Prospecção de demandas tecnológicas, análise de políticas públicas e avaliação econômica, social e ambiental da produção florestal de eucalipto em regiões de novas fronteiras no Brasil Central.

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O Brasil é o segundo maior país com cobertura florestal absoluta do mundo, mas o nono colocado quando consideramos a área com florestas plantadas. Entretanto, estas são responsáveis por 91% de toda a madeira produzida para fins industriais no país. O Brasil aumentou a sua área de plantio de eucalipto em 75% entre 2004 e 2015, sendo que os maiores incrementos médios anuais de área plantada aconteceram na região do Brasil Central (mais de 90 mil ha/ano), sendo a segunda maior em termos de área plantada atualmente, quadruplicando a sua participação nos plantios nacionais ao longo deste período. Esta expansão se deu para atender principalmente o setor de celulose, seguido pelo setor de energia de biomassa (lenha e carvão vegetal). A atividade também captou parcela significativa dos financiamentos do Plano ABC, principalmente nos anos entre 2011 e 2013, onde os juros eram baixos e havia boas perspectivas de preço para os cultivos florestais. No entanto, o aumento da oferta associado à retração da demanda decorrente da crise econômica derrubou os preços aos consumidores finais de madeira, impactando a rentabilidade esperada dos cultivos florestais estabelecidos. Este cenário desestimulador, em conjunto com o aumento da taxa de juros dos financiamentos do Plano ABC, reduziu os empréstimos realizados pelo setor de 954 contratos entre 2011 e 2013 (R$ 264 milhões) para 506 contratos entre 2015 e 2017 (R$ 230 milhões), evidenciando algo que se observa na prática: a saída de muitos pequenos e médios silvicultores que haviam entrado no setor com pouco conhecimento, planejamento e acesso à tecnologia. Este movimento é mais intenso nos plantios voltados a fins energéticos do que no setor de celulose, por ser uma cadeia com menor integração entre os seus elos. Esta frustração e saída dos novos silvicultores dificulta o cumprimento de acordos internacionais firmados pelo Brasil no enfrentamento das mudanças do clima e, não consolidando a oferta de madeira na região de maneira sustentável, limita a sua potencial contribuição à economia regional e nacional. Desta forma, o objetivo deste projeto é analisar os impactos socioeconômicos e ambientais da cadeia produtiva de eucalipto em regiões de novas fronteiras do Brasil Central, notadamente nos estados de Goiás, Mato Grosso e Tocantins, suas potencialidades e gargalos, bem como realizar a prospecção de demandas tecnológicas para o aumento da sua competitividade. Cada ano será realizado o estudo em um polo, aproveitando da complementaridade das ações de pesquisa. O estudo iniciará no estado de Goiás, seguido pelo Mato Grosso e Tocantins.

Situação: concluído Data de Início: Tue Jan 01 00:00:00 GMT-03:00 2019 Data de Finalização: Sat Dec 31 00:00:00 GMT-03:00 2022

Unidade Lider: Embrapa Florestas

Líder de projeto: José Mauro Magalhães Ávila Paz Moreira

Contato: jose-mauro.moreira@embrapa.br