17/05/23 |   Transgênicos

Seminário apresenta tendências em biotecnologia e primeiro evento transgênico de milho desenvolvido por empresas nacionais

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Foto: Guilherme Viana

Guilherme Viana - Milho BTMAX na Vitrine Tecnológica da Embrapa Milho e Sorgo

Milho BTMAX na Vitrine Tecnológica da Embrapa Milho e Sorgo

O estabelecimento de parcerias público-privadas é uma das soluções para posicionar o Brasil na vanguarda do desenvolvimento e da adoção de organismos geneticamente modificados (OGMs), na visão do presidente da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) Paulo Augusto Vianna Barroso. Em palestra na última terça-feira, 16, durante a 15ª edição da Semana de Integração Tecnológica, na Embrapa Milho e Sorgo, Barroso destacou que o processo de desregulamentação de commodities, por exemplo, exige que o produto seja considerado seguro em todos os países em que ele será introduzido. “Não basta que seja seguro apenas no país produtor. É necessário que todos os destinos aprovem a entrada”, disse.

Segundo ele, o processo de desregulamentação ganha agilidade com o estabelecimento de parcerias entre empresas públicas, como no caso da Embrapa, e privadas. “A cooperação entre países deve crescer para tornar mais ágil e econômico o processo de desenvolvimento e inovação, sem o prevalecimento de preconceitos e ideologias”, defendeu. Durante sua apresentação, Barroso mostrou o escopo de atuação da CTNBio, instalada no Brasil em 1996 e que regula todas as atividades com OGMs relacionadas à saúde animal, saúde humana e ao meio ambiente no País. “A avaliação, com base em ciência, permite o uso seguro dos produtos aprovados. Hoje, no Brasil, a cada 10 sementes colocadas no solo, sete são geneticamente modificadas. O que espero é que pequenos produtores possam acessar cada vez mais essas tecnologias”, pontuou.

 

Primeiro evento de milho transgênico desenvolvido por empresas brasileiras

O seminário “Biotecnologia e segurança alimentar: do solo brasileiro nasce uma opção” apresentou o primeiro milho transgênico totalmente desenvolvido no Brasil, o evento EH-BRS913 (de nome comercial BTMAX), resultado de parceria público-privada entre a Embrapa e a Helix, empresa do grupo Agroceres, aprovado por unanimidade pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) em junho de 2022.

Em outros países, os processos regulatórios estão em andamento e, segundo Urbano Ribeiral Júnior, diretor financeiro do grupo Agroceres, o “objetivo é disponibilizar a tecnologia ao agricultor brasileiro o mais rápido possível, proporcionando benefícios econômicos e ambientais”. Com foco nas pragas do Brasil, na agricultura tropical, Urbano adianta que a pesquisa e o desenvolvimento de novos eventos estão em andamento. Leia matéria sobre as características do BTMAX.

Newton Portilho Carneiro, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo e líder do projeto desenvolvido em parceria com a Helix, reforça a alta toxicidade do BTMAX contra a lagarta-do-cartucho e adianta que novos eventos promissores já estão em fase de testes, a partir da coleção de microrganismos desta Unidade da Embrapa. Desde a década de 1990, o pesquisador Fernando Valicente, também da Embrapa Milho e Sorgo, vem fazendo coletas de bactérias Bacillus thuringiensis (Bts) que apresentam enorme biodiversidade de genes para controle de uma série de insetos. Hoje, essa coleção ultrapassa 4.600 cepas e é talvez a maior coleção de Bts coletados em solos tropicais da América do Sul.

O pesquisador César Moisés Camilo,  da Helix, também enfatiza a alta eficiência do BTMAX contra a lagarta-do-cartucho em regiões relevantes para o agronegócio do milho no Brasil. “Mesmo com a diluição da folha do milho BTMAX em dieta artificial de 25 vezes, 70% das lagartas estavam mortas em sete dias. Ao final de 14 dias, o BTMAX eliminou 99% das lagartas, sendo que 1% restante não completou o ciclo”, disse. A nova tecnologia, proveniente de um gene específico da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), apresenta elevada eficácia contra pragas lepidópteras, em especial a Spodoptera frugiperda (lagarta-do-cartucho, considerada a principal praga da cultura do milho), e a Diatraea saccharalis (conhecida como broca-da-cana).

Ao final do seminário, produtores rurais e técnicos puderam conhecer o evento transgênico de milho BTMAX no campo, na Vitrine Tecnológica da Embrapa Milho e Sorgo. Veja as fotos.

 

SERVIÇO:

Consulte a programação da 15ª SIT (Semana de Integração Tecnológica) em www.sitintegracao.com.br e acompanhe a cobertura completa do evento no Portal da Embrapa Milho e Sorgo (www.embrapa.br/milho-e-sorgo) e nas nossas redes sociais.

 

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Guilherme Viana (MTb 06566/MG)
Embrapa Milho e Sorgo

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