07/08/23 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Embrapa reúne parceiros para café com tecnologias nos Diálogos Amazônicos

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Foto: Ronaldo Rosa

Ronaldo Rosa - As frutas e tubérculos amazônicos são potenciais ativos da bioeconomia.

As frutas e tubérculos amazônicos são potenciais ativos da bioeconomia.

Pesquisas e tecnologias sustentáveis em campo e à mesa nortearam o Café Amazônico realizado na manhã desse sábado (5), na sede da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém (PA), durante os Diálogos Amazônicos, evento que antecede a Cúpula da Amazônia. Autoridades, instituições públicas e privadas, atores da sociedade civil, empresários, diretoria e gestores de todas as Unidades da Embrapa na Amazônia Legal estiveram presentes.

O evento contou com a presença, entre outras autoridades, do Ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, que ao lado de Ana Euler, diretora de Negócios da Embrapa, e do chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Walkymário Lemos, deram boas-vindas aos presentes. O ministro destacou que uma das grandes questões da atualidade é a relação entre a crise climática e a Amazônia, patrimônio nacional que detém uma das maiores biodiversidades do planeta e está no centro do debate. Ele alertou que é inconcebível pensar soluções sem pensar nas pessoas e com uma visão coletiva de sociobiodiversidade.

“A Embrapa é esse outro grande patrimônio nacional, pois reúne a ciência e o que temos de mais avançado em inovações sociais e tecnológicas, que junto a outros parceiros estratégicos, vai nos ajudar enquanto Governo Federal, a unir essa ciência para ajudar a solucionar a vida das pessoas e setores produtivos e engajá-los, com conhecimento, nesse grande ensejo de restauração ambiental”, completou o ministro Paulo Teixeira.

A diretora Ana Euler destacou o café amazônico como um momento simbólico, pequena síntese de uma das missões dessa nova diretoria, em nome da presidente Silvia Massruhá, de uma aproximação cada vez maior com o setor produtivo e demais tomadores de decisões. “A proposta desse café é interagir com todos esses parceiros e evidenciar que temos soluções tecnológicas para a agropecuária, mas também para desenvolver alternativas e soluções para a bioeconomia e agricultura familiar na Amazônia e esse café oportuniza unir gestores e os parceiros, mostrando um pouco da nossa experiência”, acrescentou.

Euler enfatizou ainda o esforço de toda Embrapa para externar à sociedade brasileira, pan-amazônica e parceiros, em especial, setores de pesquisa e produtivo, uma pequena parcela das principais tecnologias e inovações que a Empresa dispõe em todas as suas Unidades, reunidas em cerca de 50 cadeias produtivas e 220 tecnologias, que foram reunidas em página especial para a Cúpula da Amazônia, no Portal da Embrapa (www.embrapa.br/cupula-da-amazonia). “A maior parte de ativos reunidos são da e para a Amazônia e já estão disponíveis à sociedade e setor produtivo e é importante ofertar essas soluções nesse momento em que Belém e a Amazônia Brasileira recebem à Cúpula e que está se preparando para receber a COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas em 2025”.

O chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Walkymário Lemos, reforçou que o café amazônico é resultado de um esforço de toda a Embrapa, em especial, as Unidades da Amazônia Legal, ali representada por seus gestores, e convidou todos os parceiros presentes a uma visita guiado por diversas vitrines tecnológicas e laboratórios, na sede da Embrapa em Belém, como uma forma de aproximar e provocar os tomadores de decisões, a conhecerem mais a fundo toda a oferta de soluções tecnológicas à disposição da sociedade.

 

Ciência e soluções tecnológicas são apresentadas

 

As dezenas de autoridades e parceiros estratégicos foram convidados a conhecer, em campo, um pouco das tecnologias e ciência produzida pela Embrapa na Amazônia. O Laboratório de Botânica foi a primeira parada, no qual os presentes puderam conhecer uma das maiores coleções botânicas do Brasil, o Herbário IAN, que traz no nome a homenagem ao Instituto Agronômico do Norte, instituição que antecedeu à Embrapa no Pará e que juntos, somam mais de 80 anos de pesquisa agropecuária na região.

Na sequência, ao ar livre, o Meliponário Iratama demonstrou um pouco sobre as tecnologias com abelhas nativas sem ferrão e o papel desses insetos como alternativa de renda à agricultura familiar e a importância dos polinizadores como prestadores e serviços ambientais, essenciais à conservação e restauração do bioma amazônico.

A potencialidade das frutas amazônicas, em especial a castanha-do-brasil, também conhecida como castanha-do-pará, bacuri e cupuaçu, também integrou a visita, no Laboratório de Fruteiras, em céu aberto, mostrando de perto a beleza, peculiaridades e ciência por trás da domesticação e melhoramento genético das fruteiras regionais.

O Núcleo de Responsabilidade Socioambiental da Embrapa, setor de abriga diversas vitrines tecnológicas sustentáveis para a agricultura familiar, foi a quarta parada, e de lá os presentes puderam conhecer alguns alimentos biofortificados, como batata-doce, milho e macaxeira, e como essa tecnologia pode ser uma aliada no combate a desnutrição e fome oculta, e como alternativa de renda e segurança alimentar.

A visita em campo se encerrou no Banco Ativo de Germoplasma da primeira cultivar de açaí entregue pela Embrapa no Brasil, a BRS Pará, responsável por difundir o cultivo em terra firme não apenas no Pará, mas em diversos estados brasileiros e até fora do país, sendo uma alternativa de cultivo racional do fruto.

 

Tecnologias da Amazônia na mesa e no dia a dia da gente

 

A degustação do Café Amazônico foi o encerramento da programação entre Embrapa e parceiros, e não apenas como um título simbólico, mas presente em delícias na mesa, um pouco da potencialidade do resultado da união de pesquisa e biodiversidade. Isso, a começar pelo café servido aos presentes, feito com as diversas cultivares dos Robustas Amazônicos, cafés especiais clonais híbridos – cruzamento de conilon e robusta – tecnologia desenvolvida pela Embrapa Rondônia e que desde 2021 ajudou na conquista de um marco histórico para a cafeicultura da Amazônia e do mundo, com a primeira Indicação Geográfica (IG), do tipo Denominação de Origem (DO), de café canéfora (robusta e conilon) sustentável do mundo.

Para acompanhar o café, produtos da sociobiodiversidade, in natura, e na forma de pães, bolos, caldos, e sucos, um estímulo aos olhos e ao paladar.

Entre as diversas autoridades presentes, o senador Zequinha Marinho se disse maravilhado com a visita e enfatizou que a Embrapa precisa cada vez mais de apoio e recursos para levar à sociedade amazônica e brasileira todo esse potencial produtivo e que seu mandato vai se empenhar para fortalecer a Empresa no país.

O secretário de estado Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Giovanni Queiroz, enfatizou que a visita reforçou a importância estratégica da parceria entre as instituições e que se solidifica ainda mais nesse momento histórico e de necessidade de ações mais efetivas para o desenvolvimento e sustentabilidade da Amazônia. O superintendente da Sudam, Paulo Rocha e o diretor-presidente da Presidente na Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisa (Fapesca) Marcel Botelho também destacaram que as soluções que Amazônia precisa só serão possíveis com a aproximação e sinergia das instituições.

Kélem Cabral (MTb 1981/PA)
Embrapa Amazônia Oriental

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