Nos dias 05 e 06 de maio a Embrapa Semiárido (Petrolina-PE) recebeu a missão senegalesa da Agência de Reflorestamento e da Grande Muralha (ASERGMV), que teve por objetivo conhecer as experiências do Centro de Pesquisa para a produção sustentável de alimentos e convivência com a seca. A iniciativa buscou ainda prospectar oportunidades e tecnologias capazes de subsidiar ações e atividades na chamada Grande Muralha Verde. Após recepção realizada por Maria Auxiliadora Coêlho, chefe-geral da Embrapa Semiárido, o grupo, formado por dez especialistas do país africano, seguiu para visita ao Campo Experimental da Embrapa em área de Caatinga. Lá eles conheceram o sistema agrossilvipastoril em condição de sequeiro. Neste sistema, o aporte de água é feito apenas para dessedentação animal e o pastejo é realizado em área plantada e nativa, explicou o analista de transferência de tecnologia Sergio Azevedo, que acompanhou a visita. No local, também viram opções forrageiras de reserva, como a maniçoba e o capim buffel. Ainda no Campo Experimental a comitiva conheceu a barragem subterrânea e o barreiro de salvação, tecnologias de captação e armazenamento de água da chuva, além da técnica de reúso de águas cinzas. As tecnologias foram apresentadas pela pesquisadora Roseli Freire, da Embrapa. A missão senegalesa também visitou área de produtor parceiro da Embrapa no município de Casa Nova (BA), onde foi possível visualizar a integração de sistemas de produção envolvendo o plantio de forrageiras, criação de porcos e galinhas, e criação de cabras para a produção leiteira e de derivados . Para o engenheiro agrônomo senegalês Aly Ndiaye, Cchefe de divisão do Setor Verde, a visita foi muito proveitosa. ‘Conhecemos tecnologias que podem fazer toda a diferença, a exemplo das técnicas de captação de água. Como temos condições climáticas muito parecidas com as do Semiárido brasileiro, vemos as tecnologias da Embrapa como soluções para serem adaptadas e implementadas no Senegal”, ressaltou. MURALHA VERDE A grande muralha verde consiste numa barreira de vegetação que está sendo plantada cruzando a região norte do continente africano com o objetivo de conter o avanço do deserto do Saara.