18/08/23 |   Florestas e silvicultura

Visita técnica promove o intercâmbio de conhecimentos na área florestal

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Foto: Ronaldo Rosa

Ronaldo Rosa -

Conhecer os avanços na pesquisa florestal brasileira e as soluções para esse segmento está entre os objetivos da visita de técnicos peruanos e norte-americanos ao Brasil. De 13 a 20 de agosto, a comitiva, formada por vinte dirigentes e técnicos do Serviço Florestal dos Estados Unidos e do Serviço Florestal Nacional e da Fauna Silvestre do Peru, percorreram ministérios, instituições públicas, ONGs, cooperativas florestais e assentamentos para conhecer experiências, tecnologias e políticas públicas para apoiar o uso sustentável da floresta e combater o desmatamento.

Na sede da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, nesta sexta-feira (18), o grupo foi recebido pelo chefe-geral Walkymário Lemos, que apresentou a estrutura da Empresa na região com centros de pesquisa nos nove estados da Amazônia Legal. “Os desafios amazônicos são múltiplos e complexos e para encará-los a gente acredita que parcerias não apenas locais, como também internacionais, poderão ser facilitadoras na resolução desses problemas”, afirmou Lemos.

Ele citou que a Embrapa vem contribuindo com conhecimento na área florestal há bastante tempo, e essa atuação ganha reforço especialmente neste momento em que os olhos do mundo estão voltados para a Amazônia e para a conservação da floresta e o bem-estar das populações locais.

De acordo com Domingos Macedo, coordenador do Programa Internacional no Brasil, do Serviço Florestal dos Estados Unidos, a instituição busca aproximar países com problemáticas semelhantes para trocar experiências, conhecimentos e fomentar futuras parcerias. “Temos um grande interesse em conhecer a experiência brasileira em várias agendas correlatas à questão florestal, como a pesquisa, extensão e políticas públicas. Cada país tem sua agenda regionalizada, mas podemos encontrar soluções comuns aos problemas”, afirmou Domingos.

Os pesquisadores Noemi Vianna, Osvaldo Kato e Milton Kanashiro, da Embrapa Amazônia Oriental, apresentaram aos técnicos resultados de pesquisa com a agricultura sem queima, silvicultura e manejo de espécies florestais e o trabalho realizado pelo Laboratório de Sementes Florestais da instituição. 

Para Elvira Gomez Rivero, que é diretora de Ordenamento Florestal e Informação do Serviço Florestal do Peru e líder da comitiva, o conhecimento científico é o ponto principal da tomada de decisão para políticos. “E o Brasil tem uma pesquisa florestal sólida com número e informações seguras que podem reduzir a as lacunas existentes em outros países”. Ela destacou os Sistemas Agroflorestais e o Manejo Florestal Comunitário.

“Temos os mesmos problemas que o Brasil, porém em uma escala bem menor. Temos desmatamento pela agricultura familiar, por exemplo, e vemos os Sistemas Agroflorestais como uma das soluções. Nós podemos levar assistência técnica e conhecimento para que ele (o agricultor familiar não siga avançando sobre a floresta”, conclui.

O grupo participou de agendas no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Ibama e Serviço Florestal Brasileiro, em Brasília; na Cooperativa Mista da Flona do Tapajós (Coomflona) e Projeto Saúde & Alegria; em Santarém; e Embrapa Amazônia Oriental, Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) e Imazon, em Belém.

Ana Laura Lima (MTb 1268/PA)
Embrapa Amazônia Oriental

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