O camu camu destaca-se por ser rico em vitamina C, compostos fenólicos (polpa) e antocianinas (casca), sendo um fruto de siginificativa importância para a fruticultura da Região Amazônica. Os processos de concentração tradicionais utilizam temperaturas elevadas, trazendo prejuízos na qualidade do produto devido a alterações em suas características nutricionais, sensoriais e funcionais que, em geral, ocorrem pela perda de substâncias sensíveis ao calor, como as vitaminas e antioxidantes, além dos compostos que conferem aroma e sabor aos alimentos. As chamadas tecnologias "não convencionais" surgem como alternativa para o processamento de alimentos. Estas possibilitam a obtenção de produtos com características sensoriais, nutricionais e funcionais muito próximas ao produto não processado, destacando-se como uma importante ferramenta para viabilizar sua comercialização para o mercado interno e para exportação. A evaporação osmótica é um processo de concentração membranas (filtros) que permite a remoção de grande parte da água de uma solução à temperatura ambiente, promovendo a concentração de substâncias de interesse, como as vitaminas, carotenoides e antocianinas com a manutenção dos compostos responsáveis pelo aroma e o sabor. A integração dos processos de microfiltração, osmose inversa e evaporação osmótica apresentou-se como uma alternativa viável à concentração de suco de camu camu. As principais características do fruto como o alto índice de acidez, a concentração de compostos fenólicos e sua atividade antioxidante aumentaram proporcionalmente a concentração observada para os sólidos solúveis. A integração dos processos com membranas resultou no aumento da concentração de vitamina C, dos compostos fenólicos e atividade antioxidante em 5,9, 7,1 e 7,0 vezes, respectivamente.