - no polo da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios do Médio Paranapanema - às pesquisas dessa modalidade de cultivo que mudou grandiosamente toda a capacidade produtiva em áreas agricultáveis no Brasil e de valor expressivo de renda para o agronegócio brasileiro.

Os resultados nesse início, não somente encheram os silos dos agricultores com o melhor milho, mas deram a cada um a importância histórica de participarem dessa gigantesca revolução da agricultura brasileira. O Médio Vale do Paranapanema exportou para outras fronteiras e estados o experimento assertivo iniciado em Assis.

Participando e promovendo ativamente inúmeros seminários, cursos, experimentos em rede nos campos e nos laboratórios, Aildson impulsionou e fez germinar o que se iniciou numa pequena roça de experimentos e o devolve numa produção de 200 milhões de toneladas de milho em um território de 13 milhões de hectares. Dada a grandeza de seu trabalho, a sociedade civil organizada e bem representada pelo CIVAP e entidades de classe rendeu-lhe as justas homenagens.

SOBRE A SAFRINHA

Em três décadas, esta modalidade de cultivo teve sua produtividade média triplicada, passando de duas toneladas por hectare para seis toneladas por hectare, e expandindo sua área inexpressiva para 15 milhões de hectares. Nos melhores anos, a produção do milho de segunda época esteve próxima de 75 milhões de toneladas, correspondendo a três quartos de todo o milho produzido no País.

O cultivo do milho safrinha, após a soja, aumentou a renda das propriedades brasileiras que colhiam grãos apenas no verão. Mais da metade da área destinada a soja no verão hoje é ocupada pelo milho safrinha no inverno. Consequentemente, o Brasil, que beirava o limite da autossuficiência, saltou para o terceiro maior produtor e exportador mundial do cereal. Mais informações podem ser encontradas no site www.milhosafrinha2021.com.br.

 

Renata Baldo – RB Comunicação (MTb 30306)
Embrapa Milho e Sorgo

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Edição: Guilherme Viana e Antonio Claudio Barros
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