12/05/22 |

Abelhas nativas são entregues a produtores para recuperação de reserva legal e geração de renda extra

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Foto: Guilherme Schnell e Schühli

Guilherme Schnell e Schühli - As caixas com colônias foram preparadas para distribuição e envio às URTs

As caixas com colônias foram preparadas para distribuição e envio às URTs

No dia 05/5, em Prudentópolis-PR, a Embrapa Florestas entregou a produtores rurais quarenta caixas tecnificadas com abelhas nativas sem ferrão referentes ao projeto ConservAção Araucária, uma parceria com o IDR Paraná e Sistema Gralha Azul. Entre as ações do projeto está a instalação de Unidades de Referência Tecnológicas (URTs) em 13 propriedades rurais para restauração de áreas de Reserva Legal com plantios focados em araucária e outas espécies nativas, aliados ao incentivo à meliponicultura.

As abelhas poderão ser uma fonte de renda para produtores, além de funcionarem também como um indicador de qualidade ambiental das áreas, e atuarem como parte dos modelos de recuperação florestal em reservas legais. As URTs contempladas foram as de Balsa Nova, Campo Largo, Cruz Machado, Irati, Ivaí, Manoel Ribas, Pinhão, União da Vitória, Guarapuava, São Mateus do Sul, Turvo,Palmeira e Ponta Grossa.

 

Entrega das caixas

O evento ocorreu em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), e reuniu 30 pessoas. No local foram realizadas apresentações que prepararam técnicos e agricultores para a instalação, formalização, manejo e ampliação de meliponários. Os trabalhos foram conduzidos pelo pesquisador Guilherme Schnell e Schühli, da Embrapa Florestas, e Marlon Tiago Hladczuk, técnico do IDR,  com o suporte do analista da Embrapa Florestas Ives Goulart e do pesquisador da Embrapa Florestas Sergio Ricardo da Silva.

Em seguida, foi realizada uma visita à propriedade do produtor rural e meliponicultor Antonio Rosado Costa. Neste local foi feita uma demonstração prática do funcionamento do meliponário, seguida da distribuição das caixas racionais (ou tecnificadas) com colônias de abelhas nativas sem ferrão. O termo “racionais” se deve ao fato destas terem sido desenvolvidas para o manejo das abelhas sem ferrão.

Os agricultores representando as 13 URTs do projeto receberam duas caixas de abelhas Jataí (Apidae: Meliponini: Tetragonisca angustula) e mais duas caixas racionais vazias para expansão do meliponário. “As abelhas, além do fundamental serviço ambiental na polinização das espécies florestais (influenciando positivamente em variáveis como diversidade alélica, número de sementes, vigor e taxa de germinação), agregam qualidade de vida e renda ao pequeno produtor”, afirma o pesquisador Guilherme Schnell e Schühli, da Embrapa Florestas, responsável pela atividade de meliponicultura no projeto.

De acordo com Schühli, as espécies florestais são o eixo de articulação com a meliponicultura, porque oferecem recursos florais (néctar e pólen) que sustentam a produção das abelhas sem ferrão. “A partir dos modelos instalados em reserva legal, é possível produzir já, a partir do primeiro ano, mel, pólen e mesmo ampliar o número de colônias no plantel. Um meliponário com abelhas desta espécie pode ser instalado e mantido com baixo investimento, rendendo por ano de R$ 90 a R$ 120 por caixa, se orientado para a produção de mel e de R$320 reais por caixa, se orientado à venda de colônia”, explica. Nestes ganhos ainda não estão considerados outros produtos meliponícolas como a própolis, o verniz de própolis e o pólen.

Além deste trabalho, a Embrapa Florestas mantém outros projetos que articulam as espécies florestais à meliponicultura, no sentido de ampliar a produção florestal não madeireira com a valorização da biodiversidade florestal.

Para saber mais informações, consulte o SAC: http://www.embrapa.br/fale-conosco/sac

Este conteúdo está relacionado aos ODS 2,11,12,15 e 17 nas seguintes metas:

-ODS 2:

2.4  até  2030,  garantir  sistemas  sustentáveis  de  produção  de  alimentos  e implementar práticas agrícolas resilientes, que aumentem a produtividade e a produção, que ajudem a manter os ecossistemas, que fortaleçam a capacidade de adaptação às mudança do clima, às condições meteorológicas extremas, secas, inundações e outros desastres, e que melhorem progressivamente a qualidade da terra e do solo;

 

-ODS 11:

11.a  apoiar relações econômicas, sociais e ambientais positivas entre áreas urbanas, peri-urbanas e rurais, reforçando o planejamento nacional e regional de desenvolvimento;

 

-ODS 12:

12.2  até 2030, alcançar gestão sustentável e uso eficiente dos recursos naturais;
 

-ODS 15:

15.5 tomar medidas urgentes e significativas para reduzir a degradação de habitat naturais, estancar a perda de biodiversidade e, até 2020, proteger e evitar a extinção de espécies ameaçadas;

 

-ODS 17:

17.7  promover o desenvolvimento, a transferência, a disseminação  e a difusão de tecnologias ambientalmente corretas para os países em desenvolvimento, em condições favoráveis, inclusive em condições concessionais e preferenciais, conforme mutuamente acordado;

17.14  aumentar a coerência das políticas para o desenvolvimento sustentável.

 

Manuela Bergamim (MTb 1951-ES)
Embrapa Florestas

Contatos para a imprensa

Telefone: 41- 3675-5600

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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