Na época de desenvolvimento deste projeto, os estudos para a instalação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) estavam na fase de detalhamento de projetos, tendo sido iniciado oficialmente o processo de licenciamento ambiental do empreendimento. Após emitidas as licenças prévias e de instalação e iniciadas as primeiras atividades de engenharia no campo, com implantação dos trabalhos de terraplanagem e construção de estruturas de suporte, seria de suma importância a continuidade de estudos ambientais para garantir a qualidade no processo de instalação e futura operação do empreendimento.
A complexidade e a escala das relações entre o Complexo e a sociedade, o mercado e o meio ambiente levavam ao conhecimento dos empreendedores a necessidade de tratar de forma multidisciplinar o projeto. Dessa forma, foi necessário definir estratégias de uso e ocupação das áreas não edificantes para fins industriais (35% da área total). A compatibilização dos espaços - não edificantes e industriais - precisou ser feita em tempo real, aproveitando a mobilização da construção e adequando, na medida do tecnicamente possível e ambientalmente desejável, os cronogramas das intervenções conservacionistas com os dos processos construtivos da área industrial e de serviços.
Nesse contexto, a contratação do estudo conceitual do corredor ecológico do Comperj teve importância ímpar para a consecução e a prática da visão estratégica da empresa, além de sua natural importância técnica. Com ele foi elaborado o modelo conceitual do projeto Corredor Ecológico do Comperj, que previu o plantio de mais de 2 milhões de mudas, a capacitação de mais de 400 técnicos, a implantação de vitrines tecnológicas e um espaço para educação ambiental.