Desenvolvimento de nanopartículas a partir de exopolissacarídeo produzido por Agaricus brasiliensis para utilização como adjuvante vacinal

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Foto: Brandão, Humberto

A vacinação de animais como método de controle de doenças infecciosas tem sido praticada há mais de um século com notável sucesso. A demanda por vacinas mais eficazes tende a aumentar como uma alternativa ao uso de medicamentos e como uma forma de aumentar a produtividade animal, de contribuir para a segurança alimentar e de promover a saúde animal e a humana. Além disso, ao minimizar a necessidade de intervenções farmacológicas, também se favorece a diminuição de resíduos de medicamentos no ambiente e nos alimentos. Ao minimizar o uso de antibióticos e antiparasitários, pode ocorrer a diminuição da seleção de linhagens de patógenos e parasitas resistentes aos medicamentos disponíveis no mercado. No entanto, muitas vacinas não apresentam eficiência satisfatória, além de algumas não serem tão seguras, pois utilizam o patógeno atenuado, mas não inativado. Para algumas doenças há ainda a falta de vacinas eficazes, principalmente porque estas vacinas não conseguem estimular a reposta imune necessária para a proteção adequada dos rebanhos. Diante da necessidade da melhoria das vacinas já existentes e da perspectiva do desenvolvimento de formulação de novas vacinas e estratégias de imunização, faz-se necessário a busca por opções alternativas e igualmente inéditas nesta área. Neste contexto, a nanotecnologia emerge como um ramo da ciência que pode permitir soluções tecnológicas, como o aumento da imunogenicidade das vacinas e o direcionamento da resposta imune. A rica biodiversidade brasileira apresenta diversas matérias-primas para prover a confecção de novas nanoestruturas. Os polissacarídeos produzidos por fungos podem ser uma fonte promissora destas matérias-primas, pois tem características que possibilitam sua utilização na formação de nanoestruturas aplicáveis em formulações vacinais, uma vez que apresentam propriedades biológicas como a imunoestimulação. Este projeto visa a prospecção de exopolissacarídeos (EPS) produzidos pelo cogumelo Agaricus brasiliensis para a síntese de uma nanopartícula que encapsule uma proteína modelo, no caso a Shiga toxina, uma endotoxina produzida por algumas estirpes de Escherichia coli que causa diarreia em gado de leite e, consequente, prejuízo na cadeia leiteira. Estão em curso testes in vitro e in vivo para avaliar a potencial propriedade de imunoestimulação desta nanopartícula e sua possível toxicidade. Como impacto potencial, espera-se que esta nanopartícula apresente propriedades imunoestimulantes e direcione a resposta imune e possa ser utilizada posteriormente na confecção de novas vacinas para bovinos de leite e demais animais de interesse.

Situação: concluído Data de Início: Wed Feb 01 00:00:00 GMT-03:00 2017 Data de Finalização: Thu Jan 31 00:00:00 GMT-03:00 2019

Unidade Lider: Embrapa Gado de Leite

Líder de projeto: Juliana Carine Gern

Contato: juliana.gern@embrapa.br

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