05/09/23 |   Comunicação  Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Embrapa é homenageada na Câmara de Vereadores de Juazeiro-BA

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Os 50 anos da Embrapa foi celebrado em Audiência Pública promovida pela Câmara Municipal de Juazeiro (BA), em 31 de agosto de 2023. O momento contou com a presença de autoridades locais, entidades parceiras e empregados da Embrapa. Durante a audiência, foi entregue uma placa de homenagem à Embrapa, recebida pela chefe-geral da Embrapa Semiárido, que representou a Instituição na solenidade.

A audiência foi proposta pelo vereador Renato Brandão, que destacou as diversas contribuições da Embrapa para o Brasil e também para o Vale do São Francisco.

“Ousadia é uma palavra que define os pesquisadores desta Empresa. Quem iria pensar que um dia teríamos uva, pera e caqui no Semiárido. A gente sabe que em meados dos anos 60 o Brasil importava mais do que exportava e hoje somos um grande celeiro mundial em alimentos devido justamente à atuação da Embrapa. Parabéns pelos 50 anos e que venham muitos outros pela frente”.

Representando o setor produtivo, o consultor e produtor de manga Rogério Martins relatou que seu avô foi empregado da Embrapa no Campo Experimental de Mandacaru e, por essa razão, já conhecia e admirava há bastante tempo o trabalho realizado pela Instituição.

“Aqui do Vale do São Francisco a gente depende bastante das pesquisas desenvolvidas pela Embrapa, que vem tendo um papel decisivo para a cadeia da fruticultura, principalmente para a manga. Assim, esperamos que a instituição tenha vida longa e continue a desenvolver muitos trabalhos para o Vale e para o Brasil”.

Também participaram da solenidade o Coronel Anselmo Brandão, diretor de Desenvolvimento de Agroinvestimento da Superintendência de Política do Agronegócio do Governo da Bahia; Lúcia Marisy de Oliveira, vice-reitora da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf); Carlos Neiva, secretário de Desenvolvimento Econômico, Agricultura e Pecuária de Juazeiro e João Santana Tosta, analista em Desenvolvimento Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), representando a direção da Instituição.

Durante a homenagem, Maria Auxiliadora Coêlho Lima, chefe-geral da Embrapa Semiárido, apresentou a história da Empresa e as principais contribuições para a agropecuária nacional.

“A trajetória da Embrapa começou em 1973. Naquela época a agricultura brasileira tinha uma realidade muito diferente da que é hoje. Éramos importadores de alimentos e tecnologias que, muitas vezes, não se aplicavam à nossa realidade. Quando se decidiu criar a Embrapa, o objetivo foi transformar esse cenário. Com um trabalho conjunto, um esforço coletivo, nós conseguimos sair de um país importador de várias coisas, para se tornar uma referência em agricultura tropical”, ressaltou Lima.

 

Linha do Tempo

Sobre as contribuições da Embrapa em cada década, a chefe-geral da Embrapa Semiárido pontuou que, na década de 80, houve o avanço em produtividade e ampliação das áreas agrícolas do país. “Começamos a produzir, a gerar tecnologia para a agricultura nos diferentes estados, nas diferentes regiões. O avanço do cerrado é um marco. Também se estabeleceu a tropicalização de algumas culturas e uma pecuária mais produtiva, com a valorização da genética animal. Tivemos também avanços na área de fertilização a partir da fixação biológica do nitrogênio, que foi outro grande marco da época”.

Na década de 90, Lima lembrou dos trabalhadores com cultivares adaptadas às condições climáticas nacionais. “A fruticultura irrigada já crescia. As técnicas de plantio direto também deram uma grande contribuição para o avanço da sustentabilidade agrícola, prevenindo processos de degradação do solo. A área de tecnologia da informação também virou aliada da agricultura”.

Nos anos 2000, a gestora destacou os trabalhos com zoneamento climático agrícola, a inclusão produtiva, a agricultura de precisão, trabalhos com qualidade de alimento e, de 2010 até 2023, os conceitos de sustentabilidade. “A gente avança para a redução do carbono a partir da atividade agrícola. E com isso, podemos destacar algumas contribuições que incluem a gestão ambiental territorial, os sistemas integrados com destaque para o ILPF, as ações com a agroenergia, e a ampliação das estratégias de conservação do germoplasma, bem como o desenvolvimento de novos bioinsumos, amparados pelas técnicas biológicas”.

Ao final da sua fala, Lima citou algumas tecnologias recentemente lançadas pela Embrapa, destacou as contribuições da Embrapa Semiárido para o Vale do São Francisco e apresentou os dados do balanço social da Empresa. “Em 2022, a gente conseguiu uma resposta recorde. Para cada real investido na pesquisa da Embrapa, ela retornou para a população R$34,70. 

Sobre o papel das parcerias, a gestora reforçou a importância de fortalecer o relacionamento com os diferentes stakeholders, dentre eles o setor produtivo, as associações,  comunidades, universidades,  Instituições de Pesquisa, Secretarias de Agricultura dos municípios e dos estados e o próprio parlamento.

“Os vereadores, os deputados federais, estaduais e senadores sempre estiveram apoiando a Embrapa e nós somos gratos por esse reconhecimento.  Foram muitos aprendizados nesses 50 anos de história e a gente espera que nos próximos 50 a Embrapa continue atuante e mostrando que pesquisa sempre será um importante investimento para o futuro do país”, finaliza.

 

 

Clarice Rocha (MTb 4733/PE)
Embrapa Semiárido

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