Promoção e aprimoramento da agroindústria artesanal rural em territórios de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia

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O país conseguiu avançar nos últimos anos no desenvolvimento social de sua população com significativa diminuição da pobreza extrema. Entretanto, no meio rural persistem altos índices de exclusão social. As estratégias para o desenvolvimento da agricultura familiar nesse contexto são fundamentais. Vários produtos processados tradicionais dessas regiões rurais brasileiras têm sido resgatados e valorizados, a exemplo dos queijos artesanais do Serro e da Serra da Canastra, em Minas Gerais. Tratam-se de produtos relativamente pouco estudados, apesar da tradição e do reconhecido valor histórico-cultural. A verticalização da produção é considerada uma das mais promissoras estratégias de geração de emprego e renda no meio rural. Este projeto contribuiu para o desenvolvimento da agricultura familiar e combate à pobreza em territórios rurais de MG, RJ e BA por meio da avaliação do potencial de mercado de produtos das agroindústrias rurais tradicionais de pequeno porte com reconhecido valor histórico cultural. Sua execução, financiada pela própria Embrapa, foi ancorada em parcerias estratégicas estabelecidas com duas Unidades de pesquisa da empresa (Mandioca e Fruticultura e Gado de Leite), com Universidades, órgãos oficiais de assistência técnica e extensão rural e com organizações sociais rurais. Considerando o enfoque sistêmico e utilizando métodos participativos foram desenvolvidos seis planos de ação em três regiões prioritárias selecionadas em Minas Gerais, na Bahia e no Rio de Janeiro. Estes planos de ação se voltaram para quatro diferentes temas envolvendo três produtos: queijo minas artesanal, farinha de mandioca do grupo seca e açúcar mascavo. Investigaram‐se os aspectos socio‐econômicos dos subsistemas agroalimentares; as questões ligadas às Boas Práticas de Fabricação; as caracterizações física, fisico‐química e nutricional dos alimentos; e finalmente, os aspectos sensoriais desses produtos processados tradicionais. Em Minas Gerais participaram da iniciativa a Emater-MG, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e a Associação de Produtores Artesanais de Queijo do Serro (APAQS). Neste caso, tratou-se de uma experiência pioneira na Embrapa sendo o primeiro projeto de investigação da empresa acerca do queijo minas artesanal, cujo modo de fazer foi tombado pelo IPHAN como patrimônio imaterial em 2008. No Rio de Janeiro, a iniciativa contou com a colaboração da Cooperativa dos Agricultores Familiares de Marrecas e Babosa (COOPAMAB) e foi desenvolvida num assentamento de reforma agrária do Norte Fluminense. Os estudos evidenciaram os diversos obstáculos que existem para a formalização e o pleno funcionamento de agroindústrias de pequeno porte para o processamento de Queijo Minas Artesanal do Serro, Farinha de Mandioca Copioba do Recôncavo Baiano e Açúcar Mascavo em assentamento de reforma agrária. Estes produtos foram caracterizados em termos sensoriais e físico-químicos e os resultados divulgados no meio técnico-científico. Além disso, desenvolveram-se recomendações para a implantação de agroindústrias referenciais para os produtos seguindo as exigências legais e especialmente as Boas Práticas de Fabricação (BPF). Foi inaugurada em maio de 2014 uma unidade demonstrativa de processamento de açúcar mascavo, melado e rapadura em projeto de assentamento de Campos dos Goytacazes (RJ). Foram capacitados 14 agricultores e gerentes de agroindústrias em BPF e elaboração de documentos de qualidade: Manual de BPF e Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs). Os públicos envolveram a comunidade científica e os técnicos de ATER e defesa agropecuária. Os beneficiários finais foram os empreendedores familiares rurais que processam os três produtos investigados.

Situação: concluído Data de Início: Sun Apr 01 00:00:00 GMT-03:00 2012 Data de Finalização: Wed Sep 30 00:00:00 GMT-03:00 2015

Unidade Lider: Embrapa Agroindústria de Alimentos

Líder de projeto: Rodrigo Paranhos Monteiro

Contato: rodrigo.paranhos@embrapa.br