A primeira década do século 21 viu a genômica se consolidar como “sine qua non” para a caracterização de recursos genéticos. Centenas de projetos para decifrar o genoma completo de plantas e microrganismos foram concluídos ou estão em curso. O custo do sequenciamento de DNA tem caído vertiginosamente nos últimos cinco anos e a expectativa é que em 2011 as tecnologias que estarão disponíveis irão permitir sequenciar 100.000 pares de bases por apenas um dólar americano. À medida que o mundo se aprofunda na era pós-genômica, a genética reversa toma uma dimensão jamais vista como estratégia de descoberta de função de gene. A principal diferença entre a era pré-genômica e pós-genômica, no que diz respeito ao uso de genética reversa, é simplesmente numérica. O “low throughput” tem necessariamente que ser substituído pelo “high throughput”, para garantir o aumento da eficácia desta como estratégia de descoberta de função de gene. Hoje este aumento é diretamente correlacionado ao aumento da eficiência na geração e fenotipagem de mutantes; e é imperativo para ajudar a responder às diversas demandas que instituições como a Embrapa terão neste novo cenário com milhares de genes candidatos por espécie esperando para ter suas funções decifradas. Tendo isso em vista, este projeto, financiado pela Finep, tem como objetivo geral adequar a infraestrutura de laboratórios da Embrapa para fortalecer ações de PD&I em rede com o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária e, assim, promover o avanço do conhecimento científico e do desenvolvimento tecnológico em Fenotipagem de alta precisão, Genética reversa e desenvolvimento de novos genótipos de microrganismos e espécies vegetais com alto valor agregado para aumentar a eficiência do negócio de agroenergia.