Instituto de Pesquisa em Salinidade (INSal)

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A disponibilidade de água para uso doméstico, industrial e agrícola é de fundamental importância para o desenvolvimento socioeconômico das regiões áridas e semi-áridas. No semi-árido brasileiro, a exploração agrícola está se mostrando cada vez mais dependente da irrigação. Infelizmente, com o aumento da área irrigada, associado ao manejo inadequado do solo e da água, tem-se observado um aumento progressivo da salinização dos solos. Por outro lado, o aumento da população nessa região tem forçado o uso de águas salobras para a agricultura e, até mesmo, para consumo doméstico. Como na maioria das vezes essa água é inadequada ao consumo humano, ela é previamente dessalinizada, sendo o resíduo desse processo (sais) descartado nos solos. Nos últimos anos isso tem contribuído para a salinização (poluição) de áreas consideráveis. Até aqui, o esforço feito pelos pesquisadores da região tem se mostrado infrutífero. A complexidade do problema é de tal magnitude que sua solução exige equipes multidisciplinares de pesquisadores qualificados, trabalhando coordenadamente nas áreas: básica e aplicada. Portanto, a criação deste Instituto de Pesquisa sobre Salinidade (INSal) irá proporcionar o ambiente necessário à pesquisa multidisciplinar, tão necessário à solução desse problema e contribuirá para a formação de equipes capazes de desenvolver pesquisas básicas e aplicadas de padrão internacional. Para atingir esse objetivo maior, montou-se uma estrutura centrada em cinco linhas de pesquisa (LP.1 - Estudos de fisiologia, bioquímica e genética do estresse salino; LP.II - Diagnóstico das áreas afetadas por sais e qualidade de água para irrigação; LP.III - Testes de Tolerância à Salinidade das Espécies e Cultivares Usadas na Agricultura Irrigada e Melhoramento Genético visando a Produção de Cultivares mais Tolerantes à Salinidade; LP.IV - Práticas de manejo e controle da salinidade no sistema solo, água, planta; e, LP.V - Recuperação e aproveitamento de áreas salinizadas), envolvendo onze Laboratórios ou Grupos de Pesquisa, existentes em seis Instituições do nordeste (Universidade Federal do Ceará - UFC, Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA, Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE e EMBRAPA Agroindústria Tropical) e uma do sudeste (ESALQ/USP), tendo como núcleo sede o Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFC. Visando facilitar o “funcionamento em rede” do INSal, o planejamento e execução e a avaliação das pesquisas deverão ser participativos e centrados nas linhas de pesquisas. O Comitê Gestor funcionará como intermediário entre a Coordenação do Instituto e os pesquisadores. A gestão do instituto, assim como sua coordenação, não se vincula ou se superpõe à administração da entidade que lhe serve de sede (UFC). A formação de recursos humanos no INSal será feita nos níveis de Graduação (IC), de Pós-Graduação (Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado) ou através de estágios e participação em cursos de curta duração. A transferência das tecnologias desenvolvidas pelo instituto será feita através de cursos de média e curta duração, voltados para técnicos de nível médio e superior, que atuam junto as associações de irrigantes ou a agentes rurais de regiões onde a agricultura irrigada é praticada. Deverão, também, ser promovidos eventos de divulgação de resultados, mostrando as melhores técnicas de manejo do solo e da água, os quais serão acompanhados de demonstrações no campo, segundo o princípio de “ensinar a fazer, fazendo”.

Situação: concluído Data de Início: Fri Apr 01 00:00:00 GMT-03:00 2011 Data de Finalização: Tue Mar 31 00:00:00 GMT-03:00 2015

Unidade Lider: Embrapa Agroindústria Tropical

Líder de projeto: Marlos Alves Bezerra

Contato: marlos.bezerra@embrapa.br