01/03/23 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Estudantes da Ufam participam de curso sobre doenças da bananeira na Embrapa

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Foto: Maria José Tupinambá

Maria José Tupinambá - Aula prática no campo da Embrapa

Aula prática no campo da Embrapa

Com objetivo de apresentar e identificar as principais doenças da cultura da bananeira no Amazonas, a Embrapa Amazônia Ocidental promoveu nesta terça-feira, 28/2, aula prática para alunos do curso de Agronomia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) no seu Campo Experimental no km 29 da estrada AM10.

Os alunos foram recebidos pelo fitopatologista Luadir Gasparotto, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, que falou sobre as doenças sigatoka negra, moko da bananeira e mal do panamá. Suas características, formas de contágio, tipos de tratamento e recomendações para evitar o aparecimento das doenças nos bananais.

A turma era composta por alunos do 5º.  ao 7º. período da disciplina de fitopatologia e estava acompanhada do professor Agno Asioli, chefe do Departamento de Ciências Fundamentais e Desenvolvimento Agrícola da Faculdade de Ciências Agrárias (DCFDA/FCA) da Ufam. 
Segundo Asioli, a expectativa era obter as informações do pesquisador Luadir Gasparotto, que é referência no estudo de doenças de bananeiras no Brasil. “Fazer com que os estudantes percebam como é possível fazer a identificação da doenças, estreitar a sala de aula e o campo por meio de aulas práticas, para que se tornem profissionais melhor preparados para futuramente atuar na agronomia, na produção agrícola, no controle de doenças”,comentou.

Gasparotto comentou que a banana é a fruta mais consumida no Amazoans, mas o estado não tem produção suficiente para atender a demanda e isso ocorre principalmente pela existência de doenças e pela baixa adoção de tecnologias no campo. Na aula prática no campo, demonstrou a utilização de dois inventos de sua autoria, que tem auxiliado os produtores de banana, o aplicador manual de fungicida e o desperfilhador por rotocompressão.

Simples e acessível ao pequeno agricultor no combate à sigatoka-negra, a principal doença da cultura da bananeira, o aparelho para aplicação dos fungicidas na axila da bananeira, consiste em uma seringa veterinária presa a uma mangueira de 25 cm de comprimento no lugar da agulha. Na extremidade da mangueira foi colocado um cano metálico, com cerca de dois metros de comprimento, para que seja possível aplicar o fungicida na folha que fica na parte mais alta da planta.

Além de eficaz, o método mostrou-se também barato. Enquanto outros tratamentos para controle da sigatoka-negra exigem 52 pulverizações de fungicida por ano, a nova tecnologia exige apenas três aplicações em cada ciclo produtivo. Outra vantagem é ambiental. As aplicações localizadas, com a seringa, evitam o desperdício e diminuem os riscos de contaminação ambiental.

O desperfilhador por roto-compressão, uma ferramenta simples e prática para eliminar perfilhos indesejados das touceiras da bananeira, também foi demonstrado o seu uso. Leve e ergonômico em função dos materiais usados e de sua mecânica que conferem alto rendimento, durabilidade e pouca manutenção a exceção da preventiva, o funcionamento baseia-se em uma broca semelhante a uma pua com rosca sem fim, que, acionada pela força exercida pelo operador ao comprimir uma mola, transforma energia potencial em cinética fazendo a broca girar e penetrar, destruindo a gema apical. Os participantes do curso puderam manusear os aparelhos e retirar dúvidas da sua utilização. 

Maria José Tupinambá (114 DRT-AM)
Embrapa Amazônia Ocidental

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