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Parceria entre agricultores, empresas e instituições identifica demandas para cadeias produtivas de cupuaçu e banana no AM

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Foto: Síglia Souza

Síglia Souza - Produtos a base de cupuaçu foram apresentados para degustação no workshop

Produtos a base de cupuaçu foram apresentados para degustação no workshop

Agricultores, pesquisadores, técnicos do setor primário e empresários de agroindústrias envolvidos na cadeia produtiva do cupuaçu no Amazonas estão tendo oportunidade de interação e troca de ideias para contribuir na identificação de demandas prioritárias para melhoria do setor, durante o I Workshop Cadeias Produtivas no Amazonas, que acontece em Manaus, sendo realizado em parceria pela Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Amazonas (Abrasel-AM).  No dia 18 de maio, o evento teve a abordagem sobre a cadeia do cupuaçu e prossegue no dia 19 com visita ao campo experimental da Embrapa Amazônia Ocidental, em Manaus, no km 29 da rodovia AM-010, onde serão apresentadas informações sobre pesquisas e tecnologias relacionadas a essa fruta amazônica.

O workshop iniciou na quarta-feira, 17, com enfoque na cadeia produtiva da banana e contou com visita em propriedade produtor rural em Rio Preto da Eva, na manhã de quinta, 18. Ao todo são 11 cadeias produtivas contempladas na programação do workshop, cujo objetivo é  prospectar demandas para apoiar ações de planejamento para o parceiros envolvidos  e subsidiar políticas públicas, além de apresentar aos empreendedores rurais novas tecnologias e sistemas de produção inovadores desenvolvidos pela Embrapa, integrando-os aos demais elos das cadeias produtivas, como agroindústrias, comerciantes e demais empreendedores.

A próxima cadeia produtiva a ser abordada será a da castanha do Brasil, nos dias 9 e 10 de junho, emTefé, município amazonense que se destaca como um dos maiores produtores desse produto florestal no estado. A série de eventos do workshop terá continuidade ainda nos meses de junho e julho.O planejamento envolve pesquisadores da Embrapa, técnicos do Sistema Sepror , do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam); Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf); e Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS).

O foco é reunir os diversos segmentos para buscar soluções para cada cadeia produtiva, conforme destacou o chefe-geral da Embrapa Amazônia Ocidental, Everton Cordeiro. Um dos aspectos ressaltados pela chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Amazônia Ocidental, Kátia Emídio, é que está sendo adotada uma metodologia participativa nestes eventos,  e ao final de cada dia de trabalho se pode  ver as demandas definidas, os encaminhamentos, quem vai poder atuar em cada tema, qual prazo e prioridade, entre outras informações.

A metodologia é moderada por profissionais do Instituto Acariquara, a partir do desenvolvimento de dinâmicas para promoção de cadeia de valor. O professor Henrique Pereira conduziu a metodologia, que faz um breve diagnóstico sobre o conhecimento, quais as tendências da cadeia e são levantadas demandas para desenvolvimento da cadeia produtiva, seja na pesquisa, na assistência técnica, no mercado e no desenvolvimento territorial.

Após os dois dias de evento sobre as cadeias da banana e cupuaçu , o secretário de produção rural do Amazonas, Petrúcio Magalhães, avaliou que o workshop nessas duas primeiras cadeias produtivas –  banana e cupuaçu – teve êxito e atingiu seus objetivos “em fazer a conexão e o diálogo entre os vários elos da cadeia produtiva, que são os produtores rurais, as agroindústrias e os empreendedores que compram essa matéria prima para transformá-la em produtos da nossa culinária regional e nossa alimentação básica, além de conhecer novas tecnologias da Embrapa, e fazer esse  plano de ações que compreendem a visão do produtor rural, visão das agroindústrias e dos empreendedores”, destacou o secretário.

Na programação que abordou a cadeia produtiva do cupuaçu, a pesquisadora da Embrapa, Aparecida Claret, comentou sobre principais desafios da cultura, como a  doença fúngica vassoura-de-bruxa e o inseto-praga broca do fruto do cupuaçuzeiro, para os quais a pesquisa disponibiliza  tecnologias que viabilizam a produção. Entre as principais alternativas, constam  11 cultivares de cupuaçu resistentes à doença e produtivas , que foram desenvolvidas pela Unidades da Embrapa no Pará e no Amazonas, e permitem produtividade acima do dobro da produtividade média alcançada no Amazonas. Claret  ressaltou que é importante ter plantios com diversidade de cultivares resistentes, para maior eficiência em barreira contra o fungo.Também foram apresentadas outras tecnologias disponibilizadas pela Embrapa, assim como as empresas Amazon Doces e Dr.Guaraná, que elaboram produtos tendo como matéria-prima o cupuaçu ( como doces, geleias, biscoitos, bombons, gomas etc) apresentaram suas experiências no mercado , destacando que o cupuaçu é uma fruta para a qual se tem diversas demandas e há necessidade de organizar a cadeia produtiva para criar oportunidades de geração de renda na região.

Síglia Souza (Mtb66/AM)
Embrapa Amazônia Ocidental

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