22/09/22 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Pesquisas voltadas para ODS são aprovadas em MS

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Foto: Kísie Ainoã/Campo Grande News

Kísie Ainoã/Campo Grande News - A liberação dos recursos teve a participação de autoridades estaduais e pesquisadores envolvidos.

A liberação dos recursos teve a participação de autoridades estaduais e pesquisadores envolvidos.

Projetos liderados pela Embrapa Gado de Corte (Campo Grande-MS), ligados às áreas de melhoramento genético animal e rastreabilidade, estão entre as 68 pesquisas científicas que receberão investimentos financeiros do governo de Mato Grosso do Sul. As propostas aprovadas atendem os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da Organização das Nações Unidas (ONU). MS é o primeiro Estado a ter esse modelo de iniciativa.

A eficiência hídrica no melhoramento genético de bovinos será foco dos estudos do melhorista Gilberto Oliveira Menezes, pelos próximos 24 meses, ao lado de mais doze especialistas. Atrelado a ODS que busca alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável, a equipe pretende ampliar as informações que dizem respeito à herança genética da eficiência hídrica em gado de corte.

“O objetivo é, via melhoramento genético, obter animais que produzam mais carne com menor uso de água. Assim a iniciativa tornará a cadeia produtiva da carne bovina mais sustentável e competitiva no presente e, especialmente, futuro”, afirma Gilberto Menezes, líder da proposta financiada pela agencia pública de apoio à ciência e tecnologia. 

Com pesquisadores das áreas de nutrição animal, melhoramento genético, reprodução, bem-estar, recursos hídricos e genômica, serão desenvolvidos dois experimentos. Um com animais da raça Senepol em confinamento e, para resultados mais acurados, será utilizada a base de genótipos da raça Senepol, já usada na avaliação genômica anual do programa  Geneplus. São 4.200 genótipos.

O outro experimento envolve a raça Nelore, em regimes de pastagem e confinamento. Ao redor de 80 machos, do rebanho de seleção da unidade da Embrapa, serão submetidos aos testes nas safras 2022-23 e 2023-24. Os novilhos estarão em uma área de pastagem de 30 hectares, onde permanecerão por cinco meses, com suplementação mineral e proteica. 

 

Rastreabilidade

A partir do desenvolvimento de uma metodologia de espectrometria de massas MALDI-TOF, os pesquisadores anseiam identificar carnes de diferentes espécies animais com base nos espectros de massas de proteínas, com a análise de carnes in natura, avaliando-se ainda o efeito de congelamento e processamento por aquecimento. Líder do projeto, o pesquisador Newton Verbisck acrescenta que estabelecer um banco de espectros de massas de referência para autenticação de espécies animais de carnes e identificar biomarcadores nos perfis de massas de proteínas de carnes para distinção das espécies animais de forma qualitativa, também estão entre os objetivos da proposta aprovada. 

“O nosso compromisso é desenvolver e disponibilizar uma nova tecnologia, mais rápida e de menor custo por amostra que as atualmente disponíveis, de larga escala e grande precisão, para identificação, autenticação e certificação de carnes e derivados de diferentes origens por espectrometria de massas MALDI-TOF”, destaca Verbisck. A equipe formada pelo pesquisador biomédico tem a participação de especialistas em qualidade da carne, microbiologia, biodiversidade e agroecossistemas, de instituições como a Embrapa, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Secretaria de Estado de Educação de MS e Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). 

Dentro do ODS 12, consumo e produção responsáveis, os cientistas estarão por dois anos à frente de resultados que podem colaborar com a fiscalização sanitária, a rastreabilidade e a qualidade de produção dos produtos cárneos. 

Cada projeto tem recursos de, aproximadamente, R$ 80 mil reais para investimentos e custeios.  
 

Assinatura

A liberação dos recursos, R$ 10 milhões de reais distribuídos entre as 68 iniciativas, teve a participação de autoridades estaduais e pesquisadores envolvidos, entre elas, Antonio Rosa, chefe-geral da Embrapa Gado de Corte. A meta estadual é chegar em 2030 com os 17 objetivos atendidos. 

Além da Embrapa, os cientistas estão vinculados à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) e Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS).

Dalízia Aguiar (MTb 28/03/14/MS)
Embrapa Gado de Corte

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